Tenho uma empregada que vem de 15 em 15 dias, o trabalho dela é apenas aspirar, limpar os vidros, quando ela acha que deve limpar, lavar a casa de banho, limpar o chão da cozinha e das escadas do prédio.
Algum extra que precise, tenho de lhe pedir para fazer, como limpar os parapeitos da janelas da marquise.
O trabalho mais difícil sou eu que faço, por exemplo, limpar os azulejos da cozinha e da marquise, de cima a baixo.
Gosto muito dela, é uma senhora de confiança, é mais nova do que eu, tem problemas nos joelhos, já foi operada e continua a ter dificuldade em trabalhar, mas como precisa de trabalhar, tem os dias da semana todos ocupados e no final do dia ainda vai limpar escritórios.
Não tenho coragem para lhe pedir que faça este tipo de serviço, quem se lixa sou eu.
Amanhã é o dia de vir para cá, vou pôr-me na alheta (já decidi, vou à praia, aproveito e compro peixinho fresco) porque quando estou em casa, perde uns bons minutos na conversa enquanto eu lavo a loiça e/ou faço outra coisa.
Ontem à noite as cortinas da sala foram para a máquina, estão prontas a ocuparem o seu lugar, hoje lavei as do quarto, do escritório e da marquise, à mão. As cortinas não são pesadas, fiz uma sabonária, deixei-as a pingar e estão agora a secar lá fora.
Hoje tinha um café com uma amiga, que não podia ir, combinei com outra, não lhe dava jeito, o tempo estava bom, resolvi pôr mãos à obra e, com calma, limpei toda a cozinha e a marquise, os vidros dos armários da cozinha, os vidros das janelas, os azulejos e o chão.
Mas não pensem que são as limpezas da Páscoa, não! Eu faço estes serviços sempre que acho que é preciso fazer.
sem escrever um post, não me passa pela mente, mas por que hoje tive um dia muito cheio, deixo algumas fotos de Barcelona do primeiro e segundo dias, da máquina da minha amiga Mafalda.
Há muitos anos, acho até que desde miúda, que não ia à procissão dos Passos.
Hoje fui ver, aqui perto de casa, e fiquei decepcionada. Um cortejo pequeno.
Ou as pessoas não têm dinheiro para vestir as crianças de anjos e/ou outras figuras bíblicas, ou as crianças não querem (eu nunca quis), ou a tradição já não é o que era e as pessoas preferem ser espectadoras.
Também, se não me recordo há quantos anos não vou, posso estar a exagerar e esta procissão ser de facto pequena.
Passaram os GNR, que abriam a procissão, alguns estandartes que voavam quando o vento soprava ais forte e quem os levava fazia um grande esforço para os segurar.
E de repente a procissão parou em frente à Igreja da Santa Cruz . Dos altifalantes saía a voz do Arcebispo Primaz que, durante cerca de meia-hora, fez a pregação.
A temperatura não era de primavera, o sol fraquito ia sorrindo sem aquecer os corpos e a paciência não era muita. Viam-se alguns anjinhos fora do cortejo a brincar no jardim em frente. Pudera! Quem aguenta meia-hora com a brisa fria que fazia?
Alguns idosos que se sentavam nas escadas da Igeja de São Marcos, onde arranjei um lugar para poder tirar algumas fotografias, comentavam "não há anjos? as pessoas estão a guardar-se para as procissões da Semana Santa?"
E os transeuntes que já tinham visto a procissão noutra rua passavam pelo meio do cortejo parado, sem respeito por quem estava ali à espera que a pregação acabasse e pudesse seguir o seu caminho.
Habituada que estou a ver muitos andores, passaram apenas dois, mais alguns anjinhos, grandes e pequenos, os seminaristas e a banda.
E eu que pensara que ia ver um grandiosa procissão.
Fui à Agro, este ano muito maior e melhor distribuídos os espaços de apresentação e venda de produtos, no interior.
O que se vê são os queijos, os enchidos, os presuntos, os doces, os vinhos e os produtos gourmet.
Encontrei a minha irmã, que já estava de saída, e ofereceu-me um queijo de ovelha (ai, irmã que vais dar cabo de mim). O senhor que vendia o queijo insistia que eu provasse mas eu não quis.
Já na nave principal passei num balcão e vi umas miniaturas, bem grandinhas, de clarinhas e de folhadinhos de Fão. Pronta a comprar, a senhora diz-me que não são para vender mas para oferecer. E ofereceu-me uma clarinha deliciosa.
Preferia que fossem para vender. Trazia uma caixa delas. Então os folhadinhos, ui!
A senhora aconselhou-me a levar sardinha em vinho do Porto mas quando foi buscar ao caixote, já não havia.
E ainda ofereceu uns biscoitos feitos por ela, que comi ao lanche com o meu doce de abóbora, e um chá.
Depois, fui ao balcão de gourmet e provei uns patés, um pouco picantes, mas ótimos.
Comprei um de tamarilho, maçã e passas, e um doce de pimenta e malagueta, para acompanhar com queijo.
E pela primeira vez comprei uma embalagem de flor de sal com orégãos e cebola.
Estive tentada a comprar chouriços e alheiras (adooooooro) mas não posso comer estas coisas. Excepcionalmente, como num jantar em família ou com amigos(as).
Faltou o vinho, mas como predominavam os verdes (prefiro os maduros) e não sou especialista na matéria, desisiti.
As compras gourmet artesanaissão mimos para o nosso paladar, e estes "made in Braga".