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cantinho da casa

cantinho da casa

no cemitério

Não chovia quando saí de casa para ir ao cemitério fazer aquelas limpezas mais profundas às campas dos meus familiares.

No cemitério há armários em todos os sectores, com regadores azuis e vassouras para as pessoas servirem-se e colocá-los no lugar depois de os usarem, o que faço  sempre que lá vou.

Ora,  hoje, calculei que estariam muitas pessoas nas limpezas, levei um balde azul e uma vassoura. 

Lavada a dos meus avós ( onde está o meu irmão mais velho, muito querido que foi deles) fui para a dos meus pais e irmã mais velha.

Numa das vezes que fui buscar água, estavam duas senhoras junto à torneira, apontando para o meu balde diz-me uma delas:

- Dê-me esse.

Respondi que era meu e que no cemitério não há baldes, mas regadores, e que estava a precisar dele.

- Ah, tem razão.

Uns minutos depois, estava eu a lavar a campa, aproximam-se uma mãe e filha, páram na campa em frente e diz a mãe para mim, tratando-me por tu:

- Olha, quando acabares dá-me esse balde.

Fiquei parva a olhar para as duas, primeiro porque me tratou por tu e não a conheço, nem ela a mim, tanto quanto eu saiba, de lado nenhum, e porque também ela sabe que no cemitério há regadores e não baldes.

Respondi  que o balde era meu, que se quisesse dava-lhe a vassoura porque tenho várias na garagem, que estava a acabar a limpeza e ia embora, não podia deixar-lhe o balde.

- Ah, desculpa. Vou ver se encontro alguém que me empreste um regador.

Voltei à torneira, enchi o balde, reparei que no armário tinha um regador.

Peguei nele e levei-o para ela.

Numas campas mais à frente, na tentativa de que alguém lhe passasse o regador,  e tratando-a por "senhora", disse-lhe que tinha um para ela e que deixava a vassoura.

Agradeceu e comentou comigo, agora retribuindo a forma de tratamentoque a campa está escura, que mandara aplicar um verniz para proteger da humidade, mas não resultara.

Não suporto esta forma de tratamento de  "tu" que a sociedade  moderna usa como se todos fossemos familiares, colegas, amigos (as).

Sou uma pessoa simples e informal, mas por incrível que pareça, tenho amigas e colegas de trabalho mais jovens que não consigo tratá-las por " tu".

E nada tem a ver com  idade. 

 

O canteiro da vizinha

O dia de sol de ontem foi para estender a roupa lavada nas cordas.

Não sei o que me levou a olhar para o terraço do r/c da vizinha do lado, eis que fiquei boquiaberta.

Se no ano passado fazia-me confusão as folhas que se estendiam no chão e não conseguia perceber o que tinha cultivado naquele bocado de canteiro, até que um dia vejo uma razoável quantidade de chilas, este ano as folhas são outras, e de estaca.

Ontem, a "fruta" que vi é outra  e bem aviada: os meus olhos ficaram encantados com os apetitosos e grandes tomates.

Pergunto-me como é possível aquele bocado de terra ser tão produtivo.

Na minha varanda, nem as flores que cuido com carinho aguentam-se nos vasos.

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a avaria e a informação repetem-se

 

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Quinta-feira passada, fui jantar fora.

Saí de casa, a rua estava às escuras, valeu-me a luz do telemóvel quando cheguei a casa.

Sexta-feira, fim de semana, liguei para a EDP, repetiu-se tudo o que escrevi neste post de 2014.

 

Dois anos depois, voltou a acontecer o mesmo (parece-me que vivo sozinha nesta rua) nunca ninguém se lembra de ligar para a EDP, liguei eu, repete-se a gravação e a conversa com a colaboradora:

 

 Se é avaria em casa, marque x; se é avaria na rua, marque y ( e eu marquei).

- Se a avaria na rua é só de um candeeiro marque x, se for metade da rua, y, se for a rua inteira, marque z (marquei z).

- A chamada vai ser atendida por um colaborador.

...

" ficou registada a sua informação, já foi enviada para os técnicos, pode levar dez dias".

 

Expectável que foi na conversa que tive ao telefone e depois me pedir a localização da rua, o meu nome e contacto telefónico, acrescentou isto:

"... não sei se o piquete anda na zona, mas informo que a espera pode levar dez dias para reparar a avaria ".

À noite, cheguei do Porto por volta das 21h30, a rua continuava às escuras.

Hoje continua assim. Só os faróis dos carros que passam a iluminam.

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frio glacial?!

Fui à consulta anual de oftalmologia, no Hospital da Luz.

Numa mensagem que recebera, o utente não precisa de ir ao balcão principal, vai directaente à especialidade onde, no pequeno balcão da sala de espera, duas funcionárias fazem o serviço.

Pensei que seria rápido, mas não é. Além de a sala estar completamente cheia de utentes, forma-se uma razoável fila de espera, juntam-se os médicos que vêm ao balcão dar alguma instrução às funcionárias e/ou chamar o utente para a consulta.

Fui chamada com uma hora de atraso ( o normal, neste serviço). Azar meu esqueci-me de levar o livro  que leio actualmente.

Vale a simpatia do médico, que me trata por tu, que comentou que continuo elegante, que fui operada há nove anos,  já me conhece desde então, que o tempo passa depressa ( se passa!).

Examinou os olhos, estão bem, mas apesar de há um ano ter feito exames completos, achou que devia fazer novo exame às células, voltei para a sala de espera, estive mais trinta minutos à espera. Feitos estes, seria chamada para o médico comunicar-me o resultado, passaram outros trinta minutos. 

Entrei de novo, nada há que se tivesse alterado, despediu-se com um beijinho e: "vemo-nos dentro de um ano"

À saída, e verificando que as funcionárias do serviço também fazem a cobrança das consultas, não me apeteceu esperar, agora na fila mais pequena, desci e fui ao balcão  principal, que não tinha ninguém.

Hora de almoçar, o bar da praia estava fechado, o céu ora estava azul, ora as nuvens escondiam o sol, o vento norte era muito forte e frio. Desci à praia, por minutos.

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Antes de regressar a casa, ainda passei por Apúlia para comprar legumes frescos e flores.

No rádio do carro as notícias informavam que uma massa de ar frio e o vento forte faziam descer a temperatura aos 0º, prevendo-se queda de neve para Bragança. "Ou oito, ou oitenta", murmurei.

À medida que me aproximava da cidade, as nuvens escuras ameaçavam chuva e o vento continuava muito forte. Passei no horto, comprei amores e avenca.

No regresso a casa, uma carga de água fez-me o favor de tirar o pó do carro, que muito precisa de uma boa lavagem.

Em casa, calcei  umas meias quentes, que comprei recentemente, o frio chegou e parece que é para ficar.

 

 

 

 

 

 

 

loja do cidadão

Três vezes que lá fui e nada foi resolvido, ora porque precisava de um código, ora porque os documentos deviam estar digitalizados, ora porque a plataforma estava muito lenta, dificilmente conseguiria fazer alguma coisa.

Se estava difícil aceder, dizia-me logo na primeira vez e eu até agradecia que não me fizesse gastar dinheiro e tempo.

Amanhã, vou fazer os 80km que devia ter feito hoje, vou directamente à fonte, que tem os documentos pendentes e à espera de apenas um  que faltava juntar para completar o processo.

Burocracias!

 

 

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