o directo
Estive hoje na praia, cheia de banhistas, sempre debaixo do guarda-sol, a água estava um pouco fria, mas sabia bem porque a temperatura estava alta, na hora do pico de calor fomos almoçar, voltamos à praia depois das 16h, estivemos até às 18h, quando regressamos a casa.
Não gosto de conduzir com temperaruras tão altas, os próximos dias não tenciono ir à praia, cansa o calor que faz.
À hora das notícias,liguei a televisão, queria saber as temperaturas que fizeram em todo o país assim como se haviam incêndios.
Ora, depois de várias reportagens em várias cidades, em directo uma jornalista mostrava a praia de Carcavelos, que, àquela hora, 20h15, ainda se viam muitas pessoas na praia.
Entrevistadas algumas, a jornalista faz um parêntesis, e em frente à câmera, pede às pessoas, os espectadores, que tenham mais cuidado com o que deixam na praia.
A câmera mostra, então, vários espaços cheios de lixo.
Inacreditável!
Como é possível saírem da praia sem recolherem o lixo que fazem e pô-lo nos caixotes que, com certeza, existem no areal?
Como podemos condenar o país, x, o presidente y, se somos, também, responsáveis pelo nosso país, pela nossa cidade, pela nossa casa?
Ontem, numa pequena reportagem sobre a seca na Austrália, um casal, dono de uma fazenda, dizia a senhora que o problema da comida para os animais resolvia-se, o que não conseguiam resolver era a falta da água, acrescentando que nas cidades há comida e água e os cidadãos não têm consciência do que se passa no campo, das dificuldades que enfrentam na produção de cereais e criação de animais, só lhes restava esperar que Deus lhes desse a chuva que lhes falta.
Usufruámos do melhor que temos: a praia, o campo, a cidade, mas não nos esqueçamos que cada um de nós é responsável por aquele bocado de terra que ocupamos.