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cantinho da casa

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Guimarães e Braga

Sou Bracarense , mas acima de tudo sou Minhota e Portuguesa, logo não faço distinção entre as pessoas das cidades a, b ou c.

O pouco que conheço de Portugal, especialmente o interior, mas estando sempre atenta a roteiros e ao que vejo na blogosfera, e não só, Portugal tem tudo o que é possível um país ter. Somos um todo e devemos defender a nossa terra, receber com simpatia todos os que nos visitam e trabalham  para a economia da cidade, da região, do país.

Rivalidades não devem fazer parte da cultura (se há no futebol, que se entendam).

Portugal é rico em cultura, artesanato, folclore, música, escritores, poetas, e, recentemente, génios que, por algum despreso dos nossos governantes, foram dar o que de melhor têm para o estrangeiro.

E ontem fui a Guimarães. Uma cidade aqui tão perto, que não visitava há alguns anos, assim como Barcelos e outras do norte onde passo ao lado, (esta coisa das auto estradas que nos levam diretamente onde queremos, fazem com que os destinos sejam outros)e, como ia dizendo, fui à abertura de Guimarães Capital Europeia  da Cultura.

Muita polícia nas rotundas, na estrada, no acesso ao pavilhão Multiusos.

Cedo chegámos para podermos estacionar dentro do parque,  mas ainda estava interdito ao público, apenas aberto à imprensa. Jovens muito simpáticos disseram-nos: "dentro de 10 minutos". E lá fomos tomar café e fazer os 10 minutos, que foram 20 e regressámos quando a fila estava a começar a formar-se ...

Quando chegamos o jovem (re)conheceu-nos, sorriu  e disse:"podem entrar".

O pavilhão estava repleto de pessoas. Ficamos na bancada onde víamos tudo (finalmente, não teria ninguém mais alto à minha frente que me impedisse de ver o espetáculo).

Esperamos que as individualidades chegassem, e eis que aparecem todos (já se sabe quem, pois a RTP fez a corbertura do evento).

E começou a cerimónia com o Hino Nacional, brilhantemente tocado pela orquestra dirigida pelo conhecido jovem Rui Massena e  toda ela composta por jovens músicos, 30 portugueses e alguns de várias nacionalidades.

A serenidade com que TODOS os presentes cantaram o hino foi emocionante (pelo menos para mim, que sempre que o escuto, as lágrimas vêm aos olhos).

Quase sempre ouvimo-lo aos berros mas aqui, não. Comentei com a minha amiga: "reparaste como o hino foi cantado? Adorei!"

Depois seguiram-se os discursos habituais nestas cerimónias.

"Os afetos"  foi o tema de abertura do espetáculo: música, dança , vídeos, grupos de bombos, uma fusão de coreografias, bem conseguida e executada por jovens e com a presença dos portugueses Rão Kiao e Cristina Branco e de um cantor Brasileiro, Chico César. Achei simpática a presença do Brasil em Portugal que, na minha modesta opinião,  vem mostrar que podemos unir culturas e reforçar um dos laços que nos une: a língua.

O final da festa levou os atores e cantores ao palco, ao som do Grupo de Caixa Nicolinas e Bombos Nicolinos que estrondosamente, como eu gosto nestes finais de festas, tocavam a sua música e eram acompanhados, no seu ritmo, pelas palmas do público presente, ao mesmo tempo que o movimento de grandes bolas de várias cores espalharam-se pela audiência e no palco, deram por encerrado o espetáculo, no pavilhão.

À noite, no largo do Toural, a festa continuou com o espetáculo de La fura dels Baus, que vi no écran gigante, pois Guimarães estava ao rubro de pessoas de muitos cantos destes país, tenho a certeza e, no final, na Oliveira, os DJs davam continuação à festa, pela noite dentro.

Braga é Capital Europeia da Juventude, Guimarães é Capital Europeia da Cultura. Duas cidades jovens, da província, que vão apostar nas suas capacidades, nos seus talentos e, quem sabe, serem reconhecidas no mundo inteiro como as Capitais Europeias...2012.

E algumas das fotos que foi possível tirar:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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