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cantinho da casa

cantinho da casa

desafio de escrita dos pássaros 3.0 - tema 7

o final desta temporada do Desafio de Escrita dos Pássaros. !


Um negacionista, um padre e o Gustavo Santos entram num bar...

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O negócio corria bem para Etelvino, o proprietário do pequeno bar de praia pouco habitada por turistas cá de dentro, porque os de fora eram a fonte de rendimento para viver durante o inverno, e onde só passavam os amantes das caminhadas e da natureza.
Infelizmente, como muitos outros pequenos negócios, a maldita pandemia fez com que o bar ficasse às moscas, sobretudo nos dias cinzentos. Nos dias de sol ainda aparecia um ou outro caminhante, tomava um café, bebia uma cerveja, e seguia viagem.
Ora numa bela tarde de primavera, o pároco das freguesias de Baixo, de Cima e do Lado, apareceu no bar, sentou-se num dos bancos da esplanada, e pediu un gin tónico ( sim ,o Etelvino também servia gin tónico).
Ficou de boca aberta o Etelvino, " padre é homem, e também bebe", pensou. Serviu-lhe o gin, ao que lhe disse opadre, como que adivinhando os seus pensamentos: "sou homem e filho de Deus, preciso de desafogar as minhas preocupações".
Sentou-se no banco de madeira de frente para o mar, deixou-se levar pela bebida e pela paisagem serena e cheia de luz. " Que paz!" murmurou .
Etelvino, à porta do bar, observava o padre. O seu olhar voltou-se para o outro lado da esplanada.Estava em meditação o seu melhor cliente, de chá, que passava despercebido a quem chegasse.
De repente, os seus pensamentos são interrompidos por uma voz forte, e desconhecida, que o cumprimentava e lhe pedia uma caneca de cerveja.
Aproximando-se do banco onde estava o padre, perguntou se podia sentar-se. O pároco olhou para ele e disse que sim.
A cerveja estava muito fresca, bebeu dois bons golos e depois de um "ah!", meteu conversa com o padre:
Neg- Que bela vista! Andam para aí uns finórios a falar de aquecimento global, que andamos a lixar o planeta. Até aproveitaram-se daquela miúda, a Greta, sabe?para agitarem as mentes dos não iluminados. Todos sabemos que o aquecimento do planeta se deve a causas naturais. Tudo tem o seu tempo e retorno.
Padre- Desculpe. Respeito o seu comentário, pense como quiser, mas é um facto que o planeta está a sofrer há muitos anos, e os interesses económicos estão acima de tudo e de todos... Veja, por exemplo, as chuvas fortes na Europa Central, na Ásia. Veja os incêndios que são cada vez mais intensos e devoradores das florestas; os tornados que se tem verificado no nosso país, a subida do ní...
Gustavo Santos, que, com a voz forte do homem, despertara do zen, aproximou-se deles, interveio na conversa e com uma das suas "célebres " frases, inclinou-se para o negacionista e disse:
- Se queres expandir o que sentes, se queres partilhar com os outros e com o mundo as ideias que tens, e se queres inspirar quem te rodeia, fá-lo de forma afirmativa, mas nunca, nunca mesmo, atinjas seja quem for para chegares onde queres chegar ou para justificar onde nunca chegaste.
Passem bem, meus senhores.

 

influencer? bem bom

Admiro ler os seus textos.

Este "desafiou-me" a regressar às salas de cinema.

Também desafiei uma amiga.Fomos ontem, ao final da tarde.

Foram muitas as festas de fim de semana do vinil, em que vibramos a cantar e a dançar ao som desta Girls Band portuguesa.

Também estavamos a precisar de sair, de alguma coisa que animasse a vida.

E animou.

Não só a estória delas, como o ambiente, a formação da banda, os homens que fizeram parte do seu sucesso.

E trauteávamos.

No final, ninguém naquela sala se levantou.

Cantava-se.

Estavamos à espera de mais.

E o Bem Bom foi o remate deste delicioso filme que a "influencer",  que eu leio todos os dias, tão bem contou no seu texto.

Fez-me sair de casa, fez-me  voltar a comer as duas fatias de pizza (que me souberam muito bem) que, há um bom par de anos, eu e a minha amiga, a companheira das sextas-feiras à noite, quando nos apetecia, e depois de uma semana de trabalho, íamos jantar ao centro comercial, e deixamos de o fazer.

Hoje, enquanto fazia o almoço, cantava e dançava ao som desta banda  ( que saudades de dançar!)

E o dia correu mais animado.

 

 

 

fico stressada

Desde as14horas que aguardo a vinda dos técnicos da operadora de telefone e tv, para fazerem as ligações devidas.

Ao longo da semana passada, recebi várias SMS a lembrar que a equipa viria entre as 1400h e as 18:30h.

Hoje, às 8:24h , uma mensagem dizia que previam que  a chegada dos técnicos seria entre essas horas que referi.

São 16:55h, ainda não apareceu ninguém, nem sequer um informação a avisar a provável hora de chegarem cá.

Acho que a equipa técnica, que penso ter o meu contacto, consultando a agenda, devia avisar o cliente que a sua chegada prever-se-ia para a hora x.

Tinha de ir buscar sobrinho neto ao colégio,  já avisei a mãe que terá de ir (logo hoje que tem assuntos a tratar depois do trabalho).

É não me apetece fazer nada, nem ler,  quando espero alguém.

Uma tarde perdida, e fico stressada.

Stressada porquê?

Porque sei que vão ter de furar a parede para meterem os cabos e o meu vizinho de baixo não suporta barulhos fortes e começa aos berros e a dizer palavrões quando  isto acontece.

Como de manhã ele não sai de casa, marquei para a tarde porque ele está constantemente a entrar e a sair, e eu fico mais tranquila.

Acabei de receber a SMS a informar que o técnico está caminho.

Um minuto depois, a chamada deste a dizer que só chegará dentro de 25 minutos.

Não há paciência, por mais que a tenha.

uma mensagem

 

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imagem daqui

 

Depois de jantar, sento-me no sofá a ver um pouco de televisão. Mas adormeço.

Por volta das 00h30 ( sempre a esta hora), acordo, desligo o televisor, e vou dormir.

Esta noite, dormi uma ,duas, três horas?. Tive pesadelos que me acordaram. E o corpo não parava de se mexer.

Noite ainda, ouvi as gaivotas pipilarem. Resmunguei.Tinha sono, não entendia porque diabo  não conseguia dormir.

Estas duas últimas semanas foram complicadas, tive-as muito ocupadas, mas ainda consegui ir ao ginásio fazer as aulas de Pilates.

Não sei se o corpo está dorido destas aulas, bem puxadas, se é do tempo que passa do tórrido para o fresco.

Hoje a minha cabeça está vazia. 

Pensei sair da cama, fazer uma caminhada. Desisti. Era cedo de mais.

O telemóvel tocou.  Era a minha irmã a pedir-me ajuda para levar o gato ao hospital veterinário.

Mas ficou marcado para amanhã.

Precisava de arejar a cabeça, queria tudo e nada.

Pensei ir ao mercado municipal, não me apetecia ir a pé.

Partiu-se o espelho de aumento, decidi ir ao Ikea comprar outro, e mais umas pequenas coisas que me esqueci quando lá fui a última vez, não me apetecia conduzir.

Mais de meia manhã passada e eu não tinha vontade de nada. Precisava de ocupar a mente, de arejar, nem que fosse  dar uma volta pelo quarteirão.

E fui.

Entrei na loja dos chineses, fui ver os espelhos, pelo sim, pelo não, poderia haver algum que me agradasse. Muitos modelos, mas achei que de aumento não tinham nada. Ou a minha mente não quis ver. Saí.

Passei no talho, comprei carne.

Regressei a casa. 

Fiquei melhor, um pouco.

Felizmente sinto-me bem e saudável, mas quando o sono não existe, e a mente pensa  em tudo,  fico apática e cansada.

Tenho pensado sair uns dias de cá, mas ainda não é a altura, embora evite ir em Agosto.

Depois do almoço, recebi uma mensagem  whatsapp de uma amiga, que só pode ter férias em Agosto, perguntando se queria ir uns dias para a Costa Alentejana,que eu não conheço.

Pensara nela para as férias, mas achava que era cedo falar no assunto.

Espero que nessa altura estejamos mais à vontade, no que concerne à doença COVID19.

Este verão ainda não fui à praia. Pelo menos uns dias tranquilos, e de sol, vou ter

Na mouche, esta mensagem.

E agradeço sugestões de lugares a visitar... e para comer.

uma bomba de valor sentimental

Irmão mais novo de férias, mais para norte deste norte onde vivo, foi  a uma feira de velharias em Caminha ( são boas feiras, comento sempre que tenho de lá ir num dia de Verão...mas nunca vou), estava ele feliz e orgulhoso com uma compra que fez.

As fotografias que enviou para o grupo do whatsapp dos irmãos e sobrinhos, deixaram-me surpresa.

Viu uma bomba de pé que o pôs ansioso e emocionado.

Perguntou ao vendedor quanto queria por ela.

O senhor ficou estupefacto por ver alguém interessado naquela peça. 
Disse o valor ( comentei  que se estivesse no seu lugar, dava mais algum por aquela peça de valor sentimental tão grande,respondendo-me que estava tão emocionado que nem pensou nisso).

O vendedor percebeu a emoção do meu irmão, perguntou porque a queria

Depois de a pagar, contou que a bomba será dos anos 60 e  foi fabricada numa empresa de Braga.

E perguntando o vendedor como sabia ele disso:  " foi fabricada na empresa  da minha família" ,respondeu o meu irmão.

E o senhor gaguejou e mostrou a sua satisfação saber que a peça foi ter às mãos de um familiar do fabricante.

O meu irmão quer pintar a bomba "como ela merece", disse.

Ele é um homem que faz montes de engenhocas, compra peças, desmonta e monta como ele quer e gosta, não fosse ele engenheiro.

Na minha opinião, deixava-a como está...

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