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cantinho da casa

cantinho da casa

Obrigada,Sapo.

 

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Estou no Porto, na sala de espera da clínica Malo, entrei no Sapo blogs, e, nos destaques, aparece o meu cantinho.

Não tenho tido tempo para quase nada, mas tenho algo positivo a escrever sobre este post em destaque.

Logo que puder, fá-lo-ei.

Obrigada, equipa do Sapo.

 

 

coisas que me tiram do sério

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o meu irmão, que tem pouco tempo para andar nas compras,  pediu-me um favor: comprar sacos de papel para garrafas de vinho.

fui, ontem, à loja do chineses, trouxe 20 sacos.

antes, peguei num e mostrei ao funcionário, que estava ao balcão, e perguntei o preço.

percebi que disse 0,65 a unidade.

comprei mais umas pequenas coisas para mim, paguei, e vim para casa.

raramente tenho o hábito de verificar os talões, mas peço-os e guardo.

então, já em casa, tirei as minhas coisas, deixei as do meu irmão dentro do saco que eu levara e, de repente, verifiquei o talão e reparei que os sacos foram debitados a 0,95 a unidade.

não foi possível lá voltar, fui hoje, depois do almoço, também para comprar uns envelopes, e levei o talão de compra de ontem.

peguei num saco, dirigi-me ao balcão e perguntei à funcionária qual o valor deste. respondeu-me que era 0,75.

então mostrei o talão e disse que o colega debitou mais 0,20 em cada um, e queria desfazer o engano.

resposta dela: " não posso resolver isso, o colega não está, só vem na 5ª feira, tem de ser com ele".

reclamei, disse que em qualquer loja que vá, se tenho uma reclamação a fazer qualquer funcionário pode ver o que se passa, ou então, chama o responsável da loja, ou o dono, pois não vou esperar dois dias para resolver uma coisa que qualquer funcionário pode resolver.

ela disse que provavelmente ele registou pelos sacos de Natal, só ele pode resolver.

a colega, que estava ao lado, comentou que na quinta-feira o colega pode não se lembrar disto, que não iam devolver o dinheiro, são regras da loja, é com o funcionário que tenho de falar.

pedi para falar com a dona.

-não está-, respondeu.

perguntei se podia lá levar os sacos para verificarem o que comprei.

ao mesmo tempo que eu apresentava a minha reclamação, percebi que uma cliente, ao meu lado,comentava qualquer coisa entre dentes. eu estava na minha vez, pois coloquei-me na fila para a funcionária me ouvir, só que um dado momento ela "desligou" , tratou de atender esta cliente.

quando tal, pôs-se a "bufar" para o lado.

chamei-a a atenção de que escusava de bufar para o lado, sou cliente há muitos anos, nunca aconteceu nada disto, e tenho o direito de desfazer o engano, que ia pedir o livro de reclamações.

foi então que disse que têm de ver na câmara qual foi o produto que o colega vendeu, que não adiantava nada ir lá com os sacos.

quis saber quando está a dona, respondeu que, provavelmente, amanhã, senão só na quinta-feira  com o colega.

vim embora chateada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

a funcionalidade das nossas finanças

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Vi no Jornal da Noite da SIC, no Conta e Poupanças, que até 31 de Dezembro podemos pedir a actualização dos dados do imóvel, feita de três em três anos, mas antes disto, deve ser feita a simulação online, porque pode não compensar.

Nunca me lembrei de a pedir, e não pediria se não visse esta reportagem.

Fiz  a simulação duas vezes para ter a certeza de que não me enganei, a poupança não é muita, mas vale a pena pedir a reavaliação, pagarei, durante os próximos três anos, menos IMI.

Se fizer online, são muitos os anexos a preencher, só alguém especializado consegue.

Se for às Finanças, é mais rápido, mas é preciso marcar.

Fui hoje de manhã, estava uma senhora à porta, disse ao que ia.

Perguntou-me de imediato:

- Fez a simulação online?

Respondendo afirmativamente, perguntou:
- E vale a pena?

Respondi que sim.

Então, disse-me que a marcação é feita por telefone, que devia ligar, a partir das 15h00,  para o número que está afixado na porta, acrescentando que é ela que atende o telefone.

Disse que tinha de levar documentos da Câmara ( nem comentei, acho que não tinha sentido), e que devia  ir ao site das Finanças e descarregar o modelo 1 do IMI, fotocopiá-lo e preenchê-lo, para, presencialmente, tratar  da actualização dos dados.

Ora, a partir das 15h00  ( são 16h30), liguei várias vezes para as Finanças, o telefone tocou, tocou, tocou, e ninguém atendeu.

Nada feito! 

Vou voltar lá, amanhã de manhã, e quero uma marcação.

Funcionalidade tuga, é o que tenho a dizer.

Apetece-me dizer que parece que estão a gozar com quem trabalha.

 

 

 

 

 

 

foi tudo!

Não me considerao uma pessoa muito gulosa.

Em criança, sim, era bastante, e à excepção de formigos (mexidos), e das rabanadas ( como uma por ano, acabada de fritar) que me enjoam frias, gosto dos doces de Natal que se fazem cá em casa.

No tempo da minha mãe, havia na mesa frutas cristalizadas, que eu adorava, figos secos com nozes, que adorava, aletria, que adorava, leite creme torrado, que adorava...

Quando a minha mãe faleceu, fui mantendo a tradição de toda a doçaria que ela fazia.

À medida que tomei consciência de que o açúcar não era bom para a saúde, mas o pecado da gula, aqui ou ali, de vez em quando sabe bem, fazia, e faço, os doces tradicionais ,mas a aletria e o leite creme, que ninguém lhes tocava, deixei de fazer, assim como deixei de copmprar as frutas cristalizadas.

Costumava comprar uma caixa de biscoitos sortidos, mas a tentação era muito, depressa desapareciam, deixei estes também de lado.

Mas por esta altura, nas prateleiras do supermercado, saltam à vista uns pacotes desses biscoitos.

Acho que as pessoas deixaram de comprar as caixas e estes pacotes, demasiados atractivos às nossas gulas, chamam a minha atenção, e se estão em promoção, a tendência é para pegar num e pô-lo no carrinho de compras.

Há alguns anos que isto acontece.

Depois, dói-me a consciência porque, à tarde, com um chá, sabe muito bem, vão uns quantos.

Trouxe comigo, mas prometi a mim mesma que este ano é só compraria um.

Hoje, a empregada esteve cá em casa, e eu tenho estado fora, nem me lembrei que acabara o queijo, não preparei o pão para o lanche.

Entretanto, cheguei a casa, ela  estava cá, lembrei-me dos biscoitos, e, num saco de papel pequeno, meti algums e dei-lhe. E disse que os comprara porque são uma tentação, mesmo que sejam foleiros e cheios de calorias.

Ela sabe que eu não sou de guloseimas, e respondeu que " perdoa o mal que faz, pelo bem que sabe".

Fui buscar o sobrinho neto ao colégio, fomos fazer umas compras com a mãe, quando cheguei a casa, estava cheia de fome, e não tenho mais nada: peguei no pacote comi os que restavam.

Então, para remediar a gula, o jantar vai ser pescada cozida.

Quando for ao supermercado, e se passar na prateleira onde esté este doce sortido, não vou comprar.

Eu comprei porque são de Natal,adoro-os comer nesta época, e todos os anos compro um pacote.

Por isso, mais doce sortido, não!

Espero resistir, até porque, este final de semana, tenho o aniversário de um sobrinho neto.E o Natal está aí, e não posso, nem quero, abusar.

Aqui estão eles:

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uma música

que hoje não é de um cantor ou cantora especial, mas de quem gosta de música e que a usaou para pôr multidões a cantar e a dançar: Magazino

Foi a minha sobrinha, que o segue no Instagram, que, um dia, enviou-me o link para que eu lesse a sua história de amor, de fé, de luta, de acreditar na vida.

Fui lendo tudo o que tinha publicado e o que ia publicando.

Tudo me tocou, mas a gratidão por quem cuidava dele, sobretudo o pessoal auxiliar, que o admirava e se preocupava com ele, foram as palavras que me fizeram dedicar-lhe o post de hoje.

Não vale a pena escrever mais nada, sinto a sua perda, por tudo o que li, pela maneira de ver a vida, a sua jovialidade e humor, e pelo que transmitia às pessoas:

" Vou demorar a recompor-me mas não perdi a esperança, aliás, por muito que possa ser uma ilusão, nunca me tirem a esperança de sobreviver, é isso que me faz não baixar os braços."

"Pelo meio ainda celebrei mais um aniversário, foi diferente mas as minhas amigas enfermeiras e auxiliares, o meu Pai e o meu irmão fizeram-me o dia ❤️.
Enquanto não me aguento em pé para poder cruzar uns discos, vou arriscando no piano 😊
Acreditar, acreditar e… acreditar!"

"Já vou com 5 dias de quimio e aqui sofro muito, sim, sofro, mas ao menos sinto que estou a lutar e que estou na melhor companhia, estas mulheres não me vão deixar cair, e isso deixa-me feliz, enquanto em casa estava sem armas para poder lutar pela vida, estava na merda."

"Uma das químios é um saco com um líquido azul petróleo, é um bocado assustador ver aquilo a entrar no Catéter debaixo do meu braço esquerdo a conta gotas e por curiosidade perguntei o nome.
Mitoxantrona!! Ahah, leram bem,sim! Só pensei em Mitras! Remeteu-me logo para os primeiros anos da minha carreira, tocava por aí em barracos fodidos por esse país fora e eram só Mitras e suas respectivas."

"Desta vez fiquei internado numa ala diferente da que costumo ficar. Dois dias depois de ser operado estava prostrado e a dormitar na cama. Tocam-me nas pernas “ então pá, a dormir a esta hora?! “ A Tina, a Cláudia e a Ortiz da ala onde costumo ficar internado, resolveram visitar-me fora dos seus horários de expediente. Não coube em mim de contente, aquela meia hora deu-me uma motivação incrível, agradeci-lhes 4 ou 5 vezes.
Desde essa tarde não tive mais febre, comecei a levantar-me e parece que as células acordam e contagiam-se todos os dias de energia positiva."

"São especialistas que ocupam preciosos minutos das suas vidas a tratarem-me a doença com toda a expertise que têm na área da oncologia 🙌🏻
De quem pouco se fala e muitas vezes se esquece é da importância das enfermeiras e auxiliares de ação médica que tratam a pessoa. Mudaram-me as fraldas, limparam-me o rabo, deram-me banho, massajaram-me o corpo para não ficar totalmente imóvel e ainda ouvem os meus gemidos de dor, desabafos e piadas. É toda uma expertise que não vem nos livros mas que também salvam vidas. Encomendei e ofereci a toda a ala uns Donuts especiais, aquilo é que foi vê-las todas contentes a comerem e a queixarem-se das calorias e eu feliz da vida na cama imóvel e a vê-las passar de donut em punho! Às Yaras, Tinas, Patrícias, Cláudias, Soraias, Lurdes, Fabianas, Silvias, Isauras, Mónicas que auxiliam por esses hospitais fora, mega respeito e admiração por vocês ❤️
Uns tratam da saúde e outros da pessoa, é um trabalho complementar e impossível dissociar.

 

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"A piscina inundou de amor ❤️ Foi uma catarse geral de celebração à vida.
Desta vez só consegui estar na cabine mas quem priva comigo sabe que também sou muito feliz na pista, lá não há segregação social, foi na pista que fiz os melhores amigos, de operários a engenheiros, de doutores a pintores, de dealers a políticos ou de actores a padres.
Estas pistas da bloop são mesmo muito especiais.
O Arco Iris ao fim da tarde foi mágico, não há coincidências malta 🌈
Muito obrigado aos meus sócios que não me deixaram mover uma palha e montaram a nossa melhor festa de sempre.
Não basta existir, há que viver, sábado, naquela piscina, vivemos todos muito intensamente.
Não tenho fotos que exprimam o que se viveu, deixo aqui uns vídeos que me foram tagando de forma mais ou menos cronológica daquela tarde/noite de sábado."

vídeo do Youtube

e no Instagram

conto de Natal 2021

Com a garra toda que o José e a Isabel dedicaram aos contos de Natal dos anos anteriores, e cujo resultado foi uma capa da autoria da Olga, resultou um livro de Contos de Natal. 

Ora a Isabel tomou o gosto e desafiou-nos a escrevermos o conto deste ano.

E antes que a inspiração e o tempo me faltem, que  não têm sido de mais, deixo aqui o meu conto deste ano.

Obrigada,Isabel.

 

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Estava um frio de rachar, as crianças tinham fome, os pais ainda não tinham regressado do trabalho.
Estavam de férias de Natal, ficavam sozinhas em casa, com as recomendações dos pais; " portai-vos bem, brincai com os brinquedos que recebestes na escola, vede televisão".
As crianças não tinham televisão por cabo, esta apenas transmitia os quatro canais, mas adoravam ver os programas da manhã e da tarde na RTP2, para crianças.
Se o tempo estava bom, brincavam um pouco no quintal, com os filhos das vizinhas, "boa vizinhança", dizia a mãe, estas deitavam o olho aos filhos.
Quando passava a publicidade da Popota na televisão, os olhos delas sorriam, pediam aos pais que os levassem ao hipermercado para verem o mundo encantado dos brinquedos.
Mas elas sabiam que o Pai Natal é uma pessoa que se veste com aquele fato vermelho, que põe uma almofada por dentro do fato para parecer barrigudo, e que usa barbas brancas postiças, e alguns até óculos na ponta do nariz para fazer de conta que é uma pessoa mais velha. E sabem que ele não dá os brinquedos. Se fosse, eles tinham tudo o que gostariam.

Os pais não podiam comprar os brinquedos que mais gostavam, por isso, ficavam felizes quando os pais os levavavam ao hipermercado. E os pais não se importavam de ficar ali o tempo que eles quisessem para que conhecessem a quantidade, excessiva, diziam, de brinquedos, que muitas crianças tinham e depois não lhes davam importância nenhuma.
Depois, passavam para os livros. E eles adoram livros.
A biblioteca da escola tem o cantinho da leitura.
Uma vez por semana, a professora leva-os para lá para ouvirem ler um livro. Ela lê algumas páginas, e, à vez, cada um dos alunos dá continuidade à leitura.
Outras vezes, pegam no livro que quiserem, mas têm de o ler durante uma hora, para depois contarem, na sala de aula, o que leram. Podiam continuar na semana seguinte, se não tivessem tempo de acabar.
Estava a chegar o Natal, era fim de semana, os pais precisavam de fazer umas compras, mas a mãe combinou com o pai que ficasse em casa com miúdos, no domingo, e a meio da manhã os levasse a passear pela caminho pedonal, junto ao rio, enquanto ela ia ao hipermercado. Tinha de apanhar o autocarro, levaria quinze minutos a chegar lá, ia cedo, não queria andar no meio da confusão.
Sabia dos livros que as crianças gostavam, foi a primeira coisa que fez quando entrou: ir à prateleira dos livros.
Na noite de Ceia de Natal, juntaram-se os avós maternos, comeram o bacalhau, as batatas as cebolas, a hortaliça.
Os poucos doces que tinham, foi a avó que fez: a aletria, os formigos, as rabanadas. A mãe trouxe um pequeno bolo-rei da padaria.
Arrumada a cozinha, sentaram-se à mesa a comer os doces e a conversar.
Por breves minutos, a mãe saiu da sala.
Quando regressou, aproximou-se dos dois filhos deu-lhes um beijo, e: "Feliz Natal", disse ela, dando a cada um dos filhos um embrulho.
Do saco, tirou, também, três pequenos embrulhos e pôs nas mãos do marido e dos pais.
Quando as crianças rasgaram os papeis, soltaram um grito de alegria: " o livro do Teatrinho do Romão!". A minha escola tem este livro na biblioteca, mas ainda não o lemos. Vou ser a primeira!", disse a menina.
E eu tenho o meu primeiro livro do Astérix!, exclamou de contentamento, o menino.
"Obrigada, pai e mãe".
E abraçaram os pais e os avós, desejando-lhes um Feliz Natal.