gosto de caminhar, não faço conta aos quilómetros, deixo-me ir descontraidamente, páro, tiro fotografias, altero os caminhos.
quando caminho porque planeio fazer compras ou por que tenho planos para o dia, a coisa funciona de outra forma.
hoje de manhã, decidi ir ao mercado municipal comprar fruta e como não queria ir de carro, porque não precisava de grandes compras, calcei os ténis e fui a pé.
entretanto, fui ter com a vendedora de legumes, que tinha sido operada há algum tempo e no seu lugar esteve a filha, queria saber se estava a recuperar bem e aproveitar para reclamar os marmelos e maçãs que tinha comprado há quinze dias, que dos 4 kg de ambos os frutos, não se aproveitou quase nada porque estavam podres.
os marmelos tinham bom aspecto, as maçãs não eram as mais bonitas, mas como eu queria para misturar com os marmelos para fazer marmelada e geleia, não comprei das melhores. e as vendedoras têm à mostra um peça de fruta cortada para mostrar ao cliente que a fruta é sã, acreditei no que vi, escolhi as melhores e trouxe para casa.
as maçãs não estranhei, mas os marmelos foi uma decepção, porque eram sãos por fora e ao abri-los com a faca, estavm podres. consegui apenas três tijelas de marmelada e um pequeno frasco de geleia.
quando manisfestei o meu descontentamento com as compras que fizera há 15 dias, e lhe disse que, na minha opinião, a fruta que a filha vendera naquele dia fora toda apanhado do chão porque estava podre, ela ficou tão envergonhada que me disse para escolher os marmelos e as maçãs que quisesse e para compensar fazia-me tudo mais barato.
comentei que não dissera aquilo para me compensar, mas porque não deve vender o que sabe que está estragado, e a continuar, perdia clientes em vez de conquistá-los.
ela insistia que escolhesse o que quisesse, disse que não, agradeci, apenas era um reparo que lhe fazia.
ela pega em sacos, vai aos cestos, escolhe a fruta, cerca de 4 kgs, e diz-me que aquilo é para mim e que faz-me um preço mais barato.
comprei mais umas pequenas coisas.
mas quando dei por mim o peso era demais. são cerca de 15 minutos a pé do mercado a casa, pedi que guardasse os sacos, mais o das compras que tinha feito noutra bancada, porque ia buscar o carro.
era impossível andar a pé com todo aquele peso.
antes do almoço, liguei ao electricista, que estivera cá em casa há uma semana, para enviar a factura e pedir que viesse ver duas tomadas da cozinha que não tinha corrente.
respondeu-me que ia ver como estava o serviço com o funcionário, que me ligaria depois do almoço.
comentei que às 14h tinha o meu tratamento de fisioterapia, esperava então a sua confirmação para marcarmos uma hora.
às 14h15 não tinha recebido chamada alguma, liguei para a clínica a informar que não ia, mas a técnica de saúde disse que até às 18h podia aparecer e fazia o tratamento.
ora às 15h30 convicta que hoje já não tinha o electricista, meti pés ao caminho e fui à fisioterapia.
são cerca de 20 minutos a pé ( depende do calçado que levo ). sentei-me à espera que viesse alguém à recepção, que vê quem está para tratamento e tira a ficha, e com a minha paciência, porque sabia que tinha de esperar, não era aquela a minha hora, dez minutos depois, toca o telemóvel, atendo, ouço a voz do electricista que me diz que em meia hora estaria cá em casa.
levanto-me, saio da clínica, volto para casa. as técnicas de saúde nem deram pela minha presença.
o electricista chegou, fez a reparação, saiu.
vi as horas. eram 16h50, ainda estava a tempo de fazer o tratamento. mas tinha de andar mais 20 minutos e depois o regresso.
está uma tarde quente, já tinha transpirado qb, desisti e deixei-me ficar em casa.
quando faço muitos quilómetros porque quero e preparo-me para isso, não dou por nada e sabe-me bem.
andar de um lado para o outro, na cidade, porque os planos alteraram-se, fico sem vontade.
e hoje tinha feito planos para ir a pé visitar a minha amiga Alice.