uma música
80 anos de Tina Turner, recordando David Bowie.
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80 anos de Tina Turner, recordando David Bowie.
# Tema doze - cantinho da casa
Aqueles pássaros não se calam
(foto de 2012)
Marcaram uma vídeo-reunião. Combinado o dia e hora, compromiso é compromisso, todos confirmaram que sim e que seriam pontuais
Quem tomou a palavra foi um caniche de pêlo rosa choque :
" Meus amigos, gostaria de agradecer a vossa presença, convoquei esta vídeo-reunião para para vos comunicar que "Aqueles pássaros não se calam".
"Pássaros?!"
Ouviram-se chilreios, latires, ronronares, ...
"Sim! Os pássaros que são as nossas famílias!
Dizem eles que somos adoptados. Tenho pensado muito nisto. Questionei-me e questiono-vos : será que eles pensam no bem que lhes fazemos durante os dias da semana que nos deixam horas sozinhos a tomar conta da casa, ficamos ansiosos à espera que cheguem e quando entram e queremos mostrar a nossa alegria, encostamo-nos a eles para lhes dar as boas-vindas, dizem: " sai da frente", " está quieto", " agora não posso levar-te à rua", e só nos dão atenção quando após o jantar e depois de deitarem as crias, sentam-se no sofá para receberem os nossos mimos e aconchego? Sabem a que conclusão cheguei?
Fomos nós que os adoptamos! Nós damo-lhes a liberdade de falarem o que quiserem. Ouvimo-los, damos-lhe um mio, um latir, um pio, enfim, cada um na sua língua, confortamo-los. Porque queremos vê-los felizes. Porque a felicidade deles é a nossa felicidade.
Claro que eles cuidam de nós: levam-nos à rua a passear para fazermos o xi-xi e o cocó, levam-nos ao veterinário, deixam-nos cantar ao desafio, às vezes deixam-nos namorar uma canita, uma gatita, uma periquita... Vós sabeis do que estou a falar.
E porque digo que aqueles pássaros não se calam? Porque sabeis que estão a "disputar" um desafio de escrita, e a semana passada fomos nós os personagens.
Imagino o que cada um escreveu. Somos seres meigos e gratos a quem nos faz bem, tenho a certeza que falaram bem deles. Estou certo?"
Todos acenaram que sim .
"Alguns dos nossos amigos morreram há alguns anos. O que fizeram as famílas neste desafio? Prestaram-lhes homenagem fazendo-se passar por animais como nós e contaram o que fizeram durante a vida. No final da história, manifestaram as saudades que tinham dos nossos amigos.
Deixaram-me muito feliz e emocionado.
Por isso, fossemos nós adoptados pelos humanos, fossem eles adoptados por nós, eles são a nossa vida. Tratam-nos com carinho, cuidam de nós.
Estou aqui para vos mostrar o meu reconhecimento do quanto lhes fazeis bem.
Obrigado a todos."
Em uníssono ouviram-se as vozes destes animais.
e há dias que os nossos ouvidos e olhos só ouvem e lêem Black Friday,já estou cansada de ouvir a toda a hora, excepto agora, que estou no pc, sem o rádio e/ou televisão ligados.
Eu até preciso de um ferro de engomar e uma varinha mágica, mas não vou a correr para aproveitar os descontos.
Provavelmente, arranjarei melhor depois deste dia.
Mas também há a blackweek, e a black weekend.
Fui buscar o carro de manhã cedo, vim directa para o ginásio, não fiz reserva de aulas, vim a tempo de levantar a senha para a aula de anti gravity.
A fila das "velhotas" para a aula de hidroginástica era comprida.
Pus-me atrás, eis que vem um casal, ela mete-se à minha frente e diz para ele: só falta um minuto".
Comento eu: " que é isto, passa à frente?"
Ignorou-me.
A senhora que estava atrás de mim também parecia querer ter a senha antes de mim.
Mas a minha é diferente.
Esta gente é tão egoísta com as senhas!
Será que vou ter estas atitudes quando for um pouquinho mais velhota?
Detesto estes comportamentos!
Fui levar o carro à oficina para o levarem à inspecção.
Passei pela Arcada, já se vê montar a árvore de Natal da cidade, o que me levou pensar fazer as decorações cá em casa.
Já fui buscá-las à garagem, assim não perco a vontade.
É a primeira vez que vou fazer as lides natalícias em Novembro.
Este ano não vou comprar decorações, há que poupar dinheiro, uso o que tenho.
(imagem da net)
a exposição das nossas vidas nas redes sociais deixam-me preocupada.
Quando escrevo algo sobre a minha família, sobretudo dos meus sobrinhos netos, tenho cuidado de escrever o minímo.
Lendo este e este textos, faço o meu feed-back recente no que a posts diz respeito, porque não publico nada no FB, revejo o que publiquei e a maiorira das vezes apago o que escrevi.
Hoje, eliminei mais um.
comentará para si JJ. " Fui aplaudido e tive agradecimento especial do PR".
Da minha sobrinha residente no Rio de Janeiro, recebi isto, ontem à noite.
Cabo da Roca (2016)
# Tema onze - cantinho da casa
Um dia na tua família… do ponto de vista do teu animal de estimação
"Olá, sou a gata Kat, tenho nove anos, fui adoptada por este Pássaro que, às vezes, apetece-me dar-lhe cabo das penas. É que um dia quase caí da varanda quando vi um passarinho passar à frente do meu nariz e ela deu um grito com medo que caísse. E eu adoro a liberdade desta casa.
Então ela disse -me que o grupo dos Pássaros se lembrou de me pôr a falar como é um dia na minha família!
Família?! Que família?!
À excepção dos irmãos dela, os sobrinhos só se lembram de me visitar e cansar a minha beleza nos dias de festa e pelo Natal.
Ai, que o Natal está perto! Lá vão eles chateá-la: "Onde está a Kat?" E andam pela casa à minha procura para me provocarem. Mas eu mando-lhes um bufo. E a minha Pássaro leva-me para a sala da varanda, fecha-me lá, com a minha comida e a liteira, até eles, bem comidos e bebidos, irem para as suas casas e voltarem umas horas depois, encherem aqueles estômagos de boas comidas. "Ai, que cheiros chegam aos meus bigodes!"
Mas a minha Pássaro trata-me muito bem. Quando faz pescada cozida e me dá uns pedacinhos, lambo a minha boca até chorar por mais.
Ah! Um dos meus prazeres é acordá-la de manhã cedo para que abra a porta da varanda e eu possa ouvir outros passarinhos, ou para me dar de comer se tenho o prato vazio.
Deitada na cama , diz: "Shiu! Cala-te! Deixa-me dormir! " E eu mio, mio, até que ela se levante e venha fazer o que eu quero. Por que ela conhece-me bem e sabe o que preciso.
Escolho os cantos que mais gosto para as minhas sonecas, desapareço e: "Onde estás kat?!" e eu não lhe respondo. Se quiser que me procure.
O pior é quando ela vai passear. Se levar a mala vermelha, vai para o ginásio, volta mais logo; se for a cor-de-rosa , vai demorar três ou mais dias. Resmungo para os meus bigodes: " Pronto, lá vêm os familiares! E fico contente se vem a Sofia, a sobrinha, que me conhece bem."
E quando ouço o ruído do prato pequeno do meu patê?
Se estou na preguiça da soneca, levanto-me logo e vou roçar-me nas pernas dela por tão bom petisco, que adoro.
E pronto! Muito mais havia a contar-vos, mas só tenho 400 palavras para usar, e já as ultrapassei.
Miau!"
Kat
No dia seguinte, chovia em Lisboa, pensei que iríamos ter sol em Évora, apanhamos fortes cargas de água durante a viagem .
Mal chegamos, chovia bastante nesta cidade alentejana, estava vento e frio, esperamos que passasse a chuva para visitarmos o centro.
Fomos comer umas empadas ao Café ao Arcada, um café histórico que a minha sobrinha conhecia, ficou, contudo, decepcionada. O conceito mudara.
No balcão, a caixa de pré-pagamento junto ao espaço de serviço dos funcionários, obrigava os clientes a fazerem uma fila impedindo aqueles de circular. Tudo mal organizado, serviço fraco, funcionários pouco simpáticos e eficientes, mesas por limpar: " hoje temos muita gente" , dizia a funcionária se algum cliente comentava a confusão.
Saímos dali, fomos procurar o restaurante Café Alentejo que o José da Xã me indicara.
Encontramos numa rua a escassos metros da Praça Giraldo, a porta fechada, tinha o número de telefone afixado, queríamos reservar mesa ( sugestão do José), ligamos imensas vezes, ninguém nos atendia.
A chuva deu alguma trégua, dirigimo-nos à Igreja de São Francisco, estava a decorrer uma missa, demos uma volta pelo exterior, fui ver a Capela do Ossos... E fiquei impressionada
Hora de almoçar, passamos no restaurante Café Alentejo. Estava aberto!
Perguntaram se tínhamos reservado mesa, comentamos que ligáramos várias vezes mas não atenderam o telefone.
Levaram-nos para uma mesa que ficava num canto junto ao balcão, ficamos bem instaladas, escolhemos as entradas, e os pratos.
E comemos muito bem.
Gostei muito, José.
Seguimos para a Catedral, e ficamos deslumbradas com as vistas.
Visitamos o Museu ( não é permitido fotografar), passamos pelo Templo de Diana.
As nuvens ameaçavam chuva, abrigamo-nos algures num café.
Meio da tarde, ficava noite para regressarmos a Lisboa, andamos a explorar as ruelas lindas e cheias de estudantes e estrangeiros, deixamos para uma próxima visita, com sol e se possível na hora de Verão, os muitos Museus que ficaram por ver.
Hei-de voltar, Évora.