Layout - Gaffe
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Via Sacra pelos oito Calvários das ruas da cidade.
Na madrugada que mudamos para a hora de verão, adormeci, como sempre, no sofá.
Quando fui para a cama eram três horas, tinha somente seis horas para dormir, já que no domingo de Páscoa o compasso ( em Braga ainda há esta tradição, embora muitas pessoas desta rua não abram a porta à cruz) passa entre as nove e meia e as dez horas, não me lembro se sonhei ou se pensei quando acordei, o nojo que tenho de beijar o crucifixo depois de este passar por muitas bocas, que muitas destas nunca sentem a escova de dentes; da saliva que se acumula no canto da boca; ou do beijo molhado que fica na imagem crucificada de Jesus Cristo, e que a igreja não providencie um imaculado lenço para que o mordomo passe pelo corpo de Jesus e limpe as marcas dos beijos deixados.
Em tempos idos, vinha um padre, agora, na minha zona, é o sacristão e as senhoras que o acompanham no compasso. Neste "sonho" recordei o número de apartamentos que há neste prédio e quem poderia abrir a porta à cruz. Foi então que a madame do baton vermelho apareceu-me à frente dos meus olhos: "Quê?! Que nojo! Vou beijar o crucifixo com as marcas da gaja do baton vermelho? Nem pensar!"
De repente, lembrei-me que os elementos do compasso começam a visita às casas pelos andares superiores. "Que alívio!", pensei.
A cruz passou pouco depois das nove e meia, os elementos eram os mesmos do ano passado, lê-se a oração, o senhor benze a casa e deixei-me ficar à espera que fossem embora, até que a senhora que trazia o crucifixo me diz para beijar o Senhor.
Esquecera-me de O beijar. E, ao mesmo tempo, hesitei porque estava à espera de ver um lencinho branco que passasse pelo imagem. Como este gesto faço-o uma vez por ano, tentei esquecer os outros beijos e depositei o meu nas pernas do Senhor.
Nem sequer me lembrei do sonho que tivera, a dormir? acordada?, não fosse este post e os seus comentários:
o cabrito assado neste domingo de Páscoa, e que a minha família pontua.
Ora, sempre que assamos cabrito, eu asso uma parte cá em casa, a minha irmã, assa a outra parte em casa dela.
O meu forno é elétrico, o dela é a gás.
Costumo fazer o arroz com os miúdos do cabrito e os grelos.
O meu cunhado fez bacalhau à Zé do Pipo (estava delicioso).
O almoço foi em casa das minhas sobrinhas, juntou-se uma parte da família.
Uma das minhas sobrinhas fez um bolo delicioso, sem glúten, coberto com natas e decorado com flores brancas da ameixoeira que têm no pequeno quintal.
Comprei o bolinhol, que eles muito gostam e não pode faltar na mesa, e como faço questão de ter sempre uma salada de frutas, fi-la eu.
Como sempre, uma família minhota conversa muito à mesa, é divertida, falam alto.
O almoço estava delicioso.
Fez-se a avaliação de cada uma das partes do cabrito (eles dizem que o meu é mais saboroso que o da minha irmã).
Então os maridos decidiram dar 19/19 para o cabrito, ahahah!, e para o bacalhau à Zé do Pipo, 20.
Na nossa mesa não há cerimónias. As assadeiras com os assados vão para a mesa.
Comeu-se bem, bebeu-se moderadamente.
Antes de almoçarmos, ligamos para o Rio de Janeiro, via skype, falamos com mamã e o papá do meus sobrinhos netos (estão grandes, os meninos).
Depois do amoço, fomos para o terraço quintal conversar,enquanto eles fumavam.
Cortei flores brancas da ameixoeira e alecrim.
Depois fomos ver fotografias de infância das minhas sobrinhas.
Ao final da tarde, elas e eles regressaram a casa (Porto e Lisboa).
A Páscoa correu muito bem e o tempo, felizmente, portou-se lindamente.
(o bolo, sem glúten, e o bolinhol, ou pão-de-ló de Vizela)
e giras que facilmente podemos fazer para a decoração da mesa de Páscoa, ideias que encontrei num dos blogs de decoração que mais gosto na blogosfera, my scandinavian home.
Clica no link e encontrarás mais ideias.
Tenho uma empregada que vem de 15 em 15 dias, o trabalho dela é apenas aspirar, limpar os vidros, quando ela acha que deve limpar, lavar a casa de banho, limpar o chão da cozinha e das escadas do prédio.
Algum extra que precise, tenho de lhe pedir para fazer, como limpar os parapeitos da janelas da marquise.
O trabalho mais difícil sou eu que faço, por exemplo, limpar os azulejos da cozinha e da marquise, de cima a baixo.
Gosto muito dela, é uma senhora de confiança, é mais nova do que eu, tem problemas nos joelhos, já foi operada e continua a ter dificuldade em trabalhar, mas como precisa de trabalhar, tem os dias da semana todos ocupados e no final do dia ainda vai limpar escritórios.
Não tenho coragem para lhe pedir que faça este tipo de serviço, quem se lixa sou eu.
Amanhã é o dia de vir para cá, vou pôr-me na alheta (já decidi, vou à praia, aproveito e compro peixinho fresco) porque quando estou em casa, perde uns bons minutos na conversa enquanto eu lavo a loiça e/ou faço outra coisa.
Ontem à noite as cortinas da sala foram para a máquina, estão prontas a ocuparem o seu lugar, hoje lavei as do quarto, do escritório e da marquise, à mão. As cortinas não são pesadas, fiz uma sabonária, deixei-as a pingar e estão agora a secar lá fora.
Hoje tinha um café com uma amiga, que não podia ir, combinei com outra, não lhe dava jeito, o tempo estava bom, resolvi pôr mãos à obra e, com calma, limpei toda a cozinha e a marquise, os vidros dos armários da cozinha, os vidros das janelas, os azulejos e o chão.
Mas não pensem que são as limpezas da Páscoa, não! Eu faço estes serviços sempre que acho que é preciso fazer.
E depois fico cansada, pois claro.
Está um vento fortíssimo e fresco, mas a meteorologia prevê temperaturas de verão para a próxima semana.
Passaram os anos em que as férias da Páscoa, cá no norte, eram na praia e em biquini.
Nos últimos anos o tempo tem sido frio e de chuva.
A manterem-se as previsões, "Hello, praia! Hello, sol! Tu o responsável por 80 a 90% da vitamina D, me aguarda! Estarei aí pronta para te receber ".