uma foto# 43

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A AGERE,empresa de recolha de resíduos da cidade, desenvolveu um projecto no sentido de mitigar o desperdício através da recolha seletiva de biorresíduos
Este projecto é destinada à população em geral e aos grandes produtores do concelho.
Para isso, distribuiu pela população pequenos baldes castanhos e sacos verdes para acondicionamento dos biorresíduos que serão colocados no contentor de resíduos indiferenciados.
Depois de acondicionados os restos de comida, no saco verde, e depois de cheio, este deve ser bem fechado com um duplo nó, evitando que o saco se abra.
Mais tarde, nas instalações da Braval serão triados e transformados em composto orgânico e energia.
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No primeiro fim de semana de Setembro, que estive fora, os funcionários andaram a entregar pela freguesia os recipientes e os sacos.
Quando cheguei, o meu vizinho do 3º andar entregou-me o que me era destinado.

Quase dois meses a separar tudo o que é biodegradável, dou os parabéns à AGERE pelo projecto em prol do ambiente..
Dei conta que gasto menos sacos com o lixo indiferenciado que está agora mais leve, também.
Os sacos verdes são reciclados.
"Agora, sim!
Nada se perde."

"Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transfoma".
Antoine-Laurent de Lavoisier
são as cores, e serenos o rio e o mar, nestes dias de sol de outono.



amigas de coração
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Tinha uma mensagem whatsapp da minha amiga Lia.
A Lia não dava notícias desde Abril passado.
Em seis anos, a Lia passou por três cancros.
Teve melhoras nos dois.
E estava feliz porque , dizia, " estou liberada".
Há cerca de um ano, voltou de novo à sala de operacões e a tratamentos.
Ia publicando fotografias no Instagram.
Com o apoio da filha, a recuperação estava a correr bem. Dizia-me que ia vencer mais este.
E lutou com muita determinação.
Em Fevereiro foi para casa, recompunha-se da vida, estava feliz por voltar ao seu cantinho.
Umas semanas depois, o desânimo voltou.
Um maldito tumor na cabeça.
Deu-me notícias:
" Ainda vou estar consigo em Portugal. Vou vencer", escreveu ela um dia.
A partir de Abril deixei de ter notícias.
Mas ela "aparecia" no whatsapp.
Não escrevia nada.
O tempo passava.
Eu ia espreitando.
A última vez que esteve online ( ou seria o filho?, ou a filha?) foi em Setembro.
Enviava-lhe um
e
.
Sábado, viajava na A1, com a minha famíla.
Peguei no telemóvel.
Tinha uma mensagem:
"É a filha da Lia/Emília.
Gostaria de avisar que a minha mãe está em estado de terminalidade"
(...)
Respondi à mensagem
Desde esse dia não soube mais nada.

A Lia está em paz. ![]()
Em três meses fiquei sem duas grandes amigas
Dentro do carro,o meu irmão ao volante, eu ao lado, atrás a sobrinha e o filhote.
Íamos buscar a minha irmã a casa.
Viajávamos para Cascais.
Ele meteu por umas ruas que pensava chegar mais rápido a casa dela.
A meio do caminho eu disse que fez mal porque é dia de mercado, o movimento é muito grande.
Ficou logo chateado.
Não se lembrou.
Até poderia correr bem, mas tivemos o azar de encontrar, com pouca distância entre si, à mesma hora e local, o mercado municipal, três comitivas andavam em propaganda das autárquicas.
Numa delas, o carro, com os ruidosos alti-falantes, atrasava o nosso destino.
Até que vejo bolas brancas.
Disse para o pequeno: "Vi, estas bolas são brancas! Vais ter uma!"
O meu irmão, que não queria nada com a comitiva do partido que passava naquele momento junto ao carro, disse que não.
Respondi que era apenas um bola para o miúdo, que pouco interessava quem a dava.
Que já tinha duas do PSD, que lhe tinham dado, em dias diferentes, quando estava no parque a brincar.
Pedi à minha sobrinha que baixasse o vidro da janela e que pedisse a bola para o filho.
Ela chamava pelo senhor que tinha o saco com as bolas, até que à terceira vez, ele ouviu e deu.
Um dos colegas perguntou se não queria uma esferográfica, também.
E deu-lhe duas.
O meu irmão continuava a resmungar, até que eu disse " As campanhas são interessantes para as crianças. Afinal, são elas que ganham os brindes" .
Atrás, ao lado da mãe, o Vi estava super contente por ter mais uma bola.
