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cantinho da casa

cantinho da casa

do fim de semana prolongado

Começou na 5ª feira, no comboio Alfa.

Desta vez, o  meu lugar não era ao lado da minha sobrinha, que ocupa o lugar destinado a mães com bebés, e pessoas deficientes em  cadeira de rodas,

Enquanto não chegava a pessoa que iria ocupar esse lugar, sentei-me com o sobrinho neto no colo.

Um senhor, na casa dos 80, aproximou-se e perguntou se eram aqueles os nossos lugares,.

A minha sobrinha explicou que não, que o meu era o da frente e que se o número dele era a seu lado, se quisesse oferecia-lhe o lugar da janela, pois facilitava movimentar-se quando precisasse da minha ajuda.

Simpatica e humildemente, o senhor disse que não e que poderia trocar o lugar com o meu.

Nós aceitamos. Uma criança que não pára de brincar, não o incomodaria se trocássemos.

Sentou-se, então, no meu lugar, e sempre com gestos simpáticos, dizia olá ao menino, conversava connosco, até fez questão de oferecer das bananas que levava consigo, que tinha muitas e não as comia todas, acabamos por aceitar, o menino comeu uma.

Contou que nasceu aqui em Braga, que fora trabalhar para Lisboa era ainda muito jovem, que casou, que a esposa é de Vila Verde, que viera de propósito, como o faz todos os anos nesta altura, ao cemitério pôr flores na campa dos familiares.

Um senhor que faz  duas viagens no mesmo dia de 3h30 de viagem para prestar homenagem aos familiares defuntos é de louvar, comentara a minha sobrinha.

Na chegada, o senhor levantou-se, veio desejar-nos boa estada, despediu-se do menino e a minha sobrinha trocava comigo palavras de gratidão por encontrar uma pessoa tão simpática e humilde. 

A viagem correu bem, o menino não dormiu, fartou-se de brincar connosco, chegamos a Lisboa, pedimos um Uber e fomos para casa.

Mal o condutor pára o carro nos semáforos perto de casa, ouço a minha sobrinha dizer que alguém estava a fazer marcha atrás e ia bater no carro. Eu não percebi, o senhor  não podia avançar, o carro que queria sair estava em cima do passeio, até que o sinal  verde abriu, virou para a outra via, parou o carro e ouço a minha sobrinha dizer: "Eles estão a agredirem-se, eu não saio do carro, pode haver aqui rixa, eu tenho medo".

E foi então que vi três homens aos berros com o condutor que queria sair do estacionamento. Estávamos no meio da rua, o condutor Uber saiu do carro, ajudou a minha sobrinha a sair, estava ela com o bebé no colo, e ela só dizia " por favor chamem a polícia, isto é grave"

Saí do carro, puxei por ela e disse para ir para o passeio. E ela pedia para chamarem a polícia que eles estavam a agredir-se.

Queria sair dali o mais rápido possível, tirei as malas do carro, e reparei que dois dos homens estavam a desafiar-se, nariz com nariz, e insultavam-se.

De uma farmácia perto, e com a minha sobrinha a insistir que alguém  chamasse a polícia, vêm as pessoas à porta, o condutor Uber acalma-a, tiou o que faltava da nossa bagagem.

Alguém disse que já tinha chamado a polícia, o condutor Uber seguiu o seu caminho, e eis que vemos o condutor do carro fugir, ao mesmo tempo que os outros dois  o insultavam de filho da p*ta e chamavam-no de cobarde  por fugir deles.

O meu coração batia forte, fomos para casa assustadas, a minha sobrinha muito mais porque saíra do carro Uber do lado em que se dava a discussão.

O que foi que aconteceu?

O homem que fugiu estacionara o carro no lugar com placa,  com registo de matricula, de estacionamento para deficiente e como o proprietário vira o lugar ocupado, provocou a discussão. Juntou-se outro homem, insultavam-se e espalhavam murros pelo que infrigira o sinal,  foi quando ele se meteu no carro e tentou fugir mas como estava o carro Uber atrás não o fez e voltaram à discussão. Quando viu a oportunidade de se escapar, sem sequer obedecer ao sinal vermelho, ó rodas para que te quero, fugiu.

Pela primeira vez em Lisboa vi e assustei-me com este tipo de cena que poderia ter sido grave.

Estavamos cansadas da viagem, o menino adormeceu logo após tomar o leite, fomos dormir, também.

De manhã cedo fomos buscar o carro que alugáramos para esses dias, balcão cheio de turistas, saímos de Lisboa em direcção a Alcochete.

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O outlet estava a meio gás, a tempertura agradável,  não choveu, fomos às compras. Ela que procurava um bom agasalho não encontrou nada que gostasse, eu que não tinha intenção de gastar dinheiro em roupa, comprei um blusão ( tenho uma história para contar, no próximo post).

Comprámos artigos de maquilhagem, fomos conhecer o centro de Alcochete. 

Fomos procurar um dos restaurantes que o Robinson aconselhara, o que queríamos estava a fechar, procurámos este dos que me sugeriu. 

E almoçámos bem.

Um passeio pelo centro, verificámos que não faltam restaurantes e que as ementas são variadas e apetecíveis.

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No regresso a Lisboa, e com ameaça de chuva,  a fila para entrar no Freeport era imensa, os carros estacionavam fora do parque, foi certeiro termos ido de manhã.

Pensamos ir ao El Corte Inglês ver umas roupas para o menino, esqueceramos que era feriado, fechava às 20:00, não deixaram entrar.

Cansadas que estávamos, fomos para casa.

No dia seguinte o destino era Évora, que eu não conhecia.

 

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