uma foto # 2
(sou louca por praia nas estações frias)
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(sou louca por praia nas estações frias)
Grata pelo dia que passei no Porto, na companhia das minhas sobrinhas e do meu sobrinho neto bebé.
À entrada do supermercado, uma colaboradora da Oral Med, negra, e muito bonita, aproximou-se e perguntou-me se queria ter uma consulta grátis.
Agradeci, comentei que não estava interessada visto que todos os tratamentos que faço são em Lisboa.
Simpática, agradeceu a atenção e, de repente, chama os meus sobrinhos netos e dá a cada um,uma escova de dentes, um balão verde para o F, azul para o A.
O F tinha os atacadores de uma das sapatilhas desapertados.
Estava na caixa a pagar, pedi-lhe que esperasse um pouco.
Mas ela apercebeu-se, aproximou-se dele e disse que os apertava.
Ele deixou.
E conversavam os dois sobre balões.
Grata pela atitude da linda jovem.
Hoje, sem planos, juntei os sobrinhos netos e a Sofia, que veio para o fim de semana, à roda da mesa para almoçarem comigo o que muito adoram: panados com arroz de feijão vermelho.
Estou grata por este momento.
Amanhã, os meninos já não estarão por cá.
Agora, só nas férias de Verão.
(depois do almoço)
Fico grata por ter cinco sobrinhos netos, e embora dois os veja uma vez por ano, outros dois vêm no Natal e no verõ férias, o mais novo, o bebé, tenho o prazer de estar com ele diariamente.
Hoje, o F, 4 anos, um menino muito malando e meigo, no seu brasileiro bem carioca, que nos faz rir, lavava as mãos, e com a expressão sorridente e meiga que faz, diz-me:
- Não sei si vou suportar ir para o Brasiu, tia L.
—Porquê?— perguntei.
— Porque no Brasiu faz muito calor e eu não vou suportar.
— Gostas mais do frio de Portugal?
— Sim. Gosto mais do frio.
— Mas F, a próxima vez que vieres de férias vai estar calor em Portugal.
— Mas eu não sei se vou suportar,— repetiu.
Estas férias de Natal foram espectaculares para eles ( na próxima semana regressam a casa), o tempo esteve, e está, bom, foram poucos os dias que estiveram cá na cidade, passaram-os no sossego da casa da praia, que eles adoram.
De regresso à rotina do ginásio, cheguei tarde a casa, tinha descongelado bacalhau cozido que sobrou do Natal, lembrei-me de fazer o que não faço há anos: pataniscas de bacalhau.
O arroz, poderia ser de feijão ou grelos ( que cozo em casa e congelo) mas optei de tomate, que congelo quando estão muito maduros.
Só de pensar nas pataniscas, que em tempos nem apreciava, de todo, a fome apertava, era hora de cozinhar .
Como congelo cebola picada, tenho salsa no frigorífico, os ovos, os últimos que comprei para o Natal, eram óptimos, preparei esta refeição simples, e bem à portuguesa, e adoro a nossa gastronomia, consolei-me.
Há mais bacalhau cozido na arca frigorífica. Na próxima será outro prato de restos do Natal, que poderá ser o bacalhau à Gomes de Sá ( a minha mãe cozinhava-o muito bem) ou com natas, ou passado por ovo e frito ( embora os evite) e que eu adoro, também.
Grata por passar o dia na praia a brincar com os sobrinhos netos.
Detesto homens maduros que usam o cabelo comprido.
(imagem da internet)
Na loja de fotocópias, à minha frente, estava um homem dos seus 50 anos que apresentava um cabelo muito comprido, preso com um elástico.
Coloquei-me junto ao balcão, ficamos separados por escassos centímetros, apeteceu-me observá-lo melhor, mas de uma forma discreta.
O seu perfil direito destacava um piercing que, da hélice ao lóbulo, atravessava toda a orelha, que era "decorada" com um alargador. A têmpora estava tatuada e pendurado no lóbulo do nariz um piercing, barba de comprimento médio, completavam o visual do seu rosto.
Mãos pequenas, unhas pequenas de roídas, todos os dedos de ambas as mãos tinham pequenas tatuagens.
Cada pessoa tem o direito de fazer o que quer do seu corpo mas não consigo entender o que leva os homens maduros a usarem o cabelo comprido que, na minha opinião, causam mau aspecto. Penso em oleosidade e caspa.
E mesmo com um cabelo saudável e bem tratado, não gosto dos cabelos longos nos homens de meia idade.
Fui aos CTT enviar o livro do Desafio de Leitura, juntaram-se várias pessoas à entrada. Quando cheguei à porta puxei-a para entrar, duas mulheres chegaram a seguir e como eu sou delicada, dei-lhes a vez, segurando a porta.
Entraram, foram directas à máquina das senhas, comentei baixo mas de maneitra que ouvissem " nem obrigada dizem".
Fico fula com esta gente.
(imagem da net)
Não suporto a pouca privacidade que o Banco CTT proporciona aos seus clientes. Não há divisórias que separe as mesas de atendimento ao cliente, nem daqueles que vão para o balcão do correio.
É tudo à vista e ao ouvido de quem está por ali à espera de ser atendido.
Mesmo ao lado dos CTT aqui da zona, há um pequeno espaço, que já foi um banco, para alugar, pergunto porque diabo o Banco CTT não passa para lá.
Domingo, dia de Reis.