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cantinho da casa

cantinho da casa

Salvador Sobral

Theatro Circo "quase" cheio ( explico já este quase) o espectáculo começou com uma melodia jazz, em inglês.

À terceira canção o cantor cumprimentou a audiência. Começa o diálogo com o público,  com algum humor, apresenta os músicos: o pianista, espanhol, que teve o prazer de ser seu convidado para este espectáculo; o contrabaixo, que diz ter comentado que em Braga as mulheres são as mais bonitas do país; o baterista, que também comentara que elas são as mais feias.

Palmas e mais palmas, algumas bocas masculinas da audiência, não sei se a provocá-lo, a verdade é que Salvador Sobral cantou e contou histórias, de uma forma timída, mas segura, que encantou o público.

Retirava-se do centro do palco, ora sentava-se junto do piano, ora afastava-se para as partes laterais do palco, era a vez de os músicos mostrarem a sua performance. Voltava ao centro do palco, continuava a canção. De quando em vez, improvisava com a sua fantástica voz, ora melodiosa e baixa, ora rouca e alta qual alma cigano a gesticular e cantar para o seu povo. 

Chegou a altura que falou da sala de espectáculos de Braga, sendo a mais bonita da Europa. Muitas palmas, ao que ele comenta que não tinha passado por nenhuma, não podia comparar, ainda não chegou a altura de ir a um Olympia, mas que a sala é muito bonita, é.

Histórias da irmã, do sobrinho, de si próprio, algum humor contido, talvez, eis que fala naquilo que em vários espectáculos eu reparara, e já comentara com uma das funcionárias da bilheteira.

" O concerto estava esgotado há muito tempo, algumas  pessoas comentaram que não conseguiram bilhete e afinal a sala não está cheia. Vêem-se uns quinze lugares vagos", comenta ele.

E o público aplaudiu.

Estava eu no 1º balcão, tinha uma visão da sala que os da plateia não tinham. 

No início do espectáculo estavam duas filas vazias. Mais tarde vi que algumas pessoas ocupavam alguns lugares.

Do outro lado, aqui e ali viam-se uma ou duas cadeiras vagas.

Num dado momento em que Salvador Sobral comunicava com o público, as luzes eram dirigias para este, fiz a contagem dos lugares vagos. Nas duas filas com menos lugares ocupados, contei 20 cadeiras. Do outro lado, mais dispersos, contei cerca de 13.

A verdade é que são vários os espectáculos que vou  que não consigo bilhete para a plateia e no dia do espectáculo aquelas filas (são sempre as mesmas) nunca têm ninguém.

E foi com as palavras do cantor que pensei: " Estes lugares são oferecidos a individualidades, empresas e organizações."

Não sou contra, mas duas filas vazias é muito, tira oportunidade ao público de ver  os espectáculos que gosta. 

Voltando à sua actuação, confesso, adorei!

O final, depois de muitos aplausos, voltou ao palco, sozinho. Sentou-se ao piano, contou mais umas histórias até que, emocionado, diz que vai cantar um medley que dedicava a uma pessoa muito amiga, que fez muito por ele, aliás, fez muito por muita gente e a melhor dedicatória que podia oferecer-lhe,  porque ele " morreu ontem...", para o Francisco estas canções. 

O público escutava, não se ouvia uma mosca. 

No final, os músicos juntaram-se ao cantor, os agradecimentos habituais, e os segundos que ele  prometeu que dava para tirarem as fotografias.

Digam o que disserem de Salvador Sobral, no palco, é Excelente.

 

 

 

 

 

 

 

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