Quaresma # 3
Igreja da Misericórdia
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Igreja da Misericórdia
O meu estilo é simples, quer seja na escrita, que escrevo coisas do meu dia-a-dia, ou nos contos dos desafios desta blogosfera do Sapo, muitas vezes sem qualquer inspiração, são o mais simples que sei escrever.
Na leitura, gosto de romance. Quando decidi participar no desafio de leitura, que vai entrar na V edição, tenho lido de tudo um pouco, maioritariamente histórias da passadas durante a II Grande Guerra, e sobre livros.
Este mês, o que chegou às minhas mãos, trata de livros: "Firmin".
O estilo da minha casa é, "menos é mais", mas sinto que tenho de destralhar mais, sobretudo na cozinha.
No vestuário, também, embora, neste caso, nunca sei o que vestir, e olho o roupeiro e vejo que há peças que visto mais nuns anos que noutros, e a tendência é para puxar os jeans da cruzeta, de uma camisola, ou camisa, para vestir.
E é isto.
semana 10 do desafio da abelha
Lera que ia aumentar oito cêntimos, alguém me disse que seriam doze a partir da próxima segunda-feira.
Eu preciso do carro para levar o sobrinho neto ao colégio e para outas situações muito importantes que não quero contar, e para ir ao ginásio.
Sempre que posso, o carro fica na garagem, faço tudo a pé.
Com estes aumentos, numa semana meti 70 euros ( o que gastava nummês quando o preço rondava 1,30) e o depósito não encheu, pois claro.
Recebi alguns autovouchers, que só dava fé deles quando entrava no netbanco.
Com esta notícia, o governo espera ajudar um pouco mais os portugueses durante março, o último mês que oferecia o valor de 5 euros e que passa para 20.
Há uns quantos anos atrás, muitas vezes disse que se pudesse o carro ficava na garagem, mas precisava dele para me deslocar para o trabalho, fora da cidade.
Com certeza que os passes e bilhetes dos transportes também vão aumentar, mas acho que vou passar a ir ao ginásio de autocarro, que são cerca de 10 minutos, ou a pé, que me leva 30 minutos.
Agora, e sempre que o tempo ajudar, acho que vou pôr em prática o que dizia há anos.
Há mais de um ano que tinha uma garrafa de vinho maduro, que não foi preciso abrir, e porque não precisei, porque os dois Natais de 2019 e 2020 não foram festejados cá em casa.
Os sobrinhos são os homens e mulheres dos vinhos, eu não sei comprar, pelo que compro uma ou duas porque me apetece.
Então, no meu dia de aniversário, trouxe comida de um restaurante típico, em Caldas das Taipas, para almoçarmos juntas: eu, a minha irmã, e a minha sobrinha.
Lembrei-me da garrafa, perguntei se queriam vinho, e abri-a.
Bebemos pouco, foi mais para brindar e a companhar a refeição, uma vez que havia trabalho.
Mais de meia garrafa ficou, um destes dias precisava de temperar uma carne, lembrei-me do vinho e usei-o.
Mas ainda ficou bastante.
Então, para não se estragar, ao almoço, tenho bebido menos de um quarto do copo.
Ontem, estava a preparar o prato, foi todo pelo ar, espalhou-se pela mesa e chão, porque bati com a mão no copo, consegui agarrá-lo para não ficar estilhaçado, não caiu ao chão.
Hoje, fiz bacalhau com batatas, que foi ao forno com molho béchamel.
Gastei o resto do vinho da garrafa, encheu pouco mais de um quarto do copo, o normal que bebo quando almoço e/ou janto fora de casa ( habitualmente, é panachê).
Soube-me bem. Sei o que digo e o que escrevo, neste momento, e são tão raras as vezes que bebo que ... fico tonta.
Se a garrafa ficou mais de um ano na despensa, acho que as próximas a comprar serão para o Natal de 2022, se tudo estiver bem por este mundo cruel.
Tudo isto para dizer que em toda a minha vida nunca bebi de mais, seja em festas, almoços ou jantares, e que nunca me embebedei.
E também nunca me arrepedi de apanhar uma bebedeira. Às vezes, gozavam comigo por isso.
As cenas que vi com amigas e amigos, dispenso.
A garrafa acabou.
Agora, passo a beber água ou chá.
o pierrot
Ela até podia vestir aquelas roupas ridiculas de carnaval ,mas ai de quem tentasse pintar-lhe o rosto!
Ela entrava em pânico quando via palhaços na rua, que às vezes se aproximavam para lhe oferecer um balão, fugia deles a chorar, agarrava-se à mãe ou quem a acompanhava.
Mas gostava de ver o Batatton. Sabia que os dois personagens não estavam perto dela.
Estava no 7ºano, e numa pequena peça de teatro que ia haver na escola, foi-lhe entregue o papel de pierrot.
Ficou desolada, chorou, disse aos pais que não queria voltar para a escola.
Os pais tentaram ajudá-la a superar aquele medo pelos palhaços, disseram que a única forma de ela os enfrentar era participar no teatro.
Seria apenas aquela vez, mas não a obrigavam a isso, falariam com a professora para lhe dar outro papel.
Mas ela o que não gostava mesmo era das caras pintadas, nem de os ver por perto, insistia com os pais.
Algum tempo depois, convenceu-se que os pais tinham razão, tinha que superar essa fobia por palhaços.
Foi aos ensaios na escola sem nunca ter dado a entender que não queria representar.
E no dia em que os pais foram buscar o fato à costureira, para o experimentar, ela chorou muito.
Os pais já se sentiam culpados. Mais valia ter falado com a professora, pensavam.
Puseram o fato em cima da cama e pediram-lhe que o observasse e pensasse bem se era capaz ou não de o vestir, sobretudo na pintura que teria de fazer no rosto.
No final do dia, pouco antes de jantar, apareceu diante dos pais com o fato vestido.
Não tinha as tintas para o rosto, lembrou-se que a mãe tinha um creme de limpeza que aplicado na pele ficava como uma máscara branca, e com o lápis preto dos olhos fez o risco nas pálpebras e desenhou a lágrima que caía do olho esquerdo.
Se ela entrava em pânico quando via um palhaço, desta vez era ela o palhaço.
Os pais ficaram estupefactos com o que viram.
O candeeiro da sala evidenciava a tristeza, a amargura que saía do peito da filha.
As lágrimas escorriam dos olhos dos pais. Perceberam que a filha lhes dera uma lição.
Aproximaram-se dela. Abraçaram-na com muito amor.
participação no Desafio de Escrita do Triptofano.
outros bloggers que participam:
Ana de Deus, busy as a bee on a rainy day
Bruno, no fumo do meu cigarro
Cristina Aveiro, contos por contar
Marta - o meu canto
Maria Araújo, cantinho da casa
Maria, abrigo das letras
Triptofano
Vivemos a Quaresma que, em 2019 , o coronavírus veio cancelar as celebrações da Semana Santa e o Compasso Pascal.
Este ano, são retomadas as celebrações, que começou hoje na Sé de Braga com o Sagrado Lausperene Quaresmal. Os altares das igrejas estão cobertos por um tecido roxo, e não há flores a ornamentá-los. Neste período de tempo, e a cada dois dias, há uma igreja que tem o altar do Santíssimo Sacramento exposto, ricamente ornamentado com flores e luz, e em que os fiéis vão louvar o Senhor.
Existe um calendário com a data em que as igrejas têm o altar exposto. Esta viagem do Senhor termina na quarta-feira da Semana Santa.
Ora, hoje, quarta-feira de cinzas, o Sagrado Lausperene começou na Sé de Braga.
Raramente vou neste primeiro dia à Sé, por falta de oportumidade, ou porque me esqueço..
Mas hoje, à hora do almoço, tive de tratar de um assunto, e passei lá.
Vi a senhora que vende rebuçados de açúcar ( noutros tempos eram muitas as senhoras que, com as suas mesas desmontáveis, vendiam os rebuçados embrulhados em papel de várias cores, cortado em franja nas pontas, e, à saída da igreja, eram muitas as pessoas que compravam, penso que seria com o intuito de ajudar as senhoras, a maioria idosas, que por gulodice), na entrada, e lembrei-me que hoje era o primeiro dia da Quaresma. E entrei.
Muitas vezes entro numa igreja para me refugiar um pouco e reflectir, ou rezar, seja por mim, seja pela família,seja pelo mundo.
Depois de rezar, não resisti a tirar uma fotografia ao altar do Santíssimo Sacramento, que estava lindíssimo.
Mas estava muito atrás, achei que não devia aproximar-me do altar só para a fotografia, pelo que ficou pouco nítida.
Perguntei ao senhor que estava perto da entrada qual era a igreja que na próxima sexta-feira, ao meio-dia, vai abrir o altar. E deu-me o Lausperene Quaresmal, para que eu possa seguir o percurso do Senhor.
Gosto da celebração da Quaresma, dá-me uma sensação de paz comigo própria.
Não sei se vai ser possível visitar as igrejas todas.
Farei o que puder. E se tiver a possibilidade de trazer para este cantinho fotos dos altares que visitar, publicá-las-ei com muito gosto.
Altar do Santíssimo Sacramento, Sé de Braga
porque acordei cheia de dores nas pernas, mas não foi de dançar neste carnaval, não.
Foi da aula de Pilate de ontem.
O cansaço era semelhante às caminhadas que se fazem na montanha. Sei porque em tempos as fiz.
A sobrinha trabalhou, eu e a minha irmã levamos o sobrinho neto a passear pelo centro da cidade.
Uma dada altura, quis que a tia avó se sentasse no triciclo para ele o empurrar.
A minha irmã é levada da breca para a brincadeira, fez o que ele quis.
Entretanto, à tarde, a chuva veio em boa quantidade, fomos para casa da sobrinha brincar com ele.
Amanhã, volto à aula de Pilates.
E ando muito triste com esta guerra na Ucrânia.