o tempo fez das suas
Está, agora,mais calmo, mas tivemos uma noite tempestuosa, com rajadas de vento muito fortes.
Acordava e ouvia o vento, imaginei a quantidade de árvores que estariam caídas; pensei no mar bravo na costa, em Ofir, no pinhal, nas casas.
Pensei nos muitos sem abrigos que dormem nos corredores dos prédios, ou dos edifícios mais antigos da cidade.
Às 6:00h acordei de vez.
Levantei-me cedo, espreitava a janela para ver se os miúdos entravam na escola, havia greve dos funcionários, hoje.
Não marcara aulas no ginásio, decidi ficar na lista de espera caso houvesse uma vaga, para a hidroginástica às 10:30h..
Por volta da 9h20, recebi uma mensagem para marcar, havia uma vaga.
E consegui.
Saí de casa, às 10:00h, abro o portão da rua que dá acesso às garagens, e o do lado direito não abria.
Com a força do vento, estava do lado de fora da peça de ferro que une as duas portas.
Peguei num paralelo de pedra que estava solto junto ao muro, bati no fecho, na peça, empurrrei a grade, nada cedeu.
As mãos sujas de terra do paralelo, desisti, limpei-as no tecido do guarda-chuva. Cabelo, casaco, calças molhadas, vim para casa.
Há anos que digo aos condóminos que temos de substituir o portão, todo desengonçado, o pior dos portões dos varios prédios desta rua. Até os cães( talvez atiçados pelos seus donos) empurram-no e entram no logradouro e deixam os seus dejectos.
Após o almoço, vou ter de ir ao café do meu vizinho para falar com ele.
Somos os únicos que nos interessamos por isto e, mesmo assim, ninguém dá resposta quando comunicamos o que é preciso fazer.
Os outros três inquilinos não querem saber de nada.
Desta vez não passa.
Vou pedir três orçamentos, vou enviar por e-mail e informar que vamos substituir o portão.
Depois, enviamos a factura.
Por hoje, vou saber se o vizinho tem alguma ferramenta que possa pôr o portão no lugar.
Precisava de sair com o carro, tive de adiar tudo para amanhã.
Entretanto, do Instagram trouxe algumas imagens da CMinhoTV que mostram destruição desta noite,sobretudo árvores e carros.