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cantinho da casa

cantinho da casa

coisas deste dia que começou com sol

 

e desde o início da tarde que ficou carregado de nuvens e me deixa melancólica porque quero fazer tudo e não faço nada. 

O carro voltou à oficina. Tinham dito que numa hora o carro ficava pronto. São 17h15, o carro está lá desde as 15h. Aguardo telefonema para ir buscá-lo. São 30 minutos a pé.

Enquanto a chamada não vem, estive a fazer uma reclamação à EDP, que resolve e não resolve os problemas.

Desta vez, são as leituras do contador que comunico online. Acho que não as registam porque nas facturas vem sempre a estimativa, dou a leitura por telefone, já que não consigo dar online,  é a terceira vez que vou à loja reclamar, porque pago mais do que devia.

Pedi uma nova password de cliente EDP. Há anos que não entro na página, vim a descobrir que o meu perfil  é o de uma senhora idosa, vizinha, que tinha o contrato da luz do prédio em seu nome. Já alterei a facturação o contrato e na página está tudo igual, não me é permitido alterá-lo.

Tenho de ficar 24h em jejum. Amanhã vou fazer exames  ao sangue e uma prova de esforço.

Recebi uma chamada para jantar fora, e não me apetece nada ir (mas vou)

Andei pela net e encontrei as mules que detesto. Fazem-me lembrar, com o devido respeito, as vendedoras no mercado.

Com uma tira que viesse pelo calcanhar, ficariam  a meu gosto.

Por ordem de preferência:

vermelho, giras, a minha cor favorita

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gosto muito deste modelo ( falta a tira)

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nem com tiras as usava:

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 Para a praia, estas são uma delícia:

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Desta forma passa-se uma tarde cinzenta e aborrecida.

 

 

 

 

 

 

 

 

no meio da multidão...

Cinco mulheres de mochilas às costas, os banquitos que haviam comprado há 4 anos a acompanhá-las,  chegaram a Fátima ao início da tarde.

Contrariamente ao que esperavam, a entrada em Fátima foi calma. O trânsito sereno, muitas pessoas na rua e nas esplanadas dos cafés, gente bem disposta.

Depois de tomarem o ansioso café, dirigiram-se para o recinto do santuário. 

Mais de metade deste estava cheio, decidiram ficar cá em cima, a "dois passos" daquele tão falado terço, que só à noite mostraria o seu esplendor.

Pessoas bonitas, pessoas bem dispostas, de  todos os estratos sociais, todos iam ocupando um bocadito do espaço que, sem se ficar apertado, era o ideal para si.

Uma das amigas, que conhece meio mundo, ouve alguém de um grupo de senhoras e um senhor, todos entre os 70 e 80 anos, que acabava de chegar e assentar  as cadeiras e bancos, ali ao lado, comentar algo com uma das suas amigas.  Reconhecendo a voz de uma das senhoras, virou-se e,  abraços e beijos . " Olá, .... Não é possível...".

Uma amiga da mãe, uma vizinha de rua de outros tempos, que já não via há bastante tempo.

E ali se formou um belo grupo de pessoas de várias idades.

O Papa chegou, a oração do silêncio seguido pela multidão, a sua saída do recinto para descansar e preparar-se para a noite mais mágica de Fátima, muitas pessoas começaram a movimentar-se para jantar.

O grupo das cinco mulheres, com as mochilas no chão a fazerem de mesa, tira-se tudo o que se levara para as refeições: bola de carne, rissóis de camarão e carne, bolinhos de bacalhau, panados de frango, pão e maçãs.

Convidados para este repasto, o grupo mais velho agradeceu o convite, tinham outros planos. 
De repente, forma-se mesmo ali ao lado um corredor pelo qual as pessoas passavam junto ao grupo das cinco, que petiscavam.

Ouve-se uma voz que diz mais ou menos isto: " Olha muito bem que aqui se  comi".

As cinco riem-se, vêem as pessoas que pararam a observarem-nas: um casal acompanhado de um jovem (este andaria pelos 20s). 

"Sirva-se", diz uma delas ao mesmo tempo que levanta o tupperware.

Ele serve-se de um rissol. O filho não quis rissóis mas gostaria de provar "aquela coisa além", a bola de carne.

A esposa teria ficado envergonhada, não quis nada.

E o marido serviu-se de mais um ou dois rissóis, agradeceram e seguiram o seu caminho.

Mais alguém passou que achou piada e também se serviu.

Uns breves minutos passaram quando a amiga organizadora da visita a Fátima, de frente para o corredor, diz: " A esta temos de oferecer".

Todas voltaram-se para ver quem era a "esta". 

A blogger deste cantinho riu-se. As outras riram-se, também.

Junto a "esta" o marido  com o filho mais novo sentado sobre os seus ombros. Muito simpático, diga-se.

Uma delas pergunta: " São servidos?"

Resposta da "esta": " Muito obrigada. Vamos dar de comer ao menino, os outros não quiseram vir,  ficaram lá em baixo"

De casaco comprido cinza, respondeu-nos com muita simpatia, agradeceu o gesto. Ele agradeceu também. E não se serviram.

Quando o casal estava fora de alcance, eis que uma das amigas do grupo comenta: " Não suporto esta mulher..." E conta às outras o motivo de...

Logo a seguir, telefona ao marido a contar a cena....E o marido ainda lhe respondeu que ela há-de mudar...

O mundo é pequeno, e, no meio da multidão passou junto ao grupo a mui conhecida e popular ex-ministra da Agricultura e Mar, agora presidente do CDS-PP e candidata à Câmara de Lisboa, Drª Assunção Cristas.

 

 

 

pelo Porto

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O aniversário foi passear pelo Porto.

Fomos de comboio, chegamos a São Bento por volta do meio-dia.

Subimos os Clérigos, passamos os pasteis de bacalhau que, àquela hora, na esplanada, os estrangeiros já se deliciavam a comê-los . 

Adoro pasteis de bacalhau, tenho de (com) provar se estes dois sabores, queijo da serra com bacalhau, combinam.

Seguimos na direcção do jardim do Palácio de Cristal.

Este precisa de obras, está degradado, mas os jardins são agradáveis. Um espaço de lazer no centro da cidade, o Porto soube aproveitar o melhor da natureza para oferecer aos seus cidadãos. 

Era hora de almoçar. Metemos por umas ruas opostas à entrada dos jardins, a Sofia dizia que devíamos caminhar no sentido contrário, eu dizia que  aquelas ruas levar-nos-iam à Ribeira.

Estávamos perto do rio, sim, mas andamos cerca de 20 minutos até chegarmos ao cais da Ribeira.

Tínhamos fome eu não levantara dinheiro. Queria um restaurante com multibanco.

E chegamos ao TRAM,  o restaurante com pratos mediterrâncos, o lugar ideal para Sofia, que adora pizza.

Com uma esplanada agradável para almoçarmos fora, pedimos a ementa para vermos se nos agradava.

Decidimos ficar por aqui.

Pedimos uma pizza braseola e uma salada de tomate com azeitonas e queijo feta.

A pizza era grande, estava muito bem confeccionada. 

O atendimento não foi muito simpático. Mas quando a pizza veio para a mesa e o empregado percebeu que íamos partilhá-la, sugeriu cortá-la em duas partes e trazê-la em dois pratos.

A sobrema ficaria para mais tarde. Viara no Instagram da Mula um gelado que me pareceu delicioso, no Amorino, em Santa Catarina. Como é óbvio, mostrei a foto à Sofia que  respondeu logo que sim.

O pagamento é feito ao pequeno balcão que tem na entrada do restaurante, fez com que me esquecesse de deixar gorjeta.

Um ponto negativo deste restaurante muito bem frequentado por estrangeiros: as casas de banho ficam na cave, precisam de serviço manutenção frequente.

Fomos em direcção à Ponte D. Luís, queríamos atravessá-la, subiríamos de teleférico. Mas a Sofia não quis, tiramos uma fotografias, regressámos à Ribeira, subimos em direcção à Rua da Flores. 

O ambiente na Ribeira estava fantástico.

A polícia vigiava aquela zona, lembrei-me que o Porto jogava com a Juventus, para a Liga dos Campeões.

Esplanadas cheias, vinhos e comida nas mesas. Portuenses adeptos conviviam com os italianos da Juventus.

A Sofia queria ir à loja de animes, passamos na Batalha. Seguimos para a gelataria Amorino, na  Rua de Santa Catarina.

Eu não quis gelado. Tinha almoçado bem, não conseguia comer mais nada.

Ela comprou um gelado de vários sabores ( 4 euros?). Seguimos para São Bento.

No caminho,  parámos em duas  das suas lojas favoritas: de armas e de instrumentos musicais.

O dono da loja de armas estava fascinado com as perguntas que ela fazia sobre armas e o que fazer para aprender a manejar uma arma.

E ele dizia: " mas não tens 18 anos, a tua mãe não deixa",  e olhava para mim.

"Tenho 18 já vou a caminho dos 19" - respondeu.

Perante o interesse dela para aprender a manejar uma arma, deu-lhe dicas para se inscrever num clube de tiro.

Regressámos a casa. À noite fomos jantar.

Fomos ao Tasco Dom Ferreira. Uma comida caseira, um ambiente agradável.

As entradas eram variadas e saborosas, sobretudo as pataniscas e a bola de carne.

Pedi que nos desse uma sugestão sobre as quantidades a virem para a mesa.

Trouxe três meias doses: de bacahau à Braga, arroz de pato e arroz de vitela.

Veio para a mesa uma posta grande de bacalhau com batastas. Partilharam-no.

O arroz malandro de vitela com ervilhas de quebrar estava delicioso. O de pato não ficava atrás.

Comemos bem.

Sobrou arroz de pato e vitela.

E a Sofia, com a mãe envergonhada pela pergunta que fez ao dono do restaurante, se podia levar o que sobrara para casa, e ele respondeu que sim, foi o mote para uma conversa sobre hábitos que aqui na família não tinhamos, mas os filhos educaram-na: guardar a comida que sobra.

A minha mãe não guardava as sobras de arroz malandro e massa.  Dava à empregada ou ficavam para alimento dos porcos que na altura criávamos no terreno que ficava junto à empresa do meu pai. 

Depois de casar, a minha irmã fazia o mesmo em casa. Até ao momento que os filhos cresceram e passaram a dizer à mãe: " Vais deitar o arroz ao lixo? Nem penses!  Guarda-o que eu como."

E foi, também, com eles, os meus sobrinhos, que aprendi a guardar o arroz ( à excepção do arroz de sangue do frango) e a massa que sobram. E sabe-me bem, oh, se sabem!

Cantamos os parabéns, sem bolo, e regressamos a casa.

Dia de trabalho, não se nos pôs a hipótese de bebermos um copo num qualquer bar da cidade.

 

 

 

foram muitos anos

que jantávamos as cinco, pelo menos de dois em dois meses.

Do nada, e sem saber como, deixámos de nos encontrar.

Trabalho, filhos, tudo leva ao afastamento.

Duas "desapareceram", não sei como estão, nem por onde andam.

Há dias, encontrei uma delas. Pedi um jantar.

E aconteceu.

 

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Duas amigas super divertidas, o jantar no Bira dos Namorados

Divinal, a sangria de frutos vermelhos.

 

 

 

 

 

a gastronomia minhota

é boa demais e em Ponte de Lima, tem um sabor especial.

A reserva, no restaurante Cunha, em Gandra,  foi feita por uma amiga (que conhece o serviço), éramos 15 pessoas das quais cinco eram homens.

Há muitos anos que não comia arroz de sarrabulho, ontem, foi o dia. Quando recebi o convite, comentei com a minha amiga "Arroz de sarrabulho à noite, ai, que me vai dar a trombose!"

Mas palavra dada, palavra cumprida! 

Comi que nem um abade (exagero). 

Adoro entradas e se estiverem como gosto, a minha refeição ficava por aqui... "e das sobremesas", diz a minha companheira que estava ao meu lado direito.

Então, vinguei-me nas entradas: chouriço caseiro na brasa, polvo à galega, chouriço crioulo e pimentos padrão. Seguiram-se ameijoas, servidas pelo empregado, estavam deliciosas. E molhar a broa naquele molho, ai!

O arroz de sarrabulho vinha acompanhado de rojões de porco, castanhas, batatas, sangue, farinhato, tripa, que adoro, e fígado (detesto).

Vinhos, branco e tinto, da região.

A sobremesa seria o pijama à moda da casa: gelado, abacaxi, morangos, bolacha (esta não está ali a fazer nada) , cobertos com xarope de chocolate e de morango.

Comi que nem um abade, estava enfartada. Depois do café, veio para a mesa um delicioso digestivo, super forte,  mas estava a precisar. Bebe, não bebe... bebi. E caiu tão bem! Não fosse este, acho que teria de tomar um chá de cidreira antes de dormir.

A companhia foi cinco estelas: conversa, risos, histórias, recordações.

E vem o próximo.

 

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