quando a campainha tocou
9.00h da manhã, 8:00 da hora antiga, estava a dormir, a campainha tocou.
Não fui atender, pensando que estava a sonhar.
Segundo toque. Achei estranho. Pensei que se fosse alguém da família, ligava para o telemóvel.
Levantei-me e peguei no telefone do intercomunicador, perguntei quem era:
-Senhor Lima?
Respondi que não, que era engano.
-Ah, mas não é a esposa do senhor Lima?
Respondi que não e que no prédio ninguém tem esse apelido.
-Mas é aquele senhor que são dois irmãos gémeos.
- Aqui não mora ninguém.
Acabou a conversa. Nem fui ver à janela quem era a senhora.
E entretanto, percebi que tocou à camapinha dos outros andares.
E não voltei para a cama, sabia que o sono não voltaria.
Teriam passado dez minutos, fui dar patê à gata, fui tirar a roupa que deixara a secar, de noite, nas cordas, eis que vejo uma mulher subir as escadas das traseiras do R/C.
Bateu três vezes na porta de vidro.
Alguém abriu a porta e disse a senhora:
- É para não se esquecer. É que estamos na nova hora .
- Estava a tomar banho, vou já - respondeu a madame do batom vermelho.
Foi quando me lembrei que o marido da madame tem um irmão gémeo, mas não imaginava que tem o apelido Lima.
Aliás, nem sequer sei o nome dele.
E este casal vive aqui no prédio há um bom par de anos.
Com poucas horas de sono (deitei-me às 3:00h, hora actual, e não saí de casa) não estou habituada a fazer uma sesta, já sei que logo à noite vou adormecer no sofá.