a raspadinha
Acabei de chegar dos CTT, fui comprar certificados de aforro.
Enquanto tratava do documento, a senhora, que teria pensado que quem compra um valor substancial em CA, terá dinheiro para gastar em raspadinhas, perguntou-me se queria comprar uma das grandes: 5 euros.
Respondi que não, que não sou sortuda no jogo, que o dinheiro das raspadinhas sai da carteira, mas raramente entra, que preferia contribuir com esse valor para a UNICEF (dou mais um pouco), por multibanco, e quando me apetece.
Ela comentou que não acredita nisso, que não sabe para onde vai o dinheiro, que se vê muita gente por cá a passar fome...Assim como o Banco Alimentar, que deixou de contribuir há muito tempo.
Eu acrescentei que estas ONGs precisam de dinheiro para ajudar as populações nos países em conflito e que, recentemente, decidi contribuir mensalmente, e durante um ano, com um valor mínimo para os Médicos sem Fronteiras.
Que nem sempre ajudo quando essas organizações querem ( fazendo chamadas), eu é que tomo a decisão de doar quando entendo que devo fazê-lo, e se o dinheiro não chega lá, não é por 10 ou 20 euros, de quando em vez, que me vai fazer arrepender de ajudar.
Assinei o documento.
E não comprei a raspadinha.
Ela também não insistiu mais.
E agradeceu a compra dos CA.