Domingo de outono,
um dia de sol, mas frio.
Roupa lavada e seca, armário com pintura a meio, hobby adiado (caminhada) e aqui estou eu com vontade de sair de casa para um lugar aprazível, descansar a mente e descontrair desta dorzita no ouvido que não me deixa em paz.
Toma-se a medicação ( quarta visita ao médico, quarta medicação diferente), o estômago ressente-se.
Amanhã mais uma visita a este lugar (parece-me que , finalmente, vai ficar resolvido, segundo telefonema da jurista).
Tantos aborrecimentos, tanta preocupação, tanta burocracia, tanta coisa que podia ser simples de resolver. Mas não é.
Tenho consciência, à medida que envelheço, que a efemeridade da vida é tão rápida que me pergunto se vale a pena o esforço que faço e aquilo que prescindo para viver mais em paz.
Dou por mim a pensar que a vida é mais fácil para os chicos espertos. Os outros que paguem a moeda.