coisas do meu dia... no Porto
Depois de almoçar com a Sofia, naquele pequeno centro comercial em frente ao IPO, parca de lojas, mas um bom supermercado e as lojas de restauração fast food são de mais para satisfazem os estômagos dos muitos estudantes da FEUP, ( a Sofia cozinha em casa, leva a marmita para a Faculdade), dos utentes do Hospital de São João e do IPO, a Sofia regressou à Faculdade, eu dirigi-me à máquina automática para carregar o cartão do Metro, procedo à operação, vou para pagar não estava disponível o pagamento com moedas, um aviso alertava para fazer o pagamento por multibanco.
As pessoas atrás de mim estavam com pressa de carregarem os seus cartões, estava a sentir-me incomodada ao mesmo tempo que pensava estar no meu direito de fazer a operação, quando marco o meu código pessoal, um novo aviso me diz que a operação multibanco está indisponível.
Perguntei a mim mesma, alto: "que faço agora?!"
O comboio a chegar, diz-me um senhor idoso que me ouviu: " Arrisque. Quem sabe safa-se. E se aparecer o fiscal, eu sou testemunha".
E insistia para que me sentasse na cadeira ao lado da filha, eu dizia que não, que se sentasse ele, que queria sair na paragem seguinte e carregar o cartão, com tanta insistência do senhor, sentei-me.
E saí na paragem Pólo Universitário, carreguei o cartão, entrei no comboio seguinte.
Comentava com o meu decote: " Isto está a correr bem, de facto. O jovem do comboio não tinha dinheiro para pagar bilhete, eu não tenho cartão carregado porque o pagamento está indisponível."
Já a caminho do Museu Soares dos Reis, e porque confundi a rua, estava na entrada de um pequeno café uma adolescente que olhava o telemóvel enquanto esperava as amigas que tinham entrado no café, pergunto se me pode dizer se era aquela a rua onde fica o Museu.
A miúda olha para mim com ar assustada, não me responde e atravessa a rua a correr.
"Caramba! Parece que viu um monstro", pensei.
Entrei no café, o senhor ao balcão orientou-me, não era ali, tinha de voltar para trás ( e eu já tinha passado junto ao Museu no ano passado, não sei o que me falhou).
Visita feita ao Museu, descia a rua dos Clérigos, com o telemóvel clica aqui e ali, aqueles belos edifícios da cidade, muitos turistas, eis que, junto aos semáforos, sinal vermelho para os peões, um casal subia a rua acompanhado do seu cão.
(foto do telemóvel)
De repente, o cão pára e faz aquele movimento de baixar o rabo para fazer as suas necessidades.
Segui o meu caminho, mas olhando para trás com a certeza de que o que pensara iria verificar-se: o casal não apanharia os dejectos do animal.
O sinal abre para os peões, volto a olhar para trás, vejo a senhora passar a trela ao companheiro, dar uns passos à frente.
O cão acaba de fazer o serviço, seguem ao encontro da senhora, deixando lá escarrapachado o poio do cão.
Ora que pensei foi o que todas as pessoas que viram teriam pensado, presumo. Olhavam o cão e o casal, à espera de ver o que os dois fariam. Ela, certamente para não passar pela vergonha, entrega a trela ao companheiro, disfarça e segue caminho.
Provavelmente, sendo ele mais descontraído e pensar que é apenas um poio de merda, se alguém reparasse não diria nada, esperou que o cão se aliviasse. Feito este, virou costas ao presente deixado no passeio e foi ao encontro dela.
Eu segui o meu desiludida com o que vi, com os devidos comentários para o meu decote de que quem não quer ou não tem estômago para limpar/ apanhar os dejectos do cão, então que fiquem e/ou deixem o animal em casa.
Nojento!