coisas minhas
Um final de tarde atribulado, ontem, com a chuva que caía ( e hoje ainda não parou) sem lugares ( a pagar) na rua, estacionei o carro num parque que tem elevador de acesso à rua, não nos molhávamos porque os gabinetes( imobiliárias, cabeleireiros, e outros) ficam debaixo do edíficio.
Era dia de ir à Maia, às 18:00h costumamos sair de Braga, eram 17: 20h quando fui buscar o carro. Introduzi o bilhete na máquina para pagar o estacionamento, meti duas moedas de 1 euro. O miúdo estava encostado às minhas pernas, e bem junto à máquina, não fosse ele escarpar-se, o lugar é de garagens, também, poderia vir algum carro.
Tê-lo no colo não era possível, além de ser pesado também tinha várias coisas nas mãos, estava tudo controlado.
Mas o bilhete não saía da máquina. Ainda me virei para o guichê onde estava o segurança, para pedir ajuda, mas ele não me ouviu, aguardei que a máquina me devolvesse o bilhete, o que aconteceu, assim como o troco.
Cheguei ao carro, atirei com as moedas para o tablier, sentei o menino na cadeira.
Quando me aproximei da máquina para meter o bilhete e a barra subir para eu passar, a máquina não lia o bilhete.
O segurança, que estava na cabine, percebeu que a barra não levantava, veio ter comigo.
Pediu-me o bilhete, perguntou-me se tinha pago. Respondi que sim.
Olhou para mim, viu o menino atrás na cadeira, foi à cabine, voltou e, manualmente, fez com que a barra subisse.
Agradeci e passei.
Fui à Maia, com esta chuva que não nos larga, regressei a casa, jantei, fui para o sofá. E adormeci.
Quando acordei, pensando eu que seria 00:40h, hora que habitualmente me deito e se não tiver ginásio de manhã cedo, fui deitar-me... Olhei o relógio da cozinha, eram 11:40h ( é mecânico estes 40), mas de tão cansada que estava, fui dormir. E hoje tinha ginásio.
Como é normal, também, quando me levanto do sofá depois de ter passado pelo sono, e vou dormir, nem sempre ele volta logo.
Foi então que se fez luz na minha mente: quando tirei o troco do tablier, reparei que não correspondia ao troco que devia receber, pois a máquina marcava 1,55€ de parque ( devia ter recebido 0,45 €) pensei que afinal a máquina demorou a devolver o bilhete porque faltava dinheiro.
E lembrei-me que lera qualquer coisa na máquina de 35 cêntimos, mas como estava preocupada com o menino, não reaciocinei, e como a máquina devolveu o bilhete e o dinheiro, 1,20€, que só à noite tirei do tablier, para mim estava tudo normal.
Hoje está um dia muito cinzento e de chuva, vou buscar o menino ao colégio, não passo lá, mas amanhã de manhã, vou falar com o senhor ( se for a mesma pessoa, senão, explico o que aconteceu).
Cheguei a casa, subi as escadas com o menino, já estava a fazer-se tarde, quando fui à carteira para tirar a chave de casa, lembrei-me que a tinha metido na gaveta do tablier ( faço isto sempre que vou ao ginásio, para depois chegar e estacionar na garagem). Com dúvida de que teria deixado no carro, remexi a carteira. Nada!
Que nervos!
Peguei no menino ao colo, desci as escadas, fui buscar a chave.
Toda eu tremia. Transpirava de nervos.
O tempo estava a passar, a sobrinha a chegar.
Quando chegou, eu estava mais calma, mas disse-lhe : "que final de tarde stressante".
Contei a cena da chave.
Faltou a do parque.