coisas minhas
À medida que a idade avança, fico mais esquisita com a roupoa que vejo nas lojas, e que gosto, mas que não me vejo com elas.
Ontem, fui tratar de uns assuntos, andei quilómetros a pé, passei numa rua que fecha ao trânsito nesta altura de verão, e abrirem as esplanadas para os jantares.
Reparei numa loja, recentemente aberta e entrei.
Muito bem decorada, atrai as mulheres.
Conheço as donas de outra loja que tiveram noutro local da cidade.
Tinha peças giras, para todos os gostos.
Mas tudo o que vejo sinto que não me identifico com nada.
Os vestidos são compridos.
Sou baixa. E se em tempos vestia tudo o que fosse moda, agora não.
Um vestido lindo que vi.
E sem que o tivesse experimentado, a dona dizia que não ficava muito comprido, que é ideia minha, que veste muito bem.
Não tentei, sei que não ia gostar de me ver com ele.
E comprei uma carteira de pano, e um fio para dar de presente a uma amiga.
Este ano, procurei calças de verão. Estas são o que me conforta.
Já comprei três pares.
E t-shirts.
O peso da idade quer conforto.