o telelé
A aula de grupo de Pilates começou com o estúdio completamente cheio.
Nem três minutos passaram, toca o telemóvel de uma das senhoras que estava ao meu lado direito e um pouco mais à frente.
Alguém comentou: " já só faltava este".
A senhora pôs-se de joelhos, arrebitou o rabo para mim, pegou no aparelho e, pelo que me pareceu, rejeitou a chamada. Voltou ao exercício.
Dois minutos depois, o telemóvel voltou a tocar.
A professora olhou-a, mas não disse nada.
Ela voltou à mesma posição, quase deitada no chão, o rabo arrebitado para mim,falava baixinho.
Voltou ao exercício.
Mais um minuto, o telemóvel interrompe a aula de novo.
Alguém comentou qualquer coisa que não entendi.
A senhora voltou a arrebitar o rabo. Via-se-lhe o fio dental lá no rego. Volta a estender-se no chão, desta vez demorou mais tempo a falar ao telefone.
Não se ouvia o que dizia, pois claro.
É preciso ter lata! Apetececeu-me dizer-lhe: " desligue o telemóvel, por favor!"
Sentou-se, voltou ao exercício, comentou para quem estava perto, algo como " que teimoso!".
Porra, teimosa foi ela em atender! Logo na primeira vez devia ter desligado.
Não consigo entender por que diabo esta gente tem de levar o telemóvel para as aulas.
É por isto que estes adultos, pais e mães, não são exemplo para os filhos.
A professora é muito educada e simpática para todas nós, penso que não quer ser desagradável, mas acho que devia adverti-la de que não deve levar o aparelho para a aula, ou então, tirar o som para não incomodar.
Aliás, penso que é uma regra de proibição, em todos os ginásios, o uso do telemóvel durante as aulas de grupo.