Caminhar para velho (a)
torna-nos uns chatos, reclamamos tudo, levamos tudo a sério, exigimos o melhor para nós, não nos preocupamos em pedir licença , não respeitamos as saídas e entradas do lugares, falam alto demais se querem reclamar alguma coisa, enfim, um sem número de coisas que se acham no direito de ter.
E hoje, à saída do ginásio, cerca de sete senhoras entre os 66 e os 70 reclamavam, em uníssono, algo que não percebi bem, mas que teria a ver com as fichas para a hidro e o facto de o professor comentar (na brincadeira, segundo umas, a sério, segundo outras), que passariam a pagar 1 euro pela ficha.
A funcionária, que atendia os clientes que entravam e os que queriam pagar a mensalidade (o banco não faz a transferência, fica o pagamento em atraso e eu não gosto nada disto) como eu,estava pelos cabelos, quase não atinava com o que fazia, com o alarido das senhoras.
E disse:"se querem reclamar, chamo o patrão, ele está cá".
E elas diziam que ela tinha de resolver, ou então iam reclamar por escrito, outra diz que não é por escrito, mas com o patrão...Ninguém se entendia.
Faço o meu pagamento e comento com a funcionária que além de ser bonita é simpática:"que se passa aqui? estas senhoras nunca estão satifsfeitas com nada".
Vem uma cliente, sem mais nem menos vira-se para a funcionária e pergunta:"eu não deixei aí o meu cartão?", e eu olhava-as,feita parva.
Às tantas, vem o patrão e diz a funcionária: "está aqui o patrão, não querem falar com ele?"
E elas virararam costas e saíram sem nada dizerem.
Fui a última a entrar no elevador, fiquei no meio delas, a conversa continuava "porque já pagamos muito, era o que faltava pagar mais um euro", diziam.
O elevador pára no r/c, elas saem de rompante, empurram-me e fiquei sozinha.
"Bolas" comentei para o meu decote "será que vou ser assim, uma velha resmungona?".
É por estas e por outras que não vou à hidro durante a semana. É um autêntico galinheiro de mulheres que falam durante a aula e, quando tal, estão em cima umas das outras.
E nos balneário, ui,solta-se o galinheiro!
Não há paciência.