Estive três dias em Lisboa, o meu sobrinho neto, com sete semanas, está lindo, mais gordinho, foi um prazer viver estes três dias com ele.
Mas tive alguns percalços.
Sou uma pessoa que estranha os colchões e a primeira noite é, na maioria das vezes, um tormento para dormir.
Estes três dias com o bebé ao colo, sem que notasse algum cansaço, e adoro tê-los aconchegados a mim, foram de muita dedicação. Voltei atrás no tempo, recordei os sobrinhos que por esta casa passaram, os cuidados que tinha com eles, como se meus filhos fossem.
Como diz o ditado, " A quem Deus não deu filhos, deu o Diabo sobrinhos", chegou, agora, a vez dos sobrinhos netos, que amo de coração.
Ontem, regressei a casa, tive uma noite tranquila mas de manhã, com o despertador a tocar para ir ao ginásio fazer a aula de antigravity ( faz-me muito bem descomprimir a coluna das más posições do dia, logo estes três dias com o bebé no meu colo era a aula ideal de do dia de hoje), não conseguia mexer-me.
Fortes dores na coluna lombar e na anca direita, tive de me arrastar na cama.
Convicta que seria mesmo uma dor que passaria, tomei o pequeno-almoço e depois deste um comprimido anti-inflamatório.
Não conseguia vestir-me, desisti de ir ao ginásio, estar sentada era outro tormento, voltei para a cama.
Cerca de 40 minutos depois, tentei levantar-me mas as dores eram muito fortes.
Decidi ir à urgência, ao hospital privado, a cerca de 200m de casa.
Vestir-me foi uma eternidade, sobretudo calçar as meias.
Saí de casa. De cada vez que dava um passo, dentro de mim, escapava-se um "ai!".
Esperei 30 minutos pela consulta ( só há um médico na urgência, durante o dia), quando entrei, o médico fez-me vários movimentos com as pernas, as dores eram na parte direita, a sacroilíaca, as que me incomodavam a lombar ressentia-se.
Levei uma injecção, fui fazer um raio X.
O resultado agradou-me, pois a inflamação era precisamente nessa zona da anca e que incomodava todos os movimentos que fazia.
Após o almoço, fui à farmácia comprar o anti-finflamatório. Andar não era, agora, o problema, mas aquela dor que não me deixava estar sentada ou subir e descer escadas e que não passara com a injecção.
Na verdade, os efeitos notaram-se por volta das 17h.
A receita trazia o valor do medicamento, quando técnica de farmácia me disse que o médico receitara o genérico mas só tinha o de marca e teria de esperar até amanhã para o levantar, e me esclareceu que o mesmo custava mais € 5,00 que o genérico, teria de dicidir levar este ou procurar noutra farmácia.
Óbvio que preferi procurar o genérico e porque queria ainda hoje tomar a dose do dia.
Passei na segunda farmácia, na mesma avenida, não esperei que me dissessem o mesmo, avisei que só queria o genérico.
A resposta foi exactamente igual.
Não aceitei. Pensei ir à farmácia onde compro tudo o que preciso, mas como é hábito nesta não terem tudo e termos de esperar que o armazém envie, arrisquei por outra.
Mais uma vez, entregando a prescrição, disse que queria o genérico.
A senhora diz que tem, foi buscar, quando vou a pagar, diz-me que são € 3,19.
Sorri para mim própria e comentei para o meu decote: " Será que este medicamento tem mais que um genérico?"
Chego a pensar que esta história de não haver o genérico na hora que vamos à farmácia, é uma treta.
Se nos encargos diz: " Esta prescrição custa-lhe no máximo, € 1,99, a não ser que opte por um medicamento mais caro", não me foi dada qualquer informação de que há genéricos com preços diferentes.Trouxe o medicamento.
De €3,99 para €7,00, a diferença era notória, mesmo assim compensava e não queria procurar em mais farmácia nenhuma.
Depois do jantar, o primeiro comprimido irá, com certeza, pôr-me melhor e relaxada para descansar.
Amanhã de manhã tenho um exame importante para fazer, quero estar tranquila e bem.