quando a hesitação nos leva a voltar para trás
Combinara, para ontem, depois do almoço, tomar café com uma amiga que vive em Esposende.
Este ano só tive um dia de praia, em Junho, fui de manhã tomar um pouco de sol para Ofir, para o lugar habitual, longe das torres e da multidão, onde são poucos os banhistas que frequentam esse pedaço de praia não vigiada, mas extensa e com dunas, para o caso haver vento e não levar o corta-vento.
Já na auto-estrada, lembrei-me, de repente, que ligara o ferro para passar os calções e uma t-shirt, e não me recordava de o ter desligado.
Um gestomecâmico na minha cabeça, desligo-o pouco antes de acabar de passar a peça, mas desta vez, não me lembrava nada.
Hesitei se o teria desligado, não me sentia segura ir para a praia e pensar que me esquecera,que poderia provocar um incêndio, saí na portagem de Barcelos, dei a volta na rotunda da EN e voltei para trás para entrar de novo na auto-estrada.
E quando entrei em casa e fui espreitar o ferro, foi um alívio: estava desligado.
E voltei, auto-estrada afora, cheguei à praia, tentei arranjar estacionamento na estrada do pinhal perto da casa da minha sobrinha ( quando a casa está alugada, não gosto de pedir na recepção que me deixem estacionar o carro, não gosto de ser chica-esperta, seria oportunismo da minha parte) encontrei o lugar ideal, que costuma estar ocupado, não tinha nenhum carro, ali ficou ele tão bem estacionado que cabiam mais dois atrás, e fui para a praia.
Estava vento NW, não era forte, mas por volta das 13h00, como sempre, fica mais forte, fui para a duna mais próxima. E que bem que ali se estava.
Saí da praia por volta das 14h30, queria almoçar e seguir para Esposende.
Habitualmente, há anos, costumo almoçar num bar das torres, mas tendo nesta época muita gente, o serviço é demorado.
Quando fizemos praia em junho, tentamos saber se o bar do Hotel Axis tem serviço de esplanada ( no caso jardim) também para quem não é hóspede do hotel.
Já nos conhecem de tomar café, responderam-nos que sim.
E ficamos fãs e clientes.
Então, ontem, voltei lá.
A esplanada estava cheia, mas consegui uma mesa.
O serviço demorou um pouco, mas com um ambiente tão agradável, não custou esperar.
O pessoal é muito simpático e prestativo.
Escolhi um bife com fiambre no pão de sementes, e para beber, o panachê do costume. E tomei café ( passava da hora de o tomar, não esperei para tomar em casa da minha amiga)
Paguei nove euros.
O facto de ser um hotel, que poderia ter preços mais altos, são semelhantes aos dos cafés e,como referi, fiquei cliente.
Fui a Esposende, deixamo-nos estar no jardim a conversar. De repente, o vento traz nuvens cinzentas, de nevoeiro, as pessoas vazaram da praia. Mas foi momentâneo, porque o sol voltou.
Era hora de regressar a casa.
Decidi vir pela EN103. O que me arrependi! Parte da estrada interdita, tive que fazer um desvio e apanhá-la mais à frente, mas o pior foi o trânsito intenso e lento entre Esposende e Barcelos.
Quando passei a ponte, acalmou. Conhecendo eu a EN e o tempo que demoraria a chegar a casa, meti na auto-estrada Barcelos -Braga, a que fizera de manhã quando vim a casa confirmar se o ferro estava (des)ligado. O trânsito era intenso, também, na auto-estrada, havia filas na portagem. Tenho via verde, cheguei rápido a casa.
O mês de agosto é o mês das férias, mas o regresso a casa é insuportável e o trânsito na cidade insuportável é.
Acho que até à próxima quarta-feira, que vou de férias, não volto à praia.
Se à semana há muito trânsito, ao fim de semana, nem vale a pena tentar.