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cantinho da casa

cantinho da casa

Diário da Gratidão # 5

À entrada do supermercado, uma colaboradora da Oral Med,  negra, e muito bonita, aproximou-se e perguntou-me se queria ter uma consulta grátis.

Agradeci, comentei que não estava interessada visto que todos os tratamentos que faço são em Lisboa.

Simpática, agradeceu a atenção e, de repente, chama os meus sobrinhos netos e dá a cada um,uma escova de dentes, um balão verde para o F, azul para o A.

O F tinha os atacadores de uma das sapatilhas desapertados.

Estava na caixa a pagar, pedi-lhe que esperasse um pouco.

Mas ela apercebeu-se, aproximou-se dele e disse que os apertava.

Ele deixou.

E conversavam os dois sobre balões.

Grata pela atitude da linda jovem.

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conversa de criança

Fico grata por ter cinco sobrinhos netos, e embora dois os veja uma vez por ano, outros dois vêm no Natal e no verõ férias, o mais novo, o bebé, tenho o prazer de estar com ele diariamente.

Hoje, o F, 4 anos, um menino muito malando e meigo, no seu brasileiro bem carioca, que nos faz rir, lavava as mãos, e com a expressão sorridente e meiga que faz, diz-me:

- Não sei si vou suportar ir para o Brasiu, tia L.

—Porquê?— perguntei.

— Porque no Brasiu faz muito calor e eu não vou suportar.

— Gostas mais do frio de Portugal?

— Sim. Gosto mais do frio.

— Mas F, a próxima vez que vieres de férias vai estar calor em Portugal.

— Mas eu não sei se vou suportar,— repetiu.

Estas férias de Natal foram espectaculares para eles ( na próxima semana regressam a casa), o tempo esteve, e está, bom, foram poucos os dias que estiveram cá na cidade, passaram-os no sossego da casa da praia, que eles adoram.

 

 

 

 

os restos do Natal

De regresso à rotina do ginásio, cheguei tarde a casa, tinha descongelado bacalhau cozido que sobrou do Natal,  lembrei-me de fazer o que não faço há anos: pataniscas de bacalhau.

O arroz, poderia ser de feijão ou  grelos ( que cozo em casa e congelo) mas optei de tomate, que congelo quando estão muito maduros.

Só de pensar nas pataniscas, que em tempos nem apreciava, de todo, a fome apertava, era hora de cozinhar .

Como congelo cebola picada, tenho salsa no frigorífico, os ovos, os últimos que comprei para o Natal, eram óptimos, preparei  esta refeição simples, e bem à portuguesa, e adoro a nossa gastronomia, consolei-me.

Há mais bacalhau cozido na arca frigorífica. Na próxima será outro prato de restos do Natal,  que poderá ser o bacalhau à Gomes de Sá ( a minha mãe cozinhava-o muito bem) ou com natas, ou passado por ovo e frito ( embora os evite) e  que eu adoro, também.

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apeteceu-me criticar

Detesto homens maduros que usam o cabelo comprido.

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(imagem da internet)

Na loja de fotocópias, à minha frente, estava um homem dos seus 50 anos que apresentava um cabelo muito comprido, preso com um elástico.

Coloquei-me junto ao balcão, ficamos separados por escassos centímetros, apeteceu-me observá-lo melhor, mas de uma forma discreta.

O seu perfil direito destacava um piercing que, da hélice ao lóbulo, atravessava  toda a orelha, que era "decorada" com um alargador. A têmpora estava tatuada e pendurado no lóbulo do nariz um piercing, barba de comprimento médio, completavam o visual  do seu rosto.

Mãos pequenas, unhas pequenas de roídas, todos os dedos de ambas as mãos tinham pequenas tatuagens.

Cada pessoa tem o direito de fazer o que quer do seu corpo mas não consigo entender o que leva os homens maduros a usarem o cabelo comprido que, na minha opinião, causam mau aspecto. Penso em oleosidade e caspa. 
E mesmo com um cabelo saudável e bem tratado, não gosto dos cabelos longos nos homens de meia idade.

 

Fui aos CTT enviar o livro do Desafio de Leitura, juntaram-se várias pessoas à entrada. Quando cheguei à porta puxei-a para entrar, duas mulheres chegaram a seguir e como eu sou delicada, dei-lhes a vez, segurando a porta.

Entraram, foram directas à máquina das senhas, comentei baixo mas de maneitra que ouvissem " nem obrigada dizem".

Fico fula com esta gente.

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(imagem da net)

 

Não suporto a pouca privacidade que o Banco CTT proporciona aos seus clientes. Não há divisórias que separe  as  mesas de atendimento ao cliente, nem daqueles que vão  para o balcão do correio.

É tudo à vista e ao ouvido de quem está por ali à espera de ser atendido.

Mesmo ao lado dos CTT aqui da zona, há um pequeno espaço, que já foi um banco, para alugar, pergunto porque diabo o Banco CTT não passa para lá.