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cantinho da casa

cantinho da casa

cão na passadeira

Fui ao mercado municipal fazer as minhas compras de legumes. Tenho bastante fruta em casa, mas como gosto de comer romãs com o iogurte da manhã, comprei e castanhas, que ainda não provei, este ano. Gastei apenas 10 euros e trouxe imensa coisa.

No percurso de carro para o mercado, numa avenida com bastante movimento, aproximava-me de uma passadeira, sinal verde para os condutores quando, de repente, um cão, sem coleira, mas muito bem cuidado,  atravessou a passadeira. Travei a fundo, os pneus chiaram, as pessoas pararam a ver.

Sorte do cão, que o vi.

Sorte minha, também, porque atrás de mim não vinha ninguém.

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agora, é a voz

A semana passada  fui às Finanças acompanhada de uma jovem que, além de simpática, é uma boa profissional a tratar de documentos. A funcionária que nos atendeu parecia que estava a fazer um favor, mas foi respondendo a tudo o que a jovem perguntava. Eu olhava-a e  associava o rosto a um caso que aconteceu comigo, há um ano e meio, sobre o que devia fazer para conseguir um documento.

Lembro-me que saí de lá frustrada, não por que o assunto não ficasse resolvido, mas pelo tratamento arrogante que me fez passar por uma imbeci. Também porque quem estava próximo ouviu tudo ( não devia ser permitido as pessoas que esperam a sua vez ficarem perto do balcão de atendimento. Ninguém precisa de saber o que cada um vai tratar). Contudo, não tinha a certeza se seria ela.

Hoje voltei às finanças. Esperei 45 minutos ( e porque muitas pessoas tiraram o ticket mas puseram-se a milhas com tantos números à sua frente), fui atendida pela mesma funcionária.

Antes de preencher a requisição, perguntei se podia ser eu a pedir o documento, visto que sou cabeça de casal da família. E expliquei o motivo do pedido. Respondeu que não podia se eu a fazê-lo.  Insisti na minha explicação, ela insistiu, também, até que acabei por dizer que o meu familar iria lá resolver o assunto.

E foi pela voz que lá cheguei. Foi ela, sim, que me atendeu  há um ano e me fez passar por um momento constrangedor e humilhante.

Hoje, de novo, a sua arrogância  fez-me corar. Corei, porque não consegui responder-lhe com a mesma "delicada" arrogância e porque me senti envergonhada  pela minha ignorância e o facto de, mais uma vez, estar um senhor encostado ao balcão e ouvir a conversa.

As Finanças estavam a fechar, fui à caixa de pagamentos, perguntei ao simpático funcionário ( já o conheço de outros pagamentos que fiz) que já contava o dinheiro para fechar a caixa, se podia aproveitar  para fazer o pagamento do imposto de circulação automóvel.

"Claro que sim", respondeu.

Perguntou-me o NIF, deu-me a máquina de pagamento automático e com um sorriso, respondeu-me: " Fez bem aproveitar. Está feito."

Agradeci, como sempre faço a quem me presta um serviço.

Se os funcionários devem ser tratados com educação, eu nunca fui mal educada para ninguém, também deviam ser mais simpáticos para quem precisa do seus serviços. E ser simpático não é rir e sorrir a todo o momento e para toda a gente. É explicar as coisas com alguma delicadeza.

A porta já estava fechada. Abri-a, e saí mais satisfeita.

Não volto lá tão cedo. 

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o casaco dos meus sonhos

Nas minhas idas ao Porto, espreito as lojas que não há cá na minha cidade.

Em setembro, vi um casaco, cor  camel, caxemira, lindo de morrer e pelo qual me apaixonei. Um casaco para durar uma vida.

Não tinha o preço, mas também não perguntei.

Há 15 dias, passei pela loja e vi-o.

As funcionárias deviam ter pensado que eu não tenho dinheiro para ele, nem me perguntaram se queria ajuda, como é costume.

Não peguei nele, não o quis experimentar, mas desta vez o preço estava lá: 995  €... Mas não era da Max Mara. Se fosse o preço seria bem mais alto.

 

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