Conta-me como foi
Enquanto teclo aqui no blog, vejo e escuto a série da RTP, "conta-me como foi".
Gerações que progridem. Contrariedades dos pais. Educação e regras impostas.
3ª idade que reclama e não aceita a evolução dos jovens. A célebre frase que minha mãe fartou-se de dizer " De mil viverás, de dois mil não passarás"
Aumentos dos salários da função pública, semanadas que se pede aos pais, imposição dos quereres e desejos, tudo se passa aqui.
Os vizinhos que espreitam e comentam a chegada da jovem a casa com um homem mais velho.
A discussão do casal. A incompreensão do marido que descarrega na esposa a revolta da vida, agarrando-se aos actos da filha.
A esposa, mais compreensiva, por que é mulher.(Os filhos saem-lhe do ventre, ela cria-os, dá-lhes carinho, amor. Mais sensível. Ela assume todos os papeis).
O trabalho da mulher que começa a ser tão importante como o do homem.
Os piropos que eles mandam às outras mulheres, causa de ciúme das esposas.
As pazes que eram feitas de imediato.
Quão de verdade e real vejo a minha vida e da minha família, neste episódio.
Grandes sacríficios que se faziam. Mas a luta era justa e compensada.
Não sou saudosistas, mas por vezes sinto que esses tempos eram bons.
Faz-me lembrar a minha mãe.
As músicas (fazem cair umas lágrimas dos meus olhos), as roupas, o ambiente familar.