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cantinho da casa

cantinho da casa

do outro lado do balcão

Prescritas no ano passado para fazer este ano análises de sangue e ecografia da tiróide, fui, hoje, ao hospital privado.

Depois de tudo feito, tirei o ticket para pagar os exames.

Quando chegou a minha vez, que era no balcão junto à porta das urgências, enquanto o funcionário tratava da factura, os meus olhos fixaram-se, por breves segundos, num casal jovem que não teria mais de 30 anos, no balcão oposto.

Ela chorava em silêncio.

Ia limpando os olhos com os dedos.

Ele abraçava-a. Encostava a cabeça à dela.

Percebi que também chorava em silêncio.

Dos meus olhos caíram -me lágrimas que tentei esconder do funcionário que me atendia.

Eles recuperavam da dor quando a funcionária intervinha.

Ela caía na tristeza e os dedos voltavam aos olhos para limpar as lágrimas.

Senti uma dor. Um desânimo.

Rapidamente coloquei-me em frente ao funcionário que me atendia, não era sensato eu observar, até porque sou discreta com os meus olhares que vêem

sofrimento.

Paguei os meus exames.

Saí.

O casal ficou lá.

Estávamos na especialidade de Imagiologia.

 

 

 

 

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