um povo, uma cultura
uma resistência e resiliência numa guerra que parece não ter fim.
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uma resistência e resiliência numa guerra que parece não ter fim.
Lloyd Cole
Devido à COVID 19, há dois anos que deixou de haver massagem de rosto nas termas onde costumo fazer tratamentos bem-estar.
Há um mês, voltei aqui para uma massagem, perguntei se já faziam o tratamento de rosto, a resposta foi que não.
Ontem, ligaram-me de uma perfumaria neste centro comercial, ( só passo lá quando vou à loja Ikea) porque além de ter um vale de presente de aniversário, ofereciam uma massagem de rosto da Shiseido (os produtos que uso desde 2019).
Óbvio que aceitei.
E ainda bem que fui.
Fez-me a limpeza do rosto, uma massagem facial com uns dedos maravilhosos ( se fosse rica,contratava-a para vir todas as semanas fazer este serviço), massagem cujas mãos delicadamente passaram pela cabeça e ombros.
Depois, aplicou o creme de rosto.
A minha pele estava linda!
Como fui com intenção de trazer o creme, ainda abri mais um pouco a carteira e trouxe algo mais.
Não estava à espera de gastar uns quantos euros, mas tendo em vista que estes cremes duram bastante nas minhas mãos, decidi investir também no sérum.
Antes de pagar, lembrou-se de passar uma sombra com brilho, nos olhos, e a máscara de pestanas ( sempre usei).
Então, olhei o espelho e comentei que estava preparada para a noite, mas devia ter sido para amanhã, uma vez que vou jantar fora e a este concerto ( ainda não recebi confirmação das meninas com quem vou ).
E saí da perfumaria directamente para o carro, não entrei na loja Ikea, não fosse gastar dinheiro em coisinhas que gosto.
Entretanto, com a tarde bonita que está, vou dar um passeio com a mana, a filha da mana, e a mamã do sobrinho neto.
o telemóvel
Estavam de férias numa praia alentejana, levaram a tenda , adoravam acampar.
Joana não dispensava o seu bloco de notas para registar os momentos , o batom para as saídas à noite, um jogo para as noites de luar no acampamento, enfim, pequenas coisas que ocupam pouco espaço no saco da praia. A mochila era para a roupa.
Estava muito calor, nesse dia, ficaram pelo acampamento.
Tinha ido fazer as compras no mini mercado do parque. Hábito de todos os jovens, e até dos mais velhos, o telemóvel ia no bolso de trás das calças.
Joana queria ouvir música, a mão foi ao bolso direito e não estava lá.
Perguntou ao Luís se tinha pegado nele,que lhe disse que não. E toca a revirar a tenda. Mas não estava lá.
Pegou no saco da praia, atirou tudo para cima da manta que estava do lado de fora: o batom, os dados, os óculos, o bloco... armou a tenda em cima da manta.
O telemóvel não caiu de dentro do saco.
Já dizia alguns palavrões, quando mete a mão num bolso dentro do saco apalpa-o e sente qualquer coisa viscosa. Tira a mão.
Que diabo estava ali a fazer o gel de banho?
- Luís, puseste o gel de banho dentro do meu saco!
- Não,não pus. Estás tola?
- Caramba, é o gel! E estava mal apertado, soltou-se no bolso do saco.
- Que se lixe. .
- Joana abriu o saco, como devia ter feito antes, e reparou que o forro estava descosido.
Virou-o do avesso, e o telemóvel caiu em cima da manta.
Felizmente, estava num canto onde o gel não chegara.
Luís a rir-se, comentou: " Trazes a casa toda no saco! Olha a tralha que tens na manta!"
- Pois é! Mas quando queres guardar as chaves do carro e os documentos, a quem pedes?
Distraída que é não duvidou que, em vez do creme de protecção solar, tivesse metido o gel. Até porque as embalagens eram da mesma cor e marca.
participação no Desafio de Escrita do Triptofano.
outros bloggers que participam:
Ana de Deus, busy as a bee on a rainy day
Bruno, no fumo do meu cigarro
Cristina Aveiro, contos por contar
Marta - o meu canto
Maria Araújo, cantinho da casa
Maria, abrigo das letras
Triptofano
Saí do ginásio, segui metade do percurso na direção contrária ao habitual, precisava de ir a uma loja de reparações de electrodomésticos.
A minha máquina de lavar roupa faz um ruído estrondoso durante a centrifugação, precisava de saber o que fazer.
Estacionei o carro a poucos metros da loja, descia pelo passeio, estava uma jovem estudante da Escola Secundária daquela zona, e uma senhora que teria no máximo 70 anos, paradas.
A senhora viu-me e disse qualquer coisa que não entendi.
A jovem olhava para mim sem dizer nada.
Perguntei à senhora o que queria, respondeu ela: "arranje-me um euro, preciso muito de dinheiro, não tenho que comer".
Fiquei sem saber o que dizer, ela voltou a insistir, e eu disse que não tinha um euro para lhe dar.
Continuava a insistir que queria um euro, que não tinha nada para comer, se arranjasse cinco euros, comprava muita comida.
Achei que ela estava a tentar enganar-me, voltei a dizer que não tinha um euro ( na verdade, tinha tomado café no bar do ginásio e como paguei com a única moeda de euro, recebi o troco, mas sabia que tinha mais umas moedas que não chegavam à quantia que ela queria).
A senhora estava a ser chata, disse a jovem para mim: " Eu já lhe dei um euro".
Tirei o porta-moedas, ao mesmo tempo que afirmava que não tinha um euro para lhe dar. As moedas que juntei paea lhe dar, foram duas de vinte cêntimos, dei-lhe os quarenta cêntimos.
Diz ela muito depressa " Isto não é um euro!"
Respondi que eram as moedas que tinha.
Às tantas, perguntei se ela não tinha pensão de reforma ou algum subsídio.
Não respondeu à pergunta, mas disse, com a voz de choro, sem chorar: "Eu não tenho dinheiro e só recebo no próximo dia dez de Abril".
Virei as costas, a jovem também, que, entretanto, reparei que estava com o telemóvel na mão, o altifalante ligado, falava com alguém.
Quando vinha para casa, lembrei-me que hoje são dezasseis, pelo que, se recebeu no dia dez e disse que não tem dinheiro, estava a tentar mesmo levar-nos na conversa?
Não quero julgar, sabe-se lá as dificuldades que na verdade pode ter, mas seria mais humilde da sua parte aceitar o que lhe dão e não insistir que queria um euro.
conforme foi noticiado,aqui, e eu ainda não vi as imagens na televisão porque só a ligo à hora de jantar, de manhã contando com sol, pus a roupa a secar porque me pareceu que não ia chover. O céu nublado, com uma cor diferente do habitual, encobria o sol.
Saí para ir às compras, a temperatura estava bastante agradável.
Está-se melhor fora de casa do que dentro, se tivermos o aquecimento desligado.
Fui à fisioterapia, e foi quando ouvi falar das areias do deserto e lembrei-me que lera a notícia de manhã, no meu telemóvel.
E tirei algumas fotografias.
No dia de aniversário de uma amiga, liguei-lhe a dar-lhe os parabéns,e pedi que combinasse um jantar com a outra nossa amiga, precisavamos de desanuviar.
Uns dias depois, ligou-me a perguntar se eu alinhava para algo que se lembrou e que eu iria gostar.
"Seja o que for que estais a combinar, alinho!", respondi.
Uma semana passou e não vinha chamada dela.
Ligou-me hoje, a dizer que sábado vamos ao concerto de LLoyd Cole and The Commotions, que vai realizar-se no Porto.
"Concerto?! Claro que sim!"
Ela trata dos bilhetes, uma delas leva o carro, saímos de tarde, jantamos por lá e siga para o Super Bock Arena!"
Nunca fui a um concerto de Lloyd Cole, chegou o dia.
Conhecem o cabide em metal?
É um material que dispenso cá em casa, só gosto de usar os de madeira.
Quando vou à lavandaria, deixo os de plástico ficar lá, se for um casaco, ou trago-o para casa e devolvo-o quando passo perto, assim como o saco de plástico que protege a peça de roupa.
Ora hoje, ia para a fisioterapia, caí, de repente.
Não sei como, as minhas mãos e os joelhos amorteceram a queda, não bati com o corpo ou o rosto no chão.
Uma senhora aproximou-se, perguntou-me se queria ajuda.
Rapidamente levantei-me, disse que estava bem.
Mas olhava as palmas das minhas mãos que me doíam imenso.
Ela teria percebido que estava com dores, perguntou-me de novo se precisava da sua ajuda.
Agradeci.
Olhei para trás, porque quando me levantei, senti o meu pé preso a qualquer coisa que, entretanto, se soltou.
Era um cabide de metal que estava no chão. Como é óbvio, ia a olhar para a frente, não o vi, o pé prendeu-se nele e caí.
A senhora viu-me a apanhá-lo, perguntou-me se tinha sido por causa dele que caí.
Disse que sim. E que ia pô-lo no lixo ( mais à frente tinha um recipiente de lixo) , não fosse mais alguém tropeçar e cair.
Mas as dores eram fortes.
O dedo mindinho da mão direita e a palma da mão esquerda doíam-me de mais.
Os joelhos também.
Tive algum calor, e vertigens. Senti-me um pouco indisposta com as dores. Logo que entrei no hospital, fui lavar as mãos, queria sentir nelas a água fria.
Quando cheguei à sala de espera da fisioterapia, fui beber um copo de água, que por sinal estava morna, pois o manípulo da água fria não funcionava.
Nem me apeteceu falar com a terapeuta, que me perguntou se estava tudo bem, eu apenas respondi que sim.Queria estar sossegada, apesar das dores na mão esquerda que, junto ao polegar, ficou inchada.
Os joelhos, esqueci.
Há alguns anos, pensei vender esta casa e ir viver para perto da praia, talvez Vila do Conde ou Esposende, as praias que gosto e que ficam perto desta cidade.
Analisei os prós e os contras.
Sou mulher da cidade, vivo num lugar central, mas sossegado. Só lamento não haver elevador no prédio. Subir as escadas com as compras, custa.
Deixar a família também não queria, sobretudo porque, na altura, os sobrinhos mais novos estavam na escola e passavam algum tempo aqui em casa.
Entretanto, dois já se formaram, uma está a acabar o Mestrado, e o mais novo, dos onze, também está na Universidade.
Passou o tempo, desisti da ideia, estou bem na minha casa, e nesta cidade, por isso, não iria para lado nenhum.