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cantinho da casa

cantinho da casa

Dúvidas

Hoje fui substituir um colega que faltou. Metade dos alunos da turma foram meus alunos no 5º e 6º anos.

Eram muito interessados, mas muito faladores, mimados, provocadores entre si.

Mas gostava muito deles. Deixaram-me alguma saudade.

Sempre simpáticos quando por mim passam no recreio, contrariamente a muitos alunos que, passando para o 3º ciclo, nem bom dia dão ao professor.

Gosto de falar com eles, saber como estão a correr os estudos, rio-me, sou afável, dou um sorriso.

Então hoje, os alunos, que sempre tiveram o vício da bola, queriam que a aula de substituição fosse no recreio.

Mas o tempo não permitia e como tenho regras a cumprir e não as infrinjo, respondi-lhes que não era possível.

Uma barulheira. Alunos que não me conheciam, pensavam que iriam "gozar" comigo. Queriam fazer jogos, queriam barulho, o que é costume nestas idades.

O ano passado estive várias vezes com eles na sala de informática correu sempre bem, mas hoje, a sala estava ocupada, fiquei na sala onde tinham aula.

Liguei o computador,mas a internet estava desligada.

Então, decidi pedir o livro a um dos alunos.

"Não trouxemos", respondeu ele, e pelos outros.

E na verdade, só um aluno, o meu Lucas, um aluno muito educado, simples e meigo trouxera-o.

Abri o livro e copiei um dos exercícios no quadro.

Fiz um esquema simples do que eles têm estado a aprender e passei à prática.

Obriguei-os a passar para o caderno. «Não temos», comentaram alguns.

«Arranjem uma folha», disse eu.

E no meio do trabalho, as risadas eram frequentes, quer da parte das raparigas quer dos rapazes.

Então, duas das minhas alunas, que eram umas faladoras, e que parece não mudaram, estavam no cochicho, até que eu comentei:«As meninas tal e tal, continuam na mesma. Parece que estão na igreja . É mesmo de mulheres!"

Oh, o que fui dizer! Os rapazes batem palmas, desatam a rir e dizem «boa setora, é mesmo isso. Elas não param de falar. Parecem beatas na igreja, sim»

Só que este foi o pretexto para que a brincadeira passasse o limite.
Uma das alunas resmungava. A risada geral fez com que eu não percebesse o que se passara. E perguntei-lhe. Esta jovem sempre fora muito querida comigo.

E ao que parece, as duas cochichavam sobre esta e estão zangadas.

Tive de me impor, de manter a calma.

As hormonas estão ao rubro, as raparigas estão mais desenvolvidas, os rapazes só querem bola. Contudo, fiquei triste porque os bons alunos que eram, estão agora mais "relaxados".

Estar dentro de uma sala de aula é um suplício para os alunos.
E a propósito de hormonas, há alguns anos atrás, os namoricos abundavam na escola.

Os pares beijavam-se languidamente nos recreios, ignorando os colegas mais jovens e os professores que passavam para a sala de aula.

Passou essa fase. Abundava a brincadeira nos recreio.

Este ano, voltou.  Tem sido demais.

Jovens na casa dos 12/13 anos, uns aqui, outros acolá, ingorando quem passa, inclusive os professores de educação física que estão em aula e/ou actividade no exterior, beijam-se, abraçam-se de tal jeito que nós, os mais velhos, ficamos perturbados.

E hoje, quando entrava no portão da escola, alguns pais esperavam a saída dos filhos, um par beijava-se loucamente, junto ao portão.

Comentei com a minha colega o que tenho reparado durante os intervalos.

No final do dia diz-me: «tens razão com o que disseste hoje à hora do almoço.Há pouco, ia com a M para a aula e diz ela; " olha, mais um". Passámos  junto a um par, viram-nos e continuaram a beijar-se como se nada fosse. Isto para os mais pequenos não é bom.»

E, já no carro, acrescentou:«penso que estas crianças vêem aquele programa que dá na TVI e como os pais também vêem e devem achar normal o A deitar-se na cama com a B, logo, não podem ter argumentos para chamar à atenção os filhos.» E contou-me uma história complicada de uma ex-aluna.

Não sou contra as manifestações de carinho, de gostar, mas penso que, onde há crianças, deve haver mais respeito.

Fossem eles meus alunos. Chamá-los-ia à atenção , como chamei há dias a um deles, quandro entrei no pavilhão para a minha última aula do dia.

Ao mesmo tempo que me dirigia para a sala, sem parar disse:«meninos estão dentro da escola, não acham que estão a exagerar? Há aqui crianças»

Não posso deixar passar estes atos adolescentes num lugar onde as regras e o respeito devem ser transmitidos e partilhados.

Entendo-os, ou tento endendê-los, porque já fui adolescente. Mas não provocava ninguém.

Estamos numa escola.

Será que estou desatualizada ou sou discreta  nestas manifestações de amor?!

Dúvidas...

 

 

 

 

 

 

737 - FaceBook

 

Na minha página do FB tinha este selo de um "face" de nome Nuno com quem partilho comentários.

E, porque hoje, no regresso à escola, dei muitos beijos, achei interessante "roubar" a imagem e colocá-la aqui neste cantinho.

O beijo (na boca) pode ser um beijo roubado, de amor, de amizade, de filho, de pai, de mãe.

O beijo é o acto mais ternurento que uma pessoa pode dar,receber, partilhar,trocar e roubar.

Eu gosto do beijo.

E para quem aqui vier, roube este selo, e partilhe-o com quem mais gostar.

Eu já o  fiz convosco.

 

 

 

 

 

 

 

 

701 - O calor... de um beijo


O Nó no Lençol :



Numa reunião de pais numa escola da periferia, a professora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos e pedia-lhes que se fizessem presentes o máximo de tempo possível...

Considerava que, embora a maioria dos pais e mães trabalhasse fora, deveria arranjar tempo para se dedicar às  crianças. 

Mas a professora ficou muito surpreendida quando um pai se levantou e  explicou humildemente, que não tinha tempo de falar com o  filho, nem de vê-lo, durante a semana, porque quando ele saía para trabalhar  era muito cedo e o filho ainda estava a dormir. Quando voltava do  trabalho  já era muito tarde e o filho já não estava acordado.

Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família, mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo  para o filho e que tentava compensá-lo indo beijá-lo todas as noites quando  chegava em casa.

E para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando  ia  beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o  pai  tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.

A professora emocionou-se com aquela  história e ficou surpreendida quando  constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.

O facto faz-nos reflectir sobre as muitas maneiras de as pessoas se fazerem  presentes, de comunicarem com os outros.

Aquele pai encontrou a sua, que era simples mas eficiente. E o mais  importante é que o filho percebia, através do nó, o que o pai  estava a dizer. 

Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais do que presentes ou a presença indiferente de outros pais.

É por essa razão que um beijo cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro...

É importante que nos preocupemos com os outros, mas é também importante que os outros o saibam e que o sintam.

 


As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem  reconhecer um gesto de amor.

Mesmo que esse gesto seja apenas um nó num lençol... 

 

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Delicioso este e-mail que recebi.

Só nós dois é que sabemos...

 

 

 

 

E há pouco sentei-me tranquilamente  a ver o "Conta-me como foi".

Cada episódio que passa faz-me lembrar a minha infância e adolescência.

Hoje ficou-me no ouvido o momento em que o António encontra a namorada do filho e pede-lhe que o deixe em paz.

Mas até aqui tudo bem. Naquele tempo um jovem namorar uma mulher mais velha era de todo impossível e feio.

A música é que me despertou lembranças, não só da minha mãe( nunca se esquece a mãe)que a cantava, mas por que detestava o Tony de Matos. A voz nunca me atraíu.

A canção dizia-me alguma coisa, mas jovem que eu era queria lá saber da letra? Mas cantava-a em tom de gozo.

Hoje escutei-a com atenção e, contrariamente àquilo que pensava, concluí que, de facto "esquece o que vai na rua ...o mundo não nos importa...o nosso mundo começa cá dentro da nossa porta".

Agora entendo a canção...

 

 

Só nós dois é que sabemos
Quanto nos queremos bem
Só nós dois é que sabemos
Só nós dois e mais ninguém
Só nós dois avaliamos
Este amor forte e profundo
Quando o amor acontece
Não pede licença ao mundo

Anda, abraça-me... beija-me
Encosta o teu peito ao meu
Esquece que vais na rua
Vem ser minha e eu serei teu
Que falem não nos interessa
O mundo não nos importa
O nosso mundo começa
Cá dentro da nossa porta

Só nós dois é compreendemos
O calor dos nossos beijos
Só nós dois é que sofremos
A tortura dos desejos
Vamos viver o presente
Tal qual a vida nos dá
O que reserva o futuro
Só deus sabe o que será


Anda, abraça-me... beija-me

 

 

 

 

Simplicidade

Recebi um e-mail cujo conteúdo é uma biblioteca com livros devidamente arrumados nas estantes.

Cada um dos livros tem uma mensagem.

Com o rato, clicámos na lombada. O livro abre-se.

Li quase todas. Decidi transcrever uma delas.

(Sublinho as palavras mais ternurentas.)

 

"Simplicidade´"

A vida é feita de coisas  muito simples... Cada um tem um jeito de se expressar .
Muitos não sabem  dizer "eu amo-te", e acabam por deixar passar o momento,

deixando escapar a chance de "ser " e "fazer" alguém feliz.

Para viver feliz é preciso muito pouco... Um olhar carinhoso... Um beijo demorado...Uma brincadeira sadia... 

Basta a presença de alguém para que tudo o mais seja só felicidade...
Viva a cada instante com amor e dignidade, e no futuro conte aos seus filhos e netos o segredo para se viver feliz.

Ser amigo é tudo o que importa.

 

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