há anos que não o cozinhava
a minha mãe costumava fazer ensopado de costeletas de borrego à Alentejana.
Quando ela facleceu, fiz os possíveis ( aprendi com ela ) por fazer os pratos que ela muito bem cozinhava.
À medida que os irmãos saíam de casa, fui deixando, também, de fazer os pratos mais elaborados, até porque trabalhava fora da cidade, almoçava fora de casa ( na altura ainda não havia a moda da marmita), tornei-me mais prática na cozinha, excepto quando os sobrinhos , que andavam na escola perto de casa, e almoçavam comigo, cozinhava o que eles mais gostavam.
Por vezes, não me apetece estar com muito trabalho na cozinha, faço pratos simples, alguns vegan, faço o que na hora me apetece.
Mas eu estou magra, não gosto de me ver com o peso dos meus 20tes ( nessa altura queria ser elegante,e sempre fui), e comendo melhor ao almoço que ao jantar ( sopa e uma refeição mais ligeira e em menos quantidade), tomei a decisão de fazer o que gosto, e à portuguesa.
Hoje, passei no talho e vi umas costeletas de borrego olharem para mim.
E lembrei-me do ensopado de borrego.
Peguei no famoso livro " Doze Meses de Cozinha" que aqui em casa deve ter cerca de 40 anos, e fui ver a receita.
O único senão deste prato, mas que adoro, é o pão.
E a verdade é que comi as quatro costelestas ( são pequenas, têm pouca carne) e dois pães em fatias naquele molho, ai Jesus!
Estava tão bom!
Estou como o Trip, enfardei tudo.
Também decidi que quando janto fora com a minha amiga M, se decidirmos comer pizza ou hambúrguer, que ela muito gosta, alinho com ela.
Já a francesinha, não!
Preciso encher este body com pelo menos 3kg.
E dizem as médicas que eu falo de contente.