deixei de dar demasiada importância
quando acontece uma avaria e a seguir vêm outras.
Neste momento, e desde a 01:00h do 1º dia do ano, tenho a torneira da água fechada.
Tudo começou há dias com as lâmpadas da cozinha, fixas ao tecto, que começaram a tremelicar. Eu não subo o escadote para tirar as medidas e pôr novas.
Se fosse noutros tempos, fazia-o.
Agora, tenho muito cuidado comigo, as quedas acontecem e não quero arriscar.
Uso a luz dos armários, vai remediando a coisa.
A seguir, foi o microondas que há algum tempo dava sinal de que estava gasto.Por 15 segundos levei manteiga para derreter, ao primeiro estouro, tirei-a. Ficou sujo de bocados de manteiga.
Mas a tarte para a qual foi derretida foi a melhor de todas que fiz. Eu punha defeitos, mas desta vez, até fiquei contente, e a família aprovou.
Ora, sempre que quero aquecer sopa, leite, ou outro alimento, tenho de usar um tacho, e o mais pequeno é grande.
Que seca! É nisto que eu chego à conclusão de que criamos hábitos que não abdicamos quando avariam.
É que dá trabalho e usa-se louça de mais.
Tenho de comprar outro, mas há a questão de que é muito pesado e não desço 50 degraus a carregá-lo.
Antes do Natal, comprei pela internet um móvel TV, estava esgotado na loja, paguei o transporte e o carregamento até casa, não ia à loja levantar algo tão pesado.
No dia que queria montar, dei falta de umas anilhas, as primeira a serem usadas na montagem.
Fui à loja, fizeram o pedido, foram 10 dias de espera.
No dia 31 de Dezembro, chegaram. Como é óbvio, veio o saco completo de acessórios.
Na segunda-feira, fiz um peixe assado no forno. Dava para duas refeições, pelo que, à noite, e sem microondas a funcionar, liguei o forno por dez minutos.
Quando o desliguei, pareceu-me ver algo vermelho no fundo, tipo cinza.
Liguei rapidamente para que, com a lâmpada acesa, pudesse ver o que era.
Desliguei-o imediatamente.
O forno tem alguns buracos.
Durante muitos anos ( tem 25) fiz uso dele, limpava-o de quando em vez, e agora que raramente uso, vi o que era para mim impensável.
Terei de comprar outro.
No dia 31, e porque eu gosto de ficar em casa na passagem do ano, decidi começar a montar o móvel.
E não é que o saco pequeno das anilhas em falta estava colado ao saco dos primeiros parafusos a usar?
Shit! Fiquei com um saco completo de acessórios. Mas por outro lado foi bom porque tinha peças para substituir caso alguma ficasse danificada.E foi o que aconteceu, já no final da montagem.
Então, o móvel que queria vê-lo na sala no dia de Natal, ficou pronto no dia de Ano Novo.
Outros móveis já estão prontos para substitur os brancos, que já estava farta deles.
Tenho de acomodar os livros, cds, dvds, para pôr a sala de estar mais arranjada.
Como se não bastasse, e porque há algum tempo que a água do esquentador não sai quente, fui mexer no botão da temperatura, que não resolveu, e começou a pingar água.
Não dei muita importância, até que depois da meia-noite, fui espreitar e já tinha um charco de água no chão. Tirei a ficha, e fui ao contador fechar a torneira da água.
Nas horas que mais preciso, vou abrir a torneira, encho bacias e panelas para me desenrascar.
E o banho?
Tomo no ginásio.
Hoje de manhã, liguei para a pichelaria, a agenda estava cheia, amanhã, à tarde, vem cá um funcionário.
O meu palpite é de que e esquentador já trabalhou muito vai ter de sair.
Então, este Novo Ano começa com gastos: o microondas não dispenso.
O meu problema para o levar para a reciclagem, e trazer o novo, é que tenho de descer / subir 50 degraus e eu não posso com ele. É muito pesado.
O esquentador, a ser substituído,o funcionário trará um e coloca-o no sítio.
O forno vai esperar.
Quanto às lampadas, aguardo que o meu amigo e ex-colega de trabalho me contacte para tirar as medidas, comprá-las e colocá-las.
Por fim, as cordas da roupa rebentaram, não posso pôr a roupa a secar ao sol.
Nunca necessitei das lavandarias self-service, algum dia teria de ser. E fui no domingo passado.
E assim começo 2025: abrir a carteira e comprar o que faz falta em casa.
Fiquei chateada com este final de ano cheio de avarias?
Não.
Já deixei de dar demasiada importância a estas coisas.