o mar e o homem
o dia do meu aniversário foi passear pela praia, carregar o corpo e a mente de energia, sentir o sabor salgado do mar e a aragem fresca do vento fraco, deixar fluir o pensamento.
É no inverno que melhor aprecio estes momentos, só meus, também de outras tantas pessoas que passeiam pela praia, ou vão surfar, ou até pescar.
Neste caminhar de inverno pela praia, tem-se a noção do quanto o mar, revolto, e o homem medem forças, um porque precisa de mostrar a sua ira quando o mau tempo vem, o outro para manter a praia "intacta" para a próxima época balnear.
Nesta luta constante, o homem adopta as estratégias e os meios mais seguros para que o mar não destrua as dunas, estas preservem as lindas vivendas que ele, homem, de forma desordenada e para seu prazer (é tão bom ter uma casa numa duna com o mar como paisagem),construiu.
E foi nesta caminhada que entendo a luta travada entre o homem e o mar. Um leva areia, o outro retém-na ou vai buscar a outros lados, draga-a ao próprio mar para, em tempo oportuno, libertarem as cordas, os "sacos" , os tubos, sei lá, e fazer a praia, agora minúscula, uma praia aprazível no verão.
Depois há o lixo que se acumula na praia. Os troncos de árvores que o vento, nos dias de tempestade, leva para onde calha, o pneu de tractor que, provavelmente, o mar trouxe ou o homem esqueceu de o levar.
Apesar de tudo, as nuvens cinzentas, o sol que espreita, o céu, por vezes azul, convidam ao prazer de uma bela e serena caminhada.
O que aqui escrevi é o pouco que sei e que estas minhas fototografias mostram destas coisas da engenharia hidráulica e do ambiente.