uma foto #17
50 Anos, 50 Cravos, e uma Porta na Avenida da Liberdade
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50 Anos, 50 Cravos, e uma Porta na Avenida da Liberdade
Restaurante Cacos e Pratos, Peso da Régua
Ontem, na abertura das Comemorações do Dia da Liberdade.
Fui ao mercado municipal comprar flores, desta vez cravos vermelhos e vivazes, para as campas dos meus familiares.
Não sou fã de cravos, embora a cor vermelha seja a minha favorita, resolvi que para celebrar a Liberdade que os meus pais defendiam, e porque o meu irmão mais velho foi combatente em Guiné, decidi ir hoje pôr as flores.
Fui surpreendida por uma amiga que viu-me passar( eu não a vi), e foi ter comigo, estava eu a limpar a campa dos meus pais e da minha irmã.
Estivemos à conversa, um pouco.
Depois de nos despedimos, continuei a minha tarefa.
Ora, o Regimento de Cavalaria n° 6, fica a poucos metros do cemitério.
Ouvia-se o som dos tiros constantes, e bastantes.
Há tempos que não os ouvia.
Estive no cemitério muito tempo, o som não se calava.
Imagino como será quem vive debaixo de fogo constante.
Os militares estarão a treinar para alguma celebração do dia 25 , o dia em que o cravo vermelho foi , e é, o símbolo da nossa Liberdade.
50 anos de 25 de Abril também comemoro com cravos vermelhos, os meus familiares defuntos.
E em casa também.
E do ambiente, e do ecossistema, e de tudo o que a natureza nos dá.
Sábado, no pinhal de Ofir, uma borboleta pousou nas flores junto ao muro de uma casa.
Não está perfeita, a fotografia.
Tinha o telemóvel no saco, e antes que ela fugisse, consegui pegar nele e fotografá-la.
Aqui, andava a sobrinha a apanhar pinhas para o próximo outono-inverno, descobriu um pinheiro com o fruto.
Deu-me a única pinha que tinha o fruto dentro.
E ainda apanhamos pinhões caídos no chão.
Lá em cima, o pinheiro tinha mais pinhas.
Há muitos anos que não tinha na minha mão uma pinha com os pinhões.
e mar.
Bom fim -de-semana
É obrigatório, onde quer que vamos fazer alguma compra, almoçar, jantar, cortar o cabelo, um pequeno ou grande serviço que alguém faça em nossa casa, que a factura seja com IVA.
Escrevi algures num post, que nem sempre me lembro de pedir factura, e se uns perguntam se a quero, grande parte não faz a pergunta.
Ontem, fui à CP comprar bilhetes de comboio.
Vou no fim de semana do feriado de 25 de Abril dar um passeio.
Não comprei os bilhetes online porque tinha algumas dúvidas e preferi fazer a compra pessoalmente.
E ainda bem, porque, sendo feriado, uma das horas de saída do comboio de um dos lugares, que está no horário, não há nestes dias.
Disse ao funcionário que no horário em PDF não há qualquer referência aos feriados.
Esclarecido o assunto, e depois de conferidas as horas e dias de saída dos lugares que vamos, paguei.
De repente, disse que queria factura.
O funcionário respondeu que não podia dar porque já tinha pago.
Nem sequer pôs a hipótese de anular e dar uma com o NIF.
Pelo contrário, o comentário que fez deixou-me com cara de parva.
Com o à vontade de quem está habituado a fazer dos clientes, que também habituam mal estes senhores, sobretudo os que viajam diariamente, disse:
" Pedir factura na vale para nada. Isso não interessa".
"Como?!, perguntei.
" A factura não vale nada, não serve para nada."
E eu, que até sou educada, fui uma parva e respondi: "Não há problema, não pode dar uma nova, deixe lá ".
Agradeci, e saí da estação.
Hoje, fui ao ginásio, já estava na hora do almoço, decidi trazer do bar alguma coisa para comer.
Pergunta o funcionário: " factura?"
"Sim", respondi.
Agradeci lembrar-me porque não me passou pela cabeça pedi-la.
É por tudo isto que a pergunta de quem nos presta um serviço devia ser "NIF, por favor".
Se o cliente não quisesse dar, aí o problema era dele.
Ainda está incutido em muitas mentes que as Finanças/Estado não precisam de saber onde e em que gastamos o nosso dinheiro.
Comprei uma carteira que me custou 90€ e trouxe a factura com IVA.
Se eu pago impostos, e se peço factura, estou a contribuir para a economia, certo?
E também porque colhemos algum fruto dessa economia: a dedução à coleta.