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cantinho da casa

cantinho da casa

desafio de escrita dos pássaros # 6


" Desafio de escrita dos pássaros"

# Tema seis - cantinho da casa


«O Amor, uma cabana… e um frigorífico»

Acabadas as férias dos pais, pedira-lhes que deixassem o atrelado-caravana no parque de campismo até ao fim de Verão.
Bastava puxar a lona e prendê-la com as espias, tinha uma casa de férias, cozinha, e um quarto confortável, "que maravilha!", os bicharocos (só de pensar neles eriçavam-se-lhe os pêlos) não a incomodariam durante o sono.
As amigas aproveitavam a "casa" passavam uns dias com ela. Lugares e cidades interessantes, ali tão perto, praia, campismo, Espanha na outra margem do rio Minho, os passeios eram frequentes, e praia, muita praia. As noites eram para jantares, com risos e muito convívio, para dançar, ou para as conquistas.
Embora não gostasse de ficar sozinha no campismo, decidira passar lá o fim de semana, precisava de descanso.
Ela gostava de mais dele. Precisava dele. E queria-o.
Ele tinha a tenda no parque de campismo, em Viana, de lá a Caminha era um passo.
Telefou-lhe.
Ele aceitou.
Levara de casa uns bifes que deixara temperados para o jantar, na hora cozinhariam juntos.
A tarde foi passada numa das esplanadas de Caminha. Não faltavam amigos e pessoas conhecidas que faziam férias por lá.
Estava um final de dia fresco, regressaram ao parque. Àquela hora, as pessoas encontravam-se no bar, decidiram tomar uma bebida.
Ele ficou por lá mais uns minutos, ela foi preparar as coisas para fazer o jantar.
Quando tirou a tampa que cobria o prato onde estavam os bifes, uma colónia de formigas passeava por cima deles e por toda a mesa.
" Que é isto? Que merda! O que faço agora? O que vamos jantar?".
Enojada com aquilo, pegou no prato, foi a correr pô-lo no lixo, ao mesmo tempo que elas subiam -lhe para o braço. Sacudiu-o, sacudiu-se... e coçava-se de arrepio.
Ele chegou. E viu que ela passava na mesa folhas molhadas de papel de cozinha.
Perguntou-lhe por que fazia aquilo.
Ela contou-lhe que as formigas tinham invadido os bifes, que não havia jantar.
As covinhas dele mostraram o sorriso malandro, ao mesmo tempo que lhe disse que jantavam fora.
E assim foi.
O tema desta semana trata de "O Amor, uma cabana... e um frigorífico".
De facto, existia uma caixa frigorífica portátil que os pais levavam para casa depois das férias e que se esquecera dela naquele fim de semana.
Nesse tempo vivia-se o amor, uma caravana... e o frigorífico que nunca existiu.

 

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Termos de Pesquisa (ontem: 16/10/2019)

  1. Casa de sonho - 2
  2. almofada quente micro ondas - 1
  3. cantinho da casa - 1

 

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1- Adoraria ter uma casa de sonho, sim, mas nada extravagante, amo as coisas simples. Mas não tenho de que me queixar com a que tenho. É grande e está paga.

2- Todos os dias, à noite, enquanto estou na preguiça do sofá, e desde que aconteceu isto, aqueço-o e que bem que sabe!

3- Gosto da planta deste cantinho que há  3 anos foi obra da querida Gaffe. Contudo, acho que o exterior precisa de uma remodelação.

Há algum tempo que quero pedir-lhe que o renove, mas ela tem outras obras mais importantes que fazer projectos de casas.

 

Outono castanho

Ontem, arrumei as roupas de Verão, trouxe para o roupeiro as de Outono-Inverno.

Também ontem, fiz umas visitas a alguns blogs, nem sempre tenho tempo para ler todos, e vi este post desta querida blogger que acompanho há uns quantos anos.

Hoje de manhã, tinha uma consulta no Centro de Saúde, sem saber o que vestir, olhei o roupeiro, tirei as calças  castanhas e uma camisola meia estação ( ainda não é tempo das malhas, pensei) da mesma cor, vesti um blusão de ganga.

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Não imaginava o frio que estava.

Apeteceu-me voltar a casa e vestir algo mais quente. 

Quando saí do Centro de Saúde, chovia.

Vim todo o caminho encolhida e com a gola do blusão a tapar o pescoço.

O Outono chegou a sério.

 

 

 

 

 

há muitos anos que...

não bordava.

Passei na retrosaria onde se vende e faz de tudo nesta área de negócio, perguntei se havia alguma forma de aplicar o nome numa bata de criança.

A resposta foi que a bordam, mas tinham de descoser o bolso para bordá-lo na máquina de costura.

O preço era 6€,  se levasse o bolso descosido seria 4€.

Achei caro.

Hoje, peguei na caneta, escrevi o nome, procurei uma linha que se destacasse no tecido e comecei a bordá-lo.

Um ponto simples, o resultado é este.

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Mandei a fotografia à minha sobrinha.

Adorou!

Confesso. Há muitos anos que não faço nada de bordados. Penso que os que fiz foi na escola. 

Lavei-a.

Fui buscar o menino ao Colégio, mostrei a bata à auxiliar e avisei que a ia pôr no cabide pronta a vesti-la na segunda-feira.

Das batas que vi nas crianças, a  do meu sobrinho neto está perfeita.

 

 

a consulta

A primeira vez que venho à consulta de oftalmologia no Hospital da Luz (antiga Clipóvoa), à tarde.

Hoje de manhã, fui ao ginásio, tomaria lá o meu banho,iria a casa almoçar e ,sem demoras, auto-estrada fora, queria chegar a horas à consulta.

Ora, quando vou para tomar banho, reparei, coisa muito rara, que não metera cuecas e sutiã na mala.

 Tudo o que estava dentro do cacifo volta para a mala, fui para casa.

Tomei banho, almocei, vesti-me, às 13:15 entrei na autoestrada.

Cheguei ao Hospital 10 minutos antes consulta.

 

Estavam três pessoas na sala de espera.

Dez minutos depois, a sala encheu.

Às 14:40h entrei no consultório: 

O doutor ainda trabalha a esta hora?!", perguntei.

— Ui! O que ainda tenho para trabalhar-,respondeu.

—É a primeira vez que tenho consulta a um sábado de tarde",comentei.

E aqui estou eu,  de novo, na sala de espera, aguardando que me chamem para fazer o exame às células.

Desde 2016?? que faço este exame.

E diz o médico:

—Estás impecável. Conheço-te há dez anos e não mudaste nada.

-Mudei, sim. Estou mais velha.

—Estás muito bem. Continuas magra ,sempre a mesma elegância, não mudaste nada.

E é isto.

Venho à consulta do ano, recebo  uns piropos que, verdade seja dita, fazem bem ao ego.

Este médico terá 45 anos, no máximo.

E é uma simpatia.

entenda-agora-a-real-importancia-de-ir-ao-oftalmol