já Era!
todos os anos, no dia de Ceia de Natal, no Centro Histórico desta cidade, há o encontro dos amigos, dos familiares, dos conhecidos, dos estrangeiros, de gerações que se encontram no Centro Histórico para beberem o Moscatel e comerem a banana.
Uma tradição ( a história aqui) que começou há muitos anos, o meu falecido cunhado, e os amigos, foi a segunda geração a dar continuidade a este encontro.
Cada ano que passava levava-se um amigo, e o amigo deste, depois vieram os jovens do Erasmus, os turistas e até aos dias de hoje que geraram uma multidão que passou além fronteiras.
É, também, ao fim-de-semana que os amantes da bicicleta procuram esta casa, ao final da manhã, para recuperarem as energia...porque eu vejo-os quando vou dar a minha volta pelo centro.
Ora, este ano, com o coronavírus a impedir ajuntamentos, festas, celebrações de cariz religioso, até ao passado dia 18, era de conhecimento que a casa ia estar aberta neste dia.
Com as novas medidas, a autarquia implemementou outras, locais, de modo a evitar ajuntamentos, sobretudo nas esplanadas abertas, cobertas e fechadas em todo o Centro Histórico, acrescentando que "A tradição do Bananeiro ou tudo o que a ela se assemelhe, este ano, não será admitida”.
Acredito que o estabelecimento estará aberto,como é habitual,no dia 24, até às 13h.
A PSP estará pelo Centro Histórico a controlar quem anda na rua, e a impedir ajuntamentos, mas que não vai faltar quem passe lá e beba o Moscatel, garanto que vai haver.
Veio a propósito este assunto, uma brincadeira que a Imobiliária Era publicou no Instagram, que consiste em sabermos quem somos nós no Natal.
Uma característica psicológica é associado ao mês em que nascemos, e uma palavra, um acção, um lugar, um objecto, um doce, todos estes relacionados com o Natal, ao dia que nascemos.
Gostei do que vi, tratei de procurar a característica que me definia: "empolgada" .
Pois bem, no dia de nascimento estava lá o Bananeiro.
Desde 2008 que o Natal é em minha casa, uns anos com toda família ( seria este o ano), outros com metade, quando os sobrinhos vão aos sogros, pelo que nem sempre vou ao Bananeiro neste dia,tudo depende do tempo que estou na cozinha a fritar as rabanadas e os bolinhos de jerimum.
Mas é verdade que fico empolgada para ir ao Bananeiro, não pelo Moscatel e pela Banana, mas porque é lá que encontro e vejo pessoas que há muito anos deixei de ver, pelo ambiente de festa, de risos, de alegria, de brindar à saúde, à amizade, à família.
Então, este ano, o Bananeiro, já ERA!
Não há Moscatel, nem banana, na tarde do dia 24, mas todos nós podemos celebrar o dia recordando os anos anteriores.
E vendo o vídeo, "encontrei" um amigo que não vejo há mais de um ano, a quem vou enviar por e-mail, pois certamente não imagina que em 2018 apareceu aqui.