coisas do meu dia # o jornal
É habitual o Pingo Doce ter jornais do dia e da cidade que são oferecidos aos clientes no final do pagamento das compras, na caixa.
A funcionária põe no saco das compras, por vezes peço, ou se não o quiser, agradeço, fica para outro cliente.
Na sexta-feira passada, estava ela a registar as minhas compras, o segurança coloca uns quantos na caixa, ela pegou neles e pô-los junto à maquina registadora ( já deve estar habituada aos comportamentos menos bons dos clientes).
Enquanto metia as minhas compras no saco, de repente, escuto a senhora ao meu lado reclamar qualquer coisa como " ela não devia ter feito aquilo".
Ouço a funcionária chamar uma senhora que acabara de entrar no supermercado, vira os jornais naquela caixa, sem pedir autorização, pegara num e seguira para fazer as compras.
Advertida pela funcionária que devia deixar ali o jornal, que teria direito a um depois de fazer e pagar as compras, mal educada a senhora responde que podia, sim, pegar no jornal, que ia fazer compras, que é cliente, que ela não podia recusar o jornal.
A funcionária comentava que sim, que tinha direito ao jornal, e repetiu "depois de fazer compras", pedia-lhe que o pusesse no sítio.
A outra, erguendo a voz, dizia que não o colocava no lugar, e discutia que ela não tinha o direito de o recusar.
E eis que, de repente, atrás da senhora, o segurança aproximou-se, parou a observar a cena. Tira-lhe o jornal e diz-lhe que terá um exemplar depois de fazer as compras, ao que ela, responde: "mas quando pagar as compras os jornais poderão ter acabado".
Pagas as minhas compras, a funcionária põe um jornal dentro do meu saco.
E ela, a senhora, de certeza que não iria ter um exemplar, não eram muitos os que ali estavam para os clientes.
Quem tudo quer, tudo perde.