Em 2009, escrevi este post sobre o doido do meu vizinho do 1º andar , filho único, doente da tola, mas nunca o admitiu, vive sozinho, que depois de pôr a mãe ( que faleceu) louca e doente foi para um lar, recebe um subsídio da Segurança Social, foge dos vizinhos, não cumprimentar ninguém; se vê alguém entrar ou sair do prédio, não entra, ou dá a volta ao quarteirão para não se cruzar com ninguém. E quando não pode evitar, aguarda nas escadas que o inquilino saia ou entre em casa.
Em tempos, fiz obras em casa, foi um pandemónio de gritos, de insultos, conforme já escrevi no post de 2009.
Desde então não tivemos mais obras, os ruídos são quase inexistentes, a não ser de alguma reparação que não inclua broca.
Ora o apartamento do lado foi vendido, todo o seu interior nunca sofrera obras de nada, quem comprou está a tirar azulejos, as marteladas ouvem-se, mas nada que incomodem, a não ser de manhã cedo que acordam as pessoas, mas há que ter paciência, um dia elas acabarão.
Hoje de manhã fui para o ginásio, presumo que a broca teria funcionado durante esta parte do dia, porque quando cheguei a casa, por volta das 12h30, ouvi-a a trabalhar, o ruído era ensurdecedor, até que escuto os berros do sacana " pouco barulho, c@r***, pouco, f**@-se, c@r***", os berros ouviam-se na rua.
O meu coração voltou atrás no tempo, batia fortemente, as minhas mãos tremiam, pensava " vai começar o espectáculo".
E a broca continuava o seu trabalho, o gajo, covarde, berra dentro de casa, não faz nada, pensa que os trabalhadores vão parar por sua causa, com certeza que nem o ouvia.
E o que me levou a pensar que ela, a broca, teria começado a sua tarefa de manhã cedo, foi por que isto passou-se durante 15 minutos, a broca parou e deu lugar às marteladas
E o gajo sossegou.
Fico apavorada com este louco. Comento para o meu decote " Sacana, podia vender a casa, alugar uma casa no campo, subir o monte e lançar as suas paranóias, frustações e locuras bem longe daqui."
Que angústia!