coisas do tempo
Prevista que está a chuva a partir de 4ª feira, e que se vai manter por cá até meio da primeira semana de Abril, fui dar um passeio pela praia.
Em Ofir os praticantes de body board e surf andavam por lá, o sol era quentinho, embora o vento fosse frio, desta vez não almocei no bar do costume. A esplanada coberta desapareceu, não queria almoçar na esplanada ao sabor do vento, que nem era forte, mas sentia-me mais confortável se estivesse protegida.
Fui na direcção de Esposende procurar a antiga esplanada, que mudara de proprietário, estivera fechada algum tempo, há muito que não gozava do sol neste lugar.
E que bem se estava.
Depois do almoço, fui dar a volta pela praia.
As altas dunas de areia que o mar e o vento trouxeram eram demasiado altas, ocupavam o caminho até à praia. E como seria de esperar, o areal está mais pequeno, continuam as imensas pedras ao longo do areal, os cafés em cima da praia (que devia ser proibidos existirem) com sinais de destruição e lixo.
À medida que me aproximava do local onde o rio desagua, e que estivera em obras a última vez que por lá passei, fui vendo as mudanças da obra do homem. E quando chego à beira do local onde outrora se viam muitos pescadores, porque ali dava-se a junção do rio Cávado com o mar, eis que vejo um areal artificial de praia onde algumas pessoas pescavam, outras passeavam.
Não queria acreditar como um lugar inacessível é agora um local de veraneio.
Ao fundo, na ínsua que sofrera obras com a colocação de geocilindros e que estavam praticamente cobertos de areia, vê-se, agora, a descoberto e com alguns sinais de destruição, e porque o mar não perdoa.
Acredito que estas obras são feitas no sentido de protegerem as populações, mas tanto desvio, tanto artifício, e o mar continua a fazer das suas, vejo estas construções caírem por terra, mais ano, menos ano.
A Sofia ( 19 anos) e o Diogo (21 anos) andavam na escola do 1º ciclo, costumava levá-los à praia nos primeiros dias de Setembro, antes de as aulas começarem. Em 10/15 anos muito mudou nestas praias do norte.
Coisas do tempo...