Sem que desse por nada, a Kat dormiu toda a noite no roupeiro ( as portas são de correr) fechei-as antes de dormir. 6:30h da manhã, hora que a Kat faz o favor de me acordar porque quer comer, sinto as garras dela arranharem a porta.
Convicta que estava do lado de fora do quarto, não me levantei para a abrir.
Às tantas, percebi que ruído vinha de dentro do quarto e: " Ela está dentro do roupeiro!" Levantei-me, abri a porta, a do quarto também, pu-la fora ( não quero habituá-la ao meu quarto).
Meia hora depois levantei-me para lhe dar de comer. Ela sossega e eu volto para a cama. E adormeci ( às vezes desperto, o sono não vem mais).
Às 8:30h, o despertador dá sinal, hora de levantar para ir ao ginásio.
Depois da primeira aula, e já no balneário a mudar a t-shirt, a conversa entre duas senhoras preparadas para a aula de hidro, era esta:
Senhora X - Era o que faltava mandar calar. Eu faço os exercícios na mesma. Que quer ela?
Senhora Y - Ela ( a professora) diz que enquanto dá a aula temos de estar calados. Ela não gosta que se fale.
Senhora X - Mas se eu faço os exercícios e estiver calada, pouco me incomoda que os outros estejam a falar. Ela não tem nada que mandar calar.
E continuou a conversa com o silêncio da outra que me pareceu não gostar do que esta dizia.
Foram este tipo de senhoras e a conversa que tinham durante as aulas de hidro que deixei de ir à semana. Passei a ir ao fim de semana. É um sossego.
Hora de almoço, liguei o rádio na RC, estava bem disposta. Se passa uma música que gosto e que dá para dançar, danço ou dançamos...
Vejo a Kat em pontaria para pegar nela e dançar comigo ( mas com cuidado porque ela não gosta muito que a pegue e, por vezes , arranha-me. É tão doida!)
Yes! Ahahahaha! Dançou comigo, dei-lhe um beijo no pêlo e pousei-a.
Após o almoço, decidi ir aos CTT enviar os livros de " Vamos Alimentar uma Bibiloteca?" , que a Magda divulgou no blog. Estava com tempo para os despachar, seria já hoje, não fosse segunda-feira ter outras coisas e esquecer-me.
Nos CTT, peguei num envelope almofadado, grande, para três livros, preenchi o endereço, esperei a minha vez.
Dirijo-me ao balcão e dá-se esta conversa:
Eu - Quero enviar estes livros para a Madeira, não os meti no envelope para o senhor passá-lo no código.
Ele (funcionário) - Os livros estão escritos?
Eu - Não, a não ser este que tem uma dedicatória.
Ele - Muito bem. Olhe, não quer comprar um livro do Mia Couto e enviar junto com estes? ( apontou para um livro que estava em cima do balcão).
Eu - Não. Vou enviar estes três, não me interessa.
Ele - Mas o Mia Couto vai estar na Universidade do Minho. Não quer comprar? Ele tem uma trilogia, vem fazer a apresentação.
Eu - Não. Se comprar é para mim, mas vou decidir em casa.
Ele - E não quer comprar uma lotaria? ( no balcão, à vista).
Eu - Não. Eu só compro uma vez por ano...a de Natal.
Ele - Mas nós já temos lotaria de Natal.
Eu - Obrigada, mas ainda é cedo. Para meados de Outubro, compro.
E é isto. Sempre que vou aos CTT gostam de tentar impingir coisas.
Não dá. Não gosto disso.
E hoje que até estou bem disposta ( aliás, estou sempre, mas hoje mais um pouco).
E agora os romances que enviei, com muito gosto, para alimentar a Biblioteca de Faja da Ovelha, concelho da Calheta, na Madeira.
Boas leituras, amigos.