coisas do meu dia
Há três anos, uma amiga ofereceu-me, no aniversário, um fio com pendente da árvore da vida com brilhantes.
Decidi mudar o fio deste, passei na ourivesaria para o substituir por um fio dourado para fazer conjunto com o fio com pendente cruz ( na imagem) que recebi no Natal passado.
Fui atendida por um dos donos, presumo que irmão do senhor que habitualmente me atende, um senhor que andará pelos 70 anos, que não me lembro de o ver por ali.
Não havia fios finos dourados que servissem no pendente, estivemos a ver a medida que eu pretendia.
Ora, nos cerca de 10 minutos que estive na loja, o diabo do homem, que eu não conheço, tratou-me sempre por tu.
- Ah, e tal, vê a medida deste, experimenta o que tenho aqui, olha esse serve-te, eu mando vir o que quiseres, quinta-feira já tens o fio, deixa ficar o pendente que trato disso, queres estas bolinhas no fio...
Eu, lixada, para não dizer fº*#ª@, farta da conversa dele, desta modernice de nas redes sociais as pessoas tratarem-se por tu, pensava para mim mesma "é preciso ter lata! o homem não enxerga que está a atender uma cliente que não conhece? e mesmo que conhecesse, se o trato de senhor tinha obrigação de o fazer da mesma forma"
O sócio (irmão???) e o filho, que sempre me atenderam com simpatia e nunca me trataram desta forma, na outra ponta do balcão, ouviam a conversa e, certamente, não estariam a gostar desta forma de tratamento.
Repito, eu não me lembro de ver aquela pessoa pela loja, e se não fosse por que me pareceu andar pelos 70 anos, reagia.
Sou apologista deste tipo de tratamento quando há confiança, respeito e empatia, doutra forma, não admito, nem eu altero o meu comportamento.
Fui educada desta forma, nada há a fazer.