retrokitchen
é um pequeno restaurante na estreita rua do Anjo, no centro da cidade, junto ao Museu Pio XII.
Toda a decoração é vintage, os anfitriões foram buscar as mesas a uma escola, está a abellha maia o símbolo que foi a entrada de um restaurante na rua de Souto, onde as crianças que passeavam com os pais tinham de se sentar na abelha e o banco ora subia, ora descia, ao som da célebre música da abelha (a Sofia sentou-se imensas vezes); as peças de Lego; os quadros alusivos ao cinema e à música: o quadro do menino que as famílias dos anos setenta tinham na parede do quarto; a louça variada Bordalo Pinheiro nas várias cores; verde, azul, rosa, cinza, um toque diferente ao que estamos habituados a ver.
Nas traseiras há um terraço com bar para uma bebida fresca nas noites quente de verão.
Quem passa na rua não tem a noção de que é um restaurante peculiar na cidade.
As minhas sobrinhas (irmãs) tinham falado nele na altura da Páscoa, gostaram do ambiente, da comida, dos preços.
A conselho delas, uns dias mais tarde, passei lá para jantar com uma amiga, estava cheio, só por reserva. Adiámos para outra altura.
As minhas sobrinhas estão cá de fim de semana. Tinhamos combinado jantar fora, falaram no Retrokitchen. Uma delas ia fazer a reserva.
Houve alteração de planos, esgotadas as reservas para jantar, decidimos antecipar para o almoço.
Almoço marcado, ontem, pela mais nova.
Elas chegaram mais cedo ao restaurante, encontrámo-nos lá, eu, a Sofia e a minha irmã mais nova.
Estavamos nas entradas e diz a mana sobrinha, mais nova.
- Ontem, quando telefonei para fazer a reserva, deixei o meu nome, como de tinha de ser. Há pouco, quando aqui chegámos, o anfitrião abriu-nos a porta, dissemos que tinhamos mesa reservada.
- Em que nome ficou a reserva? - perguntou.
- Joana Vasconcelos.
- Oh! Ontem falamos que vinha cá a Joana Vasconcelos e afinal vejo duas lindas e elegantes jovens - comentou ele.
E a gargalhada na nossa mesa foi geral.
Ao que parece, já não é a primeira vez que alguém faz reserva com o mesmo nome de alguém conhecido, os anfitriões comentam se será a pessoa tal...
Então, para entrada comemos ameijoas de caldeirada, umas boas fatias de regueifa para molhar o pão, soube-nos muito bem.
Não há carta de ementa. Um dos anfitriões (um casal jovem) vem à mesa e diz qual a ementa.
Eu escolhi a moqueca de peixe, a Sofia e a mãe, bife com molho de pimenta, e as sobrinhas manas, massa cozida em vinho tinto com espargos e queijo.
Comida ótima a puxar um pouco ao picante, mas tudo muito bem cozinhado.
Para beber: cerveja, coca-cola e ice-tea.
Conversa, risos, as pessoas almoçavam, saíam do restaurane e nós continuavamos.
A Sofia come devagar, foi a última a acabar.
Sobremesas variadas, pedimos pana cotta de frutos silvestres, uma fatia de tarte lima e uma de bolo de chocolate com molho de frutos silvestres.
No final café para três.
Continuamos a conversa, os anfitriões despediram-se de nós, iam para uma feirinha que tinha lugar nos claustros, pagavamos à funcionária, ficaram a cozinheira e a funcionária.
Pedimos a conta. Pagamos 13 euros por pessoa.
Quem passar por Braga e deseja comer boa comida, e num ambiente familiar, deixe o carro numa rua ou parque no centro da cidade e passe pelo Retrokitchen. Garanto que vai gostar.
As minhas fotografias, do telemóvel, não foram as melhores, mas há muito para espreitar aqui.