desafio da abelha
é mais um desafio que a abelha Ana lançou no seu blog, e que decidi participar.
Era o dia de oshougatsu ( ano novo japonês), Aiko vestiu-se para as festividades. O dia que ela mais gostava de pintar o rosto e usar no cabelo os acessórios alusivos à natureza, não fosse ela apaixonada por flores e borboletas .
Inspirou-se, para esta noite, num quadro que lhe ofereceram no aniversário. Quadro a condizer com os seus gostos, pelas aves, pela natureza, pela harmonia das cores.
Escolheu o Yukata bordeaux , o mais adequado para festas, fez uma maquilhagem de gueixa, nos tons do vestidos. Pegou no espelho e aproximou-se do candeeiro para apanhar o cabelo e prendê-lo num dos lados com um gancho com uma borboleta, também nos tons da maquilhagem e do quimono.
Calçou as sapatilhas brancas, a noite é de festa , só estas para conseguir estar e andar confortável pelos templos.
A noite começa cedo no dia 31 com a cerimónia das 108 badaladas dos sinos dos templos, que significam a vontade de os homens afastarem os seus desejos mundanos, até à última badalada, a da meia-noite, que marca a passagem do ano, e a purificação dos homens.
A família segue a tradição, hatsumode, de no primeiro dia do ano visitar um dos templos e rezar para que tenha um ano próspero e com saúde.
Ela gosta desta tradição, e depois da visita familiar e das orações, tem o seu dia de liberdade. Os pais autorizam que ela passe a noite com as amigas. Visitam outros templos da cidade e compram um dos talismãs da sorte. Tem uma especial atração pelo Maneki Neko e também compra Omikuji, a “loteria sagrada", porque é um dos momentos divertidos que passa com as amigas: sentam-se no passeio de uma rua, ou à porta de casa dela ou de uma das amigas. É um dia muito especial para todas.
E não costumam deitar-se cedo nesse dia. Se o céu não tiver nuvens, ficam horas na conversa para verem o hatsuhinode, o primeiro nascer do sol do ano, e dar as boas vindas ao novo ano que, dizem, haver divindades que trazem energias, felicidade e sorte todo o ano.
E ela acredita nisso.