Sinto-me...
cansada, sem vontade de fazer nada.
Estou farta de aturar má educação.
Oxalá, hoje, o euromilhões me premeie com um prémiozito, só para mandar tudo para o caraças, pedir a reforma antecipada e gozar o que a vida ainda tem para me oferecer.
Iria ao Brasil ver nascer o meu futuro sobrinho neto, deixava-me estar por lá algum tempo e dava o meu lugar a um jovem.
Sonhos...
Na verdade, nunca acreditei na sorte. Também não sou uma mulher infeliz. Alcancei muito daquilo por que lutei.
Gostaria que descongelassem a carreira, o vencimento, que não tirassem (e já o fizeram) os subsídios, que davam jeito para o equilíbrio das finanças cá de casa.
Mas não me queixo. São desabafos.
Tenho emprego, saúde, uma família unida e amigos.