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cantinho da casa

cantinho da casa

Recuso-me a dar uma "esmola"

 

às pessoas que pedem na entrada dos supermercados, quase sempre do PD.

Durante muito tempo, era um rapaz, com bom ar, que chateava os transeuntes que passavam na avenida principal, sempre com ar simpático e dizia: "Olá! Está boa? Se puder dê-me qualquer coisinha", acompanhando-(n)os até  à entrada do supermercado, com uma conversa de chacha, até chegar a "é melhor pedir que roubar".

Um belo dia de chuva, quando saía do supermercado, decidi ir pelo lado oposto para espreitar uma loja que tem num pequeno centro comercial.

Quando dei a volta, junto ao banco, aparece o fulano à minha frente e resmunga: "julga que me engana? Veio dar a volta para evitar dar-me alguma coisa."

Fiquei tão fora de mim, que respondi: "não tem nada com isso, e dou-lhe alguma coisa se quiser e quando eu quiser!" e continuei o meu caminho.

A partir desse dia, nunca mais lhe dei nada (cheguei a dar duas ou três vezes).

O rapaz desapareceu do seu "poiso" (fala-se que foi preso).

Ora o lugar foi ocupado por outro rapaz, tão apresentável quanto o outro, nos seus 30tas e pouco.

Quem vai ao supermercado quase diariamente, é confrontado pela lenga-lenga deste novo ocupante: " Senhora, pode dar-me qualquer coisinha? Obrigado" (diz sempre obrigado, quer se dê ou não).

Acontece que o fulano conhece bem quem não dá esmola ou outra coisa qualquer . Uns passos depois de passarmos perto dele, resmunga entre dentes, até que, uma das vezes, percebi isto: " Foda-se, ninguém dá nada".

Eu não dou conversa. Chegou o outro para me/nos  chatear a paciência.

Raramente dou dinheiro. Se me pedirem algo para comer, sim, dou, mas normalmente, querem a moedinha.

Faço muita solidariedade enviando alimentos e/ou donativos para esta instituição sem fins lucrativos, várias vezes referida aqui no meu cantinho.

Concluo o meu post, com outro aqui relatado pela minha querida blogger Roupa Prática ...um caso mais que evidente que, infelizmente, as pessoas querem dinheiro

 

 

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"Há pessoas que enfim, são... não são nada. É que nem encontro neste momento nada para qualificar.

Fui ao supermercado comprar umas coisas que tinha em falta. Quando chegava junto ao carro (encontrava-se mesmo em frente ao supermercado), sou abordada por um individuo, que com um ar triste e cabisbaixo diz que estava com fome e se não lhe dava algumas moedas para ir lá dentro (supermercado) comprar alguma coisa para comer. Como dinheiro em mãos não dou, olhei para as minhas mãos, numa tinha um saco com legumes e fruta, noutra pão e leite, avancei com o saco do pão e leite e dei-lhe. Ele ficou sem reacção, hesitou, mas depois acabou por aceitar. Encolheu os ombros e eu devolvi-lhe com um sorriso. Ele vai-se embora e eu coloco o saco no carro e vou outra vez lá dentro (supermercado) comprar o que tinha acabado de dar. Ora qual não é o meu espanto, quando vejo o individuo a meter o saco, o saco que tinha dado com todo o desprendimento ao lixo. Nem queria acreditar no que via. Ele assim que se apercebeu que era a pessoa que lhe tinha dado o saco sai a correr. Fiquei azul. Fiquei, nem sei... Fui a rezar lá para dentro do supermercado... O segurança vem ter comigo e diz que tinha visto tudo o que se tinha passado e que esse homem faz ponto ali. O que respondi ao segurança é o que interiorizei para o meu íntimo: foi a última vez que dei seja o que for a alguém da rua. Depois ainda dizem que há pessoas insensíveis e mais-não-sei-o-quê. Também com gente assim...  Mas pode estar a goelar-se, nem quero saber. Por um (ou uns) pagam todos. Mas de idiota, nunca mais me fazem."

 

 

 

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