o parquímetro
Fui buscar o sobrinho neto ao berçário ( felizmente não chovia, levei o carrinho do bebé) vinha para casa, vi e ouvi uma mulher, que tinha uma nota de 5 euros na mão, aproximar-se de um homem que passava perto e perguntar-lhe se tinha moedas e as trocava pela nota, precisava de pagar o estacionamento.
O homem respondeu que não tinha, seguiu caminho.
Ela virou-se, viu-me, fez-me a mesma pergunta.
Sabia que tinha algumas moedas, mas que chegassem aos cinco euros não.
Abri o porta-moedas, tinha cerca de 4,30 euros , não dava para trocar.
A cem metros da rua há vários cafés, estive para lhe dizer que fosse lá trocar o dinheiro, mas quiçá naquele espaço de tempo a polícia passasse por ali e multasse a senhora?
Peguei em 0,50 euros e dei-lhos.
Não queria, que tinha algumas moedas pequenas mas que não chegavam para o tempo que precisava, que dá-me, então, as moedas que tem..."
Respondi que não queria nenhuma moeda, que as juntasse à que lhe dei e tirasse o papel, certamente que chegaria para o tempo que precisava.
Agradeceu-me muito, e eu segui o meu caminho.
Tinha razão a minha mãe quando dizia que eu jamais seria rica.
E eu não me importo nada.