coisas minhas, de hoje
E como se não chegasse o que aconteceu ontem, 4ª feira é o dia que tenho mais livre de compromissos, pelo que vou sempre por volta das 17:30h buscar o sobrinho neto ao colégio.
Chovia, seria melhor levar o carro. Meti a chave na ignição, o carro não deu sinal de si ( há cerca de três semanas fui jantar fora, quando fui levar a minha amiga a casa, parámos a conversar dentro do carro, quando pus o carro a trabalhar, tivemos de o empurrar para que ele pegasse e eu pudesse chegar a casa. Como desde então a bateria sempre funcionou, e hoje de manhã ainda fui ao ginásio, não o levei à oficina, teria de acontecer ), agora de tarde, bateria, Zero!
Pensei levar o carrinho dele, lembrei-me que o plástico ficou no carro do avô, impossível trazer o miúdo ao colo, são cerca de 15 minutos a pé.
Liguei para a mãe, que não atendeu.
Tomei a decisão de ir a pé até ao colégio, pediria um táxi que nos traria a casa.
E assim foi.
Quando pedi ao taxista para parar o carro em frente ao portão que dá acesso às garagens do prédio, ele não o fez, deixou-se estar na via, depressa dei-lhe o dinheiro para pagar e no mometo que me entregava o troco, ouviram-se os carros atrás de nós a buzinar insistentemente.
O taxista disse: "Não se preocupe, eu não tenho pressa, deixe-os buzinar".
Os condutores insistiam nas buzinas, até que eu saí do carro com o menino, o guarda-chuva ( que estorvava demais) e a carteira.
O taxista seguiu rua abaixo e quando passei à frente do primeiro carro e pedi calma, que tinha uma criança ( dois anos) ao colo.
O gajo (desculpem, mas é assim que merece ser tratado) gesticulava para mim, mete a primeira e segue rua abaixo, eis que no carro atrás daquele, uma mulher ( gaja) manda uma buzinadela, baixa o vidro, olho para ela que e diz " Tenha calma, não! Há lugares para estacionar, por que é que ele não estacionou lá?"
Virei as costas, não lhe respondi, não valia a pena dar conversa a gente desesperada.
Isto aconteceu no máximo dois minutos.
Eles até tinham razão,não custava nada o taxista estacionar nos lugares vagos,mas quando me viram com a criança ao colo não deviam ter resmungado comigo. Mas também não fiquei muito incomodada, porque foi rápido.
Ora de manhã, a confusão de trânsito aqui na rua é demais. Há uma escola do primeiro ciclo, a rua é estreita, muitas vezes os pais deixam os carros em frente aos portões dos prédios, vão deixar os filhos na entrada da escola e, no meu caso, sou obrigada a esperar que venham tirar o carro para eu sair. E não resmungo.
Quando vou ao ginásio, levanto-me mais cedo para evitar este pára, arranca, na rua.
Estes chicos-espertos que resmungaram comigo, hoje, são pessoas que trabalham aqui na zona ( CTT, Finanças, Registo, Hospital, Escola Secundária) sabem que esta rua tem horas de trânsito lento na entrada e saída das crianças da escola, porque diabo foram protestar comigo.
Oh, gente impaciente!