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cantinho da casa

cantinho da casa

Maio(as)

Ontem, quando regressava a casa, no percurso de 15 km que faço diariamente, trazia duas colegas que se lembraram que era o dia de colher as maias .

Diz a lenda que colhendo essas flores amarelas na véspara do 1º de maio, pendurando-as numa janela e/ou varanda, significa que nesse ano não vai faltar o pão em casa; outra lenda diz que afasta o mal (cada região tem a sua história).

Parámos o carro. Uma delas deixou-se estar, a outra subiu um montinho onde se via um farto ramo destas flores, o suficiente para as duas pormos em casa(a outra colega não dá importência a estas lendas).

Mas as flores eram poucas. Do outro lado da estrada abundavam.  Não podíamos passar para essa faixa. E mesmo que pudéssemos, as flores estavam num local alto, uma curva acentuada da estrada não permitia que estacionássemos por ali.

Havia ainda metade do percurso a fazer, com certeza que conseguiríamos parar noutro lugar mais seguro.

E assim foi. Uns quilómetros mais à frente, numa pequena estrada que vai ter a um Motel (ahahahaha!). E à entrada dessa estrada, estavam lá as flores.

Parámos, saímos (desta vez as três meninas) e fomos colher as maias.

Rimo-nos com a situação. Os camiões passavam e eu brincava com a situação: "ai as meninas a colherem flores. ai o motel aqui no nosso campo visual. para onde vamos nós?..."

Entrámos no carro e, como não podia recuar e entrar na estrada nacional, tive de seguir o caminho que passa juntinho ao motel.

Foi a primeira vez que lá passámos. Quem viaja pela estrada nacional, vê o outro lado do edifício.

Isolado, num caminho alcatroado, lá estava  a pequena construção que serve de descanso e de prazer a quem lá vai (a ideia que tenho de motel não é somente de as pessoas partilharem prazeres, mas de descanso para os viajantes).

E as maias aqui estão na minha varanda, onde o pão não vai vai faltar, com certeza aqui em casa, e o mal ficará sempre lá fora, lol.

Para celebrar este 1º de maio, com as minhas maias de maio,  deixo uma canção de maio do nosso brilhante Zeca Afonso.

 

 

 

 

 

 

 

as minhas maias

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