a operária
neste post, falei da engenheira civil, uma profissão rara em mulheres, que orienta as obras da escola aqui da zona.
As obras avançam rumo ao final, a escola aumentou em largura e altura em parte do edifício, tratam, agora, do telhado, da pintura, do arranjo do terreno do recreio.
Ora, na segunda-feira, vi o que nunca vira. Uma mulher "trolha" que usava umas luvas de látex brancas, fazia par com um colega e, em cima do telhado, era vê-la cortar tijolo, ou seria outra coisa qualquer que punha em cima daquele para acertar medidas, ora pegava numas placas compridas que ambos encaixavam em todo o comprimento da beira do telhado.
Por vezes parava, pegava numa garrafa de água, matava a sede. A mulher não parava, parava ele para falar ao telemóvel.
Ontem, lá estavam os dois, noutra parte do telhado, na mesma azáfama em sintonia com o trabalho que tinham em mãos.
Gostei do que vi, jamais me passara pela cabeça ver uma operária civil em cima do telhado a trabalhar tão bem quanto um homem.
Isto só vem provar que hoje não há profissões distintas para homens e mulheres.